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aguinhas

A forma aguinhasé [derivação feminino plural de águaágua].

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águaágua
( á·gua

á·gua

)
Imagem

Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.


nome feminino

1. Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.Imagem

2. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

3. Lugar por onde esse líquido corre ou se aglomera.

4. Chuva (ex.: fomos e viemos sempre debaixo de água).

5. Suor.

6. Lágrimas.

7. Seiva.

8. Limpidez (das pedras preciosas).

9. Lustre, brilho.

10. Nome de vários preparados farmacêuticos.

11. [Engenharia] [Engenharia] Cada uma das vertentes de um telhado (ex.: telhado de duas águas; telhado de quatro águas).Imagem

12. [Marinha] [Marinha] Veio por onde entra água no navio.

13. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Bebedeira.

14. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA

águas


nome feminino plural

15. Sítio onde se tomam águas minerais.

16. [Informal] [Informal] Urina.

17. Ondulações, reflexos.

18. Limites marítimos de uma nação.

19. [Fisiologia] [Fisiologia] Líquido que envolve e protege o feto dentro do âmnio. = LÍQUIDO AMNIÓTICO


água benta

[Religião católica] [Religião católica]  Água benzida usada em rituais e sacramentos religiosos. (Confrontar: água-benta.)

[Informal] [Informal] Disposição para ajudar ou para facilitar a vontade de outrem (ex.: só passou no exame com alguma água benta). [Confrontar: água-benta.] = COMPLACÊNCIA, CONDESCENDÊNCIA, TRANSIGÊNCIAINTRANSIGÊNCIA

água chilra

Comida ou bebida sem sabor ou com água a mais.

Água ruça proveniente do fabrico do azeite.

água de Javel

[Química] [Química]  Solução de um sal derivado do cloro utilizada como anti-séptico (tratamento das águas) ou como descorante (branqueamento).

água de pé

Água de fonte.

água de rosas

Líquido aromático que é uma mistura de óleo essencial de rosa com álcool, diluída em água destilada.

água doce

Água que não é salgada, que não é do mar.

água do chefe

[Angola, Informal] [Angola, Informal] Aguardente caseira ou artesanal, feita geralmente a partir de cereais ou cascas de fruta e açúcar. = CAPORROTO

água lisa

Água não gaseificada.

água mineral

Água de nascente que, natural ou artificialmente, contém sais minerais dissolvidos ou gás, aos quais são atribuídas propriedades medicinais.

água no bico

[Informal] [Informal] Intenção oculta que se procura alcançar por meio de outra acção (ex.: a proposta traz água no bico; aquela conversa tinha água no bico). = SEGUNDAS INTENÇÕES

água panada

Água em que se deita pão torrado.

água sanitária

[Brasil] [Brasil] Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador. = LIXÍVIA

água tónica

Bebida composta de água gaseificada, açúcar, quinino e aromas.

água viva

Água corrente.

capar a água

[Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] Atirar pedras horizontalmente à água para que nela dêem um ou mais saltos.

com água pela(s) barba(s)

[Informal] [Informal] Com muito trabalho ou dificuldades.

comer água

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ingerir bebidas alcoólicas. = BEBER

dar água pela(s) barba(s)

[Informal] [Informal] Ser complicado, difícil; dar trabalho.

debaixo de água

Com muito trabalho (ex.: são muitos pedidos, o serviço está debaixo de água).

deitar água na fervura

[Informal] [Informal] Esfriar o ardor ou o entusiasmo de alguém; apaziguar os ânimos. = ACALMAR, CONCILIAR, HARMONIZARAGITAR, ALVOROÇAR, ENERVAR

em água de barrela

[Informal] [Informal] O mesmo que em águas de bacalhau.

em águas de bacalhau

[Informal] [Informal] Sem consequência, sem resultados ou sem seguimento (ex.: o assunto continua em águas de bacalhau; acabou tudo em águas de bacalhau; a ideia ficou em águas de bacalhau).

ferver em pouca água

[Informal] [Informal] Irritar-se facilmente ou por pequenas coisas (ex.: você ferve em pouca água, homem!).

ir por água abaixo

[Informal] [Informal] Ficar desfeito ou ser malsucedido (ex.: a teoria foi por água abaixo). = FRACASSAR, GORAR

levar a água ao seu moinho

Conseguir obter vantagens pessoais.

meter água

Deixar entrar água, geralmente por ter fenda ou rombo (ex.: o telhado foi reparado porque metia água).

Cometer erro; dizer ou fazer asneira (ex.: ele estava muito nervoso e meteu água na entrevista).

Correr mal (ex.: novo projecto imobiliário tem tudo para meter água). = FRACASSAR

mudar a água às azeitonas

[Informal, Jocoso] [Informal, Jocoso] Urinar.

pôr água na fervura

[Informal] [Informal] O mesmo que deitar água na fervura.

primeiras águas

As primeiras chuvas.

sacudir a água do capote

Recusar responsabilidades ou livrar-se de um compromisso.

Atribuir as culpas a outrem.

tirar água do joelho

[Informal, Jocoso] [Informal, Jocoso] Urinar.

verter águas

[Informal] [Informal] Urinar.

etimologiaOrigem etimológica:latim aqua, -ae.

Ver também resposta à dúvida: água.
aguinhasaguinhas


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.