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chumbo

A forma chumbopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de chumbarchumbar] ou [nome masculino].

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chumbochumbo
( chum·bo

chum·bo

)


nome masculino

1. [Química] [Química] Elemento químico metálico denso (símbolo: Pb), de número atómico 82, de massa atómica 207,21 e de cor cinzenta azulada.

2. Grão desse metal usado como projéctil para armas de fogo.

3. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Reprovação escolar.

4. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Recusa de aprovação de algo (ex.: chumbo de uma proposta).

5. [Informal] [Informal] Juízo, tino.

6. [Artes gráficas] [Artes gráficas] Carácter, composição de imprensa.

7. [Pesca] [Pesca] Cada um dos pesos de chumbo que, postos nas linhas de pesca ou na borda das redes, as obrigam a afundar-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim plumbum, -i.

chumbarchumbar
( chum·bar

chum·bar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Soldar com chumbo.

2. Guarnecer de chumbo.

3. [Antigo] [Antigo] Pôr o selo de chumbo da alfândega.

4. Acertar com tiros de chumbo ou com outros projécteis em. = CHUMBEAR, ESPINGARDEAR

5. Tapar com amálgama ou com liga metálica (ex.: chumbar um dente).

6. Enganar.

7. Prender.

8. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Reprovar alguém num exame ou num ano escolar.

9. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Não aprovar (ex.: a assembleia chumbou a proposta).

10. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Embriagar.


verbo intransitivo

11. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Não passar num exame ou não passar para o ano escolar seguinte.


verbo transitivo e pronominal

12. [Brasil] [Brasil] Causar ou sentir atracção. = APAIXONAR

etimologiaOrigem etimológica:chumbo + -ar.

chumbochumbo

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Tenho sempre uma dúvida: utiliza-se crase antes de pronomes demonstrativos como esse, essa, esta, este?
A crase é a contracção de duas vogais iguais, sendo à (contracção da preposição a com o artigo definido a) a crase mais frequente. Para que se justifique esta crase é necessário que haja um contexto em que estejam presentes a preposição a e o artigo a (ex.: A [artigo] menina estava em casa; Entregou uma carta a [preposição] uma menina; Entregou uma carta à [preposição + artigo] menina). Ora, os pronomes demonstrativos não coocorrem com preposições (ex.: Esta menina estava em casa; *A [artigo] esta menina estava em casa; Entregou a carta a [preposição] esta menina; *Entregou a carta à [preposição + artigo] esta menina; o asterisco indica agramaticalidade), pelo que não poderá haver crase antes de artigos demonstrativos, mas apenas a ocorrência da preposição, quando o contexto o justifique.

Além do que foi dito acima, é de referir que pode haver crase com um artigo demonstrativo começado por a- (ex.: Não prestou atenção àquilo [preposição a + pronome demonstrativo aquilo]), mas trata-se da contracção da preposição a com a primeira vogal do pronome demonstrativo (ex.: àquele, àqueloutro, àquilo).