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e

Será que queria dizer é?

A forma epode ser[abreviatura], [adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros], [conjunção coordenativa], [nome masculino], [prefixo] ou [símbolo].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
e1e1
|é| |é|


nome masculino

1. Quinta letra do alfabeto português (ex.: o E é aberto em , fechado em , átono em de e soa muitas vezes como i no princípio ou no meio de palavras).


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

2. Quinto, numa série indicada por letras.


abreviatura

3. Abreviatura de Eminência e Excelência.


símbolo

4. Símbolo do ponto cardeal este. (Com maiúscula.)

etimologiaOrigem etimológica:latim e.

vistoPlural: és ou ee.
iconPlural: és ou ee.
e2e2
|i| |i|


conjunção coordenativa

1. Usa-se para ligar por coordenação constituintes ou frases (ex.: comprou uma camisa e uma saia; bandeira azul e branca; entrou e saiu).

2. Usa-se para indicar adição (ex.: dois e dois são quatro). = MAIS

3. Usa-se para indicar oposição (ex.: um diz uma coisa e o outro vem dizer o contrário; tão bom e tão barato). = MAS

4. Usa-se para coordenar constituintes ou frases, com valor enfático, de repetição ou de oposição (ex.: ele comeu e comeu e comeu; não podemos generalizar: há professores e professores).

5. Usa-se no início de frase para exprimir surpresa ou indignação (ex.: E você não disse nada, não protestou?).


e comercial

Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção e, nomeadamente em nomes comerciais.

etimologiaOrigem etimológica:latim et.

e-e-


prefixo

1. Indica mudança de estado ou de forma (ex.: emadeirar; emelar).

2. Elemento protético que não acrescenta significado ou que exprime simples reforço (ex.: epícea).

etimologiaOrigem etimológica:latim in-.

ee

Auxiliares de tradução

Traduzir "e" para: Espanhol Francês Inglês

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.




Agradecia que me esclarecessem em que categoria gramatical podemos classificar a locução à espera e qual a melhor forma de dizer: estou à espera de ti ou estou à tua espera.
A locução à espera tem valor de advérbio (ex.: estou à espera há mais de 20 minutos), pelo que se pode classificá-la como uma locução adverbial.

Em relação à segunda questão, que diz respeito à locução prepositiva à espera de, de acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Lindley Cintra e Celso Cunha (p. 327), existem em português certas locuções prepositivas que permitem a substituição do pronome oblíquo tónico (neste caso, o pronome ti), quando antecedido da preposição de, pelo pronome possessivo correspondente (neste caso, o pronome tua). Assim sendo, ambas as construções devem ser consideradas correctas, à semelhança de casos como em frente de ti / à tua frente, em favor de ti / em teu favor ou à mercê de ti / à tua mercê.