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cerca

A forma cercapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de cercarcercar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de cercarcercar], [advérbio] ou [nome feminino].

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cerca1cerca1
|cê| |cê|
( cer·ca

cer·ca

)


advérbio

1. [Pouco usado] [Pouco usado] Nas proximidades; a pouca distância (ex.: o animal estava muito cerca). = PERTO, PRÓXIMO


cerca de

Indica um valor ou quantia aproximados (ex.: o muro tem cerca de 20 metros; ele tem cerca de 70 anos; isto foi há cerca de duas horas). = APROXIMADAMENTE, MAIS OU MENOS, QUASE

[Pouco usado] [Pouco usado] A curta distância de; nas proximidades de (ex.: ao passar cerca do poço ouviu as rãs; o palácio ficava mui cerca da tapada). = PERTO DE

etimologiaOrigem etimológica: latim circa, em redor, em volta, em círculo.
cerca2cerca2
|cê| |cê|
( cer·ca

cer·ca

)


nome feminino

1. Muro, vedação ou tapume que rodeia um terreno.

2. Terreno compreendido dentro desse muro. = CERCADO, CERCO


cerca sanitária

Conjunto de medidas de protecção que isolam uma área contaminada para evitar a propagação de doença ou epidemia. = CERCO SANITÁRIO, CORDÃO SANITÁRIO

cerca viva

Tapume vegetal feito com plantas enraizadas, usado para dividir ou proteger um terreno. = SEBE VIVA

etimologiaOrigem etimológica: derivação regressiva de cercar.
cercarcercar
( cer·car

cer·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer cerca a.

2. Fechar com muro, sebe, etc.

3. Pôr cerco a. = SITIAR

4. [Figurado] [Figurado] Estar em toda a volta. = CIRCUNDAR, RODEAR

5. Apertar.

6. Constranger.


verbo pronominal

7. Ter determinadas pessoas como companhia; fazer-se acompanhar. = CIRCUNDAR-SE, RODEAR-SE

8. Ficar mais próximo. = APROXIMAR-SE

etimologiaOrigem etimológica: latim circo, -are, ir em volta, rodear.
cercacerca

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



"Lembro ainda que alguns médicos estão com o período 2006/2007 vencidos, necessitando o agendamento e regulamentarização destes o mais breve possível." Tenho dúvidas na palavra regulamentarização. Está correta? Eu acho que não.
Apesar de o substantivo regulamentarização se encontrar bem formado (trata-se da nominalização de regulamentarizar, neologismo verbal formado pela aposição do sufixo -izar ao adjectivo regulamentar), não se encontra registado em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, pelo que é preferível o uso do substantivo regulamentação, formado pela aposição do sufixo -ção ao verbo regulamentar.



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.