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meio

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meiomeio
( mei·o

mei·o

)


adjectivoadjetivo

1. Que indica a metade de um todo.

2. Que está numa posição intermédia. = MEÃO, MEDIANO, MÉDIO

3. Que tem fraca intensidade. = MODERADO


nome masculino

4. Parte ou ponto equidistante das extremidades ou do princípio e fim. = METADE

5. Ponto central. = CENTRO

6. Lugar onde se vive. = AMBIENTE, ESFERA

7. Modo, via, possibilidade.

8. Expediente, arte, ardil.

9. Agente.

10. Intervenção, auxílio.

11. Condição, circunstância.

12. O que estabelece comunicação.


advérbio

13. Mais ou menos, um tanto, um pouco, não de todo, quase (ex.: deixou a porta meio aberta).

meios


nome masculino plural

14. Bens, fortuna, recursos, haveres.

15. [Marnotagem] [Marnotagem] Cada um dos grupos de divisórias onde, nas salinas, se faz a cristalização do sal (ex.: meios de baixo; meios de cima).


meio ambiente

Conjunto das condições biológicas, físicas e químicas nas quais os seres vivos se desenvolvem. = AMBIENTE

Conjunto das circunstâncias culturais, económicas e sociais em que vive um indivíduo. = AMBIENTE

meio cá, meio lá

[Informal] [Informal] Em estado de consciência levemente alterada, devido a sono, cansaço ou embriaguez.

[Informal] [Informal] Em estado de dúvida. = INDECISO

meio de comunicação (social)

Órgão de difusão de informação.

meio morto

[Informal] [Informal] Quase morto; muito cansado.

meios de transporte

Tudo aquilo que serve para nos deslocarmos de um lugar para outro (automóvel, autocarro, avião, comboio, metro, táxi, etc.).

por meio de

Recorrendo a, através de, por intermédio, mediante.

etimologiaOrigem etimológica:latim medius, -i, meio, metade.

Ver também resposta à dúvida: meio.
meiomeio

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.