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preciso

A forma precisopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de precisarprecisar] ou [adjectivoadjetivo].

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precisopreciso
( pre·ci·so

pre·ci·so

)


adjectivoadjetivo

1. Que faz falta (ex.: fez uma lista de tudo o que era preciso para a viagem). = INDISPENSÁVEL, NECESSÁRIODESNECESSÁRIO, DISPENSÁVEL

2. Feito ou calculado com rigor absoluto (ex.: cálculos precisos). = CERTO, DEFINIDO, EXACTO, FIXO, RIGOROSOIMPRECISO, INDEFINIDO, INEXACTO

3. Que funciona na perfeição (ex.: relógio preciso). = RIGOROSODEFEITUOSO, IMPRECISO

4. Que não tem excessos; que se reduz ao essencial (ex.: ele tem uma maneira precisa de escrever). = CONCISO, LACÓNICO, SUCINTO

5. Que expressa ideias ou pensamentos de forma clara (ex.: escreveu um artigo preciso). = CATEGÓRICO, CLARO, EXACTO, RIGOROSOAMBÍGUO, DUVIDOSO, EQUÍVOCO

6. Que é executado de maneira a atingir perfeitamente o objectivo (ex.: disparou um tiro preciso). = EXACTO

etimologiaOrigem etimológica: latim praecisus, -a, -um, cortado, separado, truncado, suprimido, abreviado, preciso, conciso.
precisarprecisar
( pre·ci·sar

pre·ci·sar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Ter precisão ou necessidade de.

2. Determinar, indicar, calcular de um modo preciso, com exactidão.

3. Especializar, particularizar.

4. Não poder passar sem, não poder prescindir de.


verbo intransitivo

5. Ter precisão de dinheiro e de tudo quanto é essencial à vida; ser pobre.

6. Carecer.

etimologiaOrigem etimológica: preciso + -ar.
Ver também resposta à dúvida: regência do verbo precisar.
precisopreciso

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Escreve-se interdisciplinaridade ou interdisciplinariedade? Também tenho dúvidas se devo escrever pré-estabelecidas ou preestabelecidas.
A forma correcta é interdisciplinaridade, como poderá confirmar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Esta palavra resulta da aposição do prefixo inter- ao substantivo disciplinaridade, que, por sua vez, deriva da junção do sufixo -idade ao adjectivo disciplinar. A terminação -iedade não é um sufixo produtivo em português, pelo que a forma *interdisciplinariedade não se considera bem formada; as palavras terminadas em -iedade resultam normalmente da aposição do sufixo -edade a um adjectivo com a terminação átona -io (ex.: arbitrário > arbitrariedade; solidário > solidariedade) ou derivam directamente do latim (ex.: propriedade < latim proprietatis; variedade < latim varietatis).

Os dicionários de língua portuguesa registam as formas preestabelecer e preestabelecido, sem hífen, pois na sua formação está presente o prefixo pre-, com o qual nunca se usa hífen para fazer a separação do elemento posterior (ex.: prealegar, predefinição, preexistente). Este prefixo está relacionado com o sufixo pré-, que, segundo o Acordo Ortográfico, na base XXIX, exige sempre a utilização do hífen por se tratar de um prefixo com acentuação gráfica (ex.: pré-escolar, pré-histórico, pré-molar).




Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.