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coisas

A forma coisaspode ser[nome feminino plural], [nome feminino] ou [nome masculino].

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coisacoisa
( coi·sa

coi·sa

)


nome feminino

1. O que existe ou pode existir.

2. Objecto ou ser inanimado.

3. Acontecimento, negócio ou facto que interessa às pessoas envolvidas (ex.: vou tratar de uma coisa; têm alguma coisa para fazer agora?).

4. Assunto de que se fala ou trata (ex.: ele que falar-lhe de umas coisas).

5. Aquilo que se desconhece ou que causa inquietação ou desconfiança. = ENIGMA, MISTÉRIO

6. [Informal] [Informal] Indisposição, mal-estar ou doença súbita (ex.: deu-lhe uma coisa e foi para o hospital).

7. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

8. [Informal] [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

9. [Informal] [Informal] Órgão sexual feminino. = VULVA

10. [Informal] [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO, PÉNIS

11. [Brasil: Nordeste] [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


nome masculino

12. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Diabo.

coisas


nome feminino plural

13. Bens (ex.: separaram-se e cada um levou as suas coisas).


aqui há coisa

[Informal] [Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

coisa alguma

O mesmo que nada.

coisa de

[Informal] [Informal] Aproximadamente, cerca de.

coisa nenhuma

Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

coisas da breca

[Informal] [Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

coisas do arco-da-velha

[Informal] [Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

coisas e loisas

[Informal] [Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

[Informal] [Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

como quem não quer a coisa

[Informal] [Informal] Dissimuladamente.

fazer as coisas pela metade

[Informal] [Informal] Não terminar aquilo que se começou.

mais coisa, menos coisa

[Informal] [Informal] Aproximadamente.

não dizer coisa com coisa

[Informal] [Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

não estar com coisas

[Informal] [Informal] Agir ou dizer prontamente, sem hesitar.

não ser grande coisa

[Informal] [Informal] Não ser particularmente bom ou extraordinário (ex.: o programa não foi lá grande coisa).

ou coisa que o valha

[Informal] [Informal] Ou algo parecido.

pôr-se com coisas

[Informal] [Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

que coisa

[Informal] [Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

ver a coisa malparada

[Informal] [Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.

etimologiaOrigem etimológica:latim causa, -ae, causa, razão.

Auxiliares de tradução

Traduzir "coisas" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Como devo falar ou escrever: "o Departamento a que pertence o funcionário" ou "o Departamento ao qual pertence o funcionário".
Nenhuma das expressões que refere está incorrecta, uma vez que, em orações subordinadas adjectivas relativas, o pronome relativo que pode, de uma maneira geral, ser substituído pelo seu equivalente o qual, que deverá flexionar em concordância com o género e número do antecedente (ex.: os departamentos aos quais pertence o funcionário). No caso em questão, o pronome relativo tem uma função de objecto indirecto do verbo pertencer, que selecciona complementos iniciados pela preposição a, daí que os pronomes que e o qual estejam antecedidos nestas expressões por essa preposição (a que e ao qual).

É de notar que a utilização da locução pronominal o qual e das suas flexões não deve ser feita quando se trata de uma oração relativa adjectiva restritiva que não é iniciada por preposição, isto é, quando a oração desempenha a função de um adjectivo que restringe o significado do antecedente (ex.: o departamento [que está em análise = analisado] vai ser reestruturado; *o departamento o qual está em análise vai ser reestruturado [o asterisco indica agramaticalidade]).




Gostaria de saber qual destas frases está correcta e porquê: a) Se eu fosse rico, ofereceria-lhe... b) Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...
Quando utiliza um pronome clítico (ex.: o, lo, me, nos) com um verbo no futuro do indicativo (ex. oferecer-lhe-ei) ou no condicional, também chamado futuro do pretérito, (ex.: oferecer-lhe-ia), deverá fazer a mesóclise, isto é, colocar o pronome clítico entre o radical do verbo (ex.: oferecer) e a terminação que indica o tempo verbal e a pessoa gramatical (ex.: -ei ou -ia). Assim sendo, a frase correcta será Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...

Esta colocação dos pronomes clíticos é aparentemente estranha em relação aos outros tempos verbais, mas deriva de uma evolução histórica na língua portuguesa a partir do latim vulgar. As formas do futuro do indicativo (ex.: oferecerei) derivam de um tempo verbal composto do infinitivo do verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do presente do verbo haver (ex.: hei), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hei. Se houvesse necessidade de inserir um pronome, ele seria inserido a seguir ao verbo principal (ex.: oferecer lhe hei). Com as formas do condicional (ex. ofereceria), o caso é semelhante, com o verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do imperfeito do verbo haver (ex.: hia < havia), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hia e, com pronome, a oferecer lhe hia.

É de notar que a reflexão acima não se aplica se houver alguma palavra ou partícula que provoque a próclise do clítico, isto é, a sua colocação antes do verbo (ex.: Jamais lhe ofereceria flores. Sei que lhe ofereceria flores).