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como

A forma comopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de comercomer], [advérbio], [conjunção], [nome masculino] ou [preposição].

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comocomo
|ô| ou |u| |ô| ou |u|
( co·mo

co·mo

)


conjunção

1. Introduz uma comparação, indicando que algo é feito ou acontece do mesmo modo que outra coisa (ex.: faço isto como a minha mãe me ensinou; ele comportou-se como o companheiro do lado). = CONFORME, SEGUNDO

2. Usa-se para introduzir o segundo termo numa comparação de igualdade, geralmente antecedido de tão (ex.: ela é tão alta como o pai; já faço isto tão bem como tu; ele é surdo como uma porta).

3. Usa-se numa comparação, antecedido de tão, para indicar igualdade ou equivalência (ex.: acho que foi tão rápido como eficaz na solução). = QUANTO, QUÃO

4. Indica a perspectiva ou o estatuto de alguém em relação a algo (ex.: como cidadão, esta situação indigna-me). = ENQUANTO, NA QUALIDADE DE

5. Introduz uma expressão de causa (ex.: como a loja já está fechada, voltamos amanhã). = DADO QUE, JÁ QUE, PORQUE, UMA VEZ QUE, VISTO QUE

6. Introduz uma expressão de tempo ou de proporção (ex.: como foram chegando, foram entrando). = CONFORME, LOGO QUE, QUANDO

7. Introduz uma expressão de modo (ex.: pedi que me explicasse como fazer o trabalho).

8. Usa-se para indicar grau ou intensidade numa frase integrante (ex.: contou como foi caloroso o acolhimento; confessou como está orgulhoso da filha; não sabes como gosto de ti; veja como eu tinha razão).


advérbio

9. Usa-se em frases interrogativas directas ou indirectas, para saber o modo como algo se faz ou acontece (ex.: como é que faz este bolo?; o polícia perguntou como acontecera o acidente).

10. Indica grau ou intensidade, geralmente em frases exclamativas (ex.: como está escuro!; como é bonita esta lua; como ele cresceu!).

11. Usa-se para indicar o modo, introduzindo frases adverbiais relativas com antecedente (ex.: o modo como ele fala é humilhante; gostei da maneira como a casa está decorada).

12. Usa-se para apresentar um ou mais exemplos (ex.: tem muitas conquistas no palmarés, como medalhas nacionais e internacionais).


preposição

13. Usa-se para introduzir um predicativo do sujeito ou do complemento directo (ex.: era culpado, mas ficou como inocente; consideram-no como revolucionário).


nome masculino

14. O modo de fazer ou de acontecer (ex.: queria perceber o como daquele golpe de magia).


a como

Usa-se para perguntar o preço de algo (ex.: a como está o quilo de laranja? a como é que ele está a vender?).

etimologiaOrigem etimológica: latim quomodo.
vistoPlural: comos |ô ou u|.
iconPlural: comos |ô ou u|.
Ver também resposta à dúvida: pronúncia de como.
comercomer
|ê| |ê|
( co·mer

co·mer

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Mastigar e engolir.

2. Dissipar.

3. Lograr.

4. Defraudar, enganar.

5. Gastar.


verbo transitivo e pronominal

6. [Informal] [Informal] Ter relações sexuais com. = PAPAR


verbo intransitivo

7. Tomar alimento.

8. Ter comichão.

9. Causar comichão.

10. Tirar proveito.

11. Roubar.


verbo pronominal

12. Amofinar-se, consumir-se.


nome masculino

13. Acto ou efeito de ingerir alimentos (ex.: a dentição pode perturbar o comer).

14. Aquilo que se come ou que pode ser comido (ex.: o comer está na mesa). = ALIMENTO, COMIDA

15. Refeição (ex.: a que horas é o comer?).


comer e calar

[Informal] [Informal] Aceitar, sem lamentos ou protestos (ex.: não é mulher para comer e calar). = RESIGNAR-SE

etimologiaOrigem etimológica: latim comedo, -ere.
Ver também resposta à dúvida: verbo comer usado como substantivo.
comocomo

Auxiliares de tradução

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Como se escreve, em números, um milhão? Com pontos, sem pontos e com espaços ou sem pontos e sem espaços? 1.000.000, 1 000 000 ou 1000000?
Não há qualquer norma ortográfica para o uso de um separador das classes de algarismos (unidades, milhares, milhões, etc.) ou para o separador das casas decimais, pois o Acordo Ortográfico de 1945 e o Acordo Ortográfico de 1990 (os textos legais reguladores da ortografia portuguesa) são omissos.

Há várias opiniões sobre o assunto e a maioria dos livros de estilo (veja-se, a título de exemplo, o texto disponibilizado pelo jornal Público no seu Livro de Estilo, artigo "Números", ponto 1.), prontuários e consultores linguísticos para o português defende o uso do ponto a separar as classes de algarismos (ex.: 1.000.000) e da vírgula para separar a parte inteira da parte decimal (ex.: 100,5).

Como se trata de uma questão de metrologia, mais do que de ortografia, a resolução n.º 10 (https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/22/10/) da 22.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (Paris, 12 - 17 de Outubro de 2003) organizada pelo Bureau International des Poids et Mesures, em que Portugal participou, é importante e pode contribuir para a uniformização nesta questão (esta resolução apenas reforça a resolução n.º 7 [https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/9/7/] da 9.ª Conferência ocorrida em 1948, que apontava no mesmo sentido): o símbolo do separador decimal poderá ser a vírgula ou o ponto (sobretudo nos países anglo-saxónicos e em teclados de computadores e calculadoras); apenas para facilitar a leitura, os números podem ser divididos em grupos de três algarismos (que correspondem às classes das unidades, milhares, milhões, etc.), a contar da direita, mas estes grupos não devem nunca ser separados por pontos ou por vírgulas (ex.: 1 000 000,5 ou 1 000 000.5 e não 1.000.000,5 ou 1,000,000.5).

Por respeito pelas convenções internacionais e por uma questão de rigor (é fácil de concluir que a utilização do ponto ou da vírgula para separar as classes de algarismos num número que contenha casas decimais pode gerar equívocos), é aconselhável não utilizar outro separador para as classes de algarismos senão o espaço (ex.: 1000000 ou 1 000 000).




Gostaria de saber se as palavras escritas em letras maiúsculas são acentuadas. Ex.: ÁRVORE.
Na ortografia portuguesa, as palavras têm a mesma acentuação independentemente de serem grafadas com letras maiúsculas ou minúsculas. Assim, se pretender escrever árvore, ébano, ímpeto, óbito, único com inicial maiúscula ou totalmente em maiúsculas, deverá escrever Árvore ou ÁRVORE, Ébano ou ÉBANO, Ímpeto ou ÍMPETO, Óbito ou ÓBITO ou Único ou ÚNICO.

O texto do Acordo Ortográfico, que regula a ortografia do português europeu e que tem regras específicas para o uso de maiúsculas nas bases XXXIX a XLVII, não refere explicitamente este assunto, mas o próprio texto legal contém sempre acentos em maiúsculas, nomeadamente em palavras como "MINISTÉRIO", "Ámon", "Áustria-Hungria", "Nun'Álvares", "Índias" ou no nome do Presidente da República em 1945, "ANTÓNIO ÓSCAR DE FRAGOSO CARMONA".

Outras ortografias de línguas românicas próximas do português, como o espanhol ou o francês, têm o mesmo comportamento. A Real Academia Española (Ortografía de la Lengua Española, Madrid: Editorial Espasa Calpe, 1999, p. 53) refere explicitamente que as maiúsculas levam acento e que a Academia nunca estabeleceu uma norma em sentido contrário. Quanto ao francês, a tradição escolar costuma ensinar que as maiúsculas podem não ser acentuadas, não sendo essa, no entanto, a posição da Académie Française, que recomenda o uso sistemático das maiúsculas acentuadas; também a União Europeia, no Código de Redacção Interinstitucional relativo ao francês postula que as maiúsculas são, em princípio, sempre acentuadas (http://publications.europa.eu/code/fr/fr-240203.htm).