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cu

CuCu | símb.
cucu | n. m.
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Cu Cu 2


símbolo

[Química]   [Química]  Símbolo químico do cobre.


cu cu 1


(latim culus, -i)
nome masculino

1. [Calão]   [Tabuísmo]  Orifício na extremidade inferior do intestino grosso por onde são expelidas as fezes. = ÂNUS, RABO

2. [Calão]   [Tabuísmo]  Região das nádegas. = RABO, TRASEIRO

3. [Informal]   [Informal]  Fundo ou extremidade (ex.: cu da garrafa; cu do chouriço).

4. [Informal]   [Informal]  Parte da agulha de coser que contém o buraco por onde passa a linha.

5. [Marinha]   [Marinha]  Extremidade da bigota oposta à cabeça.


andar de cu tremido
[Portugal, Informal]   [Portugal, Informal]  Andar de carro.

até o cu fazer bico
[Calão]   [Tabuísmo]  Até não poder mais; exageradamente (ex.: dançar até o cu fazer bico).

cair de cu
[Portugal, Informal]   [Portugal, Informal]  Cair, batendo com as nádegas no chão.

[Portugal, Informal]   [Portugal, Informal]  Ficar sem dinheiro ou sem recursos.

[Portugal, Informal]   [Portugal, Informal]  Ficar espantado; ser apanhado de surpresa.

coçar o cu pelas esquinas
[Calão]   [Tabuísmo]  O mesmo que coçar o cu pelas paredes.

coçar o cu pelas paredes
[Calão]   [Tabuísmo]  Ser preguiçoso ou não fazer nada. = ROÇAR O CU PELAS PAREDES

com o cu na mão
[Brasil, Calão]   [Brasil, Tabuísmo]  Com medo. = APAVORADO, ATERRORIZADO

cu de Judas
[Calão]   [Tabuísmo]  Lugar muito distante; fim do mundo (ex.: ele mora longe, para lá do cu de Judas).

cu de sono
[Informal]   [Informal]  Pessoa que tem sempre sono.

dar ao cu
[Calão]   [Tabuísmo]  Andar meneando ou sacudindo muito as ancas ou as nádegas. = REBOLAR, REQUEBRAR, SARACOTEAR

dar de cu
[Calão]   [Tabuísmo]  Derrapar e virar a traseira para um dos lados (ex.: a mota deu de cu e a roda bateu na valeta).

dar o cu
[Calão]   [Tabuísmo]  Ter sexo anal enquanto participante passivo; ser sodomizado.

dar o cu e cinco tostões por
[Calão]   [Tabuísmo]  Gostar muito de.

dar o cu e dez tostões por
[Calão]   [Tabuísmo]  O mesmo que dar o cu e cinco tostões por.

dar o cu e três tostões por
[Calão]   [Tabuísmo]  O mesmo que dar o cu e cinco tostões por.

encher o cu
[Calão]   [Tabuísmo]  Comer demasiado.

ficar com o cu na mão
[Calão]   [Tabuísmo]  Ficar com medo; ficar apavorado.

ir ao cu
[Calão]   [Tabuísmo]  Ter sexo anal enquanto participante activo. = ENRABAR, SODOMIZAR

levar no cu
[Calão]   [Tabuísmo]  Ter sexo anal enquanto participante passivo; ser sodomizado.

não haver cu
[Portugal, Calão]   [Portugal, Tabuísmo]  Ter chegado ao limite, geralmente da paciência (ex.: não há cu para aturar esta gente; já não havia cu que aguentasse tanto disparate junto).

não ter cu para
[Portugal, Calão]   [Portugal, Tabuísmo]  Não ter paciência ou capacidade de tolerância para algo ou para alguém (ex.: não tenho cu para esse tipo de festa).

não ter no cu o que o periquito roa
[Brasil, Calão]   [Brasil, Tabuísmo]  Ser muito pobre.

nascer com o cu (virado) para a Lua
[Calão]   [Tabuísmo]  Ter muita sorte. = NASCER COM O RABO (VIRADO) PARA A LUA, NASCER DE RABO (VIRADO) PARA A LUA

nascer de cu (virado) para a Lua
[Calão]   [Tabuísmo]  O mesmo que nascer com o cu (virado) para a Lua.

roçar o cu pelas esquinas
[Calão]   [Tabuísmo]  O mesmo que roçar o cu pelas paredes.

roçar o cu pelas paredes
[Calão]   [Tabuísmo]  Ser preguiçoso ou não fazer nada.

tirar o cu da recta
[Calão]   [Tabuísmo]  Sair da frente.

[Calão]   [Tabuísmo]  Fugir à responsabilidade das suas acções.

tomar no cu
[Calão]   [Tabuísmo]  Ter sexo anal enquanto participante passivo; ser sodomizado.

um cu
[Portugal, Calão]   [Portugal, Tabuísmo]  É usado, geralmente em frases negativas, com o significado de coisa nenhuma (ex.: esse teclado não vale um cu; nunca fez um cu na vida; o tipo não fala um cu de português). = NADA

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Dúvidas linguísticas


Agradeço que esclareçam se as frases que se seguem estão correctas: 1 - Quem vai ao cinema é a Maria e o João. 2 - Quem vai ao cinema são a Maria e o João. Sempre pensei que a frase correcta fosse a segunda, tendo em conta que o sujeito está no plural e que o verbo deve concordar com o sujeito. No entanto, debati a questão com uma amiga e não conseguimos chegar a um consenso.
Considera-se mais correcta a frase Quem vai ao cinema são a Maria e o João.

A questão colocada diz respeito a uma frase que contém uma estrutura copulativa de identificação (equivalente a isto é aquilo [=Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João]). Esta estrutura constitui uma das construções de clivagem possíveis em português (sobre este assunto, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., 5.ª ed. Editorial Caminho, 2003, pp. 685 e seguintes), designada por construção pseudoclivada.

A frase em apreço (Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João) é equivalente, do ponto de vista semântico e informativo, à frase A Maria e o João vão ao cinema, havendo um constituinte que é posto em destaque através de uma oração subordinada relativa substantiva sem antecedente (Quem vai ao cinema). O pronome pessoal quem é um pronome de terceira pessoa do singular e obriga o verbo a concordar com ele dentro da oração subordinada - no caso em análise trata-se da forma do presente do indicativo (vai) do verbo ir (sobre quem como sujeito da oração, poderá consultar também as respostas sou eu quem e fui eu quem).

Toda a oração subordinada constitui por sua vez o predicativo do sujeito da oração subordinante, com uma inversão da ordem canónica da frase:
[Quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito [são/é]Verbo copulativo [a Maria e o João]Sujeito.
A identificação do sujeito e do predicativo do sujeito pode ser feita com a retoma do sujeito da frase A Maria e o João vão ao cinema e com a pronominalização do predicativo do sujeito através do pronome demonstrativo invariável o (ex.: A Maria e o João são-no; *Quem vai ao cinema é-o). Sobre os testes de identificação do sujeito e do predicativo do sujeito, poderá ainda consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., pp. 281-284 e pp. 290-292.

A ordem canónica da frase será então:
[A Maria e o João]Sujeito [são/é]Verbo copulativo [quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito.
Assim é possível verificar que a concordância verbal com o sujeito composto (a Maria e o João = eles) está correcta e é preferencial (Quem vai ao cinema são a Maria e o João), pois respeita a regra geral de concordância com sujeitos compostos, não havendo motivo para a concordância com o predicativo do sujeito (*A Maria e o João é quem vai ao cinema = Quem vai ao cinema é a Maria e o João).

A concordância dos verbos copulativos é problemática em português, motivo pelo qual a frase Quem vai ao cinema é a Maria e o João pode ser considerada gramatical, se se considerar que nesse caso o verbo concorda com o predicativo do sujeito em posição pós-verbal (sobre este assunto, pode consultar também a resposta verbo predicativo ser), mas dificilmente um falante poderá considerar gramatical a substituição do sujeito composto pelo pronome pessoal correspondente (*Quem vai ao cinema é eles).




Quando escrevo que um evento acontecerá dia X e indico o período: à tarde ou à noite. O correto é o a craseado?
As expressões à tarde e à noite estão correctas, quando escritas para indicar localização no tempo; esta construção corresponde à contracção da preposição a, que exprime neste caso valores de tempo, seguida do artigo definido a, que está a determinar os substantivos tarde ou noite. É mais fácil verificar o uso da contracção quando o substantivo for masculino, com correspondente uso de artigo masculino (ex.: a conversa ocorrerá ao almoço).
Se não for usada a crase, as ortografias a tarde e a noite corresponderão apenas a um grupo nominal sem a preposição, não podendo indicar limites ou localizações temporais (ex.: a noite está quente; a tarde foi cansativa).

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Palavra do dia

fa·le·na |ê|fa·le·na |ê|


(grego fálaina, -as ou fállaina, -as, espécie de lagarta)
nome feminino

[Entomologia]   [Entomologia]  Designação dada a várias espécies de borboletas nocturnas da família dos geometrídeos.

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in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/cu [consultado em 31-05-2023]