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trabalho

A forma trabalhopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de trabalhartrabalhar], [nome masculino plural] ou [nome masculino].

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trabalhotrabalho
( tra·ba·lho

tra·ba·lho

)


nome masculino

1. Acto de trabalhar.

2. Qualquer ocupação física ou intelectual (ex.: trabalho manual).

3. Actividade profissional regular e remunerada (ex.: vai começar o novo trabalho na próxima semana; o trabalho de treinador não é fácil). = EMPREGO, OCUPAÇÃO, OFÍCIO, PROFISSÃO

4. Local onde se exerce essa actividade profissional (ex.: almoçamos no trabalho). = EMPREGO, SERVIÇO

5. Período durante o qual se desempenha essa actividade profissional (ex.: combinaram um copo depois do trabalho).

6. Conjunto de tarefas que constituem a obrigação ou o papel que alguém deve desempenhar (ex.: o atendimento ao público não faz parte do trabalho deles). = FUNÇÃO, INCUMBÊNCIA, SERVIÇO

7. Cuidado que se emprega na feitura de uma obra. = ESMERO

8. Coisa feita, que se faz ou que está para se fazer. = OBRA

9. Esforço intenso. = FAINA, LABUTAÇÃO, LIDA

10. Modo de executar uma tarefa, de realizar algo.

11. Acção contínua da força de um elemento ou fenómeno da natureza (ex.: as grutas resultam do trabalho da erosão ao longo dos anos).

12. [Biologia, Medicina] [Biologia, Medicina] Fenómeno da vitalidade dos órgãos.

13. [Física] [Física] Produto da intensidade de uma força pela distância percorrida pelo ponto de aplicação da força na direcção desta.

14. [Ocultismo] [Ocultismo] Ritual feito para pedir protecção ou favores (ex.: trabalho de macumba).

trabalhos


nome masculino plural

15. Conjunto de exames, discussões e deliberações de uma corporação, repartição, etc.

16. Conjunto de situações que preocupam ou afligem.


dar trabalho

Admitir como funcionário; dar emprego. = EMPREGAR

Exigir atenção ou esforço.

Causar preocupações, transtornos.

dar-se ao trabalho

Dedicar grande esforço ou atenção na realização de algo. = EMPENHAR-SE

trabalho de casa

Tarefa ou exercício que um professor indica aos alunos para ser feito fora das aulas, geralmente em casa. (Mais usado no plural.) = DEVER

trabalho de sapa

[Militar] [Militar]  Tarefa de abrir fossos, trincheiras, caminhos subterrâneos.

Trabalho ardiloso e oculto. = ARDIL, TRAMA

trabalho forçado

Pena, que consiste na realização de trabalhos físicos, a que são condenados réus de crimes graves. (Mais usado no plural.)

trabalho híbrido

Modelo de trabalho flexível em que os funcionários trabalham um certo número de dias no seu local físico de trabalho e os restantes remotamente (ex.: empresas apostam mais no trabalho híbrido).

trabalho para casa

O mesmo que trabalho de casa.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de trabalhar.

trabalhartrabalhar
( tra·ba·lhar

tra·ba·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar determinada forma a (ex.: trabalhar a madeira).

2. Fazer ou preparar algo para determinado fim (ex.: trabalhar a terra).

3. Rever ou refazer com cuidado (ex.: trabalhar o texto). = APERFEIÇOAR, LIMAR

4. Treinar ou exercitar para melhorar ou desenvolver (ex.: trabalhar os músculos).

5. Causar preocupação ou aflição. = ATORMENTAR, INQUIETAR, PREOCUPAR, RALAR


verbo transitivo e intransitivo

6. Fazer esforço para algo. = EMPENHAR-SE, DILIGENCIAR, LIDAR, PROCURAR

7. Exercer uma actividade profissional (ex.: trabalhamos na construção civil; esteve desempregado, mas já está a trabalhar).


verbo intransitivo

8. Fazer algum trabalho ou tarefa (ex.: vou para casa trabalhar).

9. Formar ideias ou fazer reflexões. = COGITAR, MATUTAR, PENSAR

10. Estar em funcionamento. = FUNCIONAR, MOVER-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim *tripaliare, torturar com instrumento de tortura tripálio, de tripalis, -e, que tem três estacas.

iconeConfrontar: trebelhar.
trabalhotrabalho

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Dúvidas linguísticas



Qual seria a pronúncia correta de besta (animal quadrúpede) e beste (arma para arremessar setas) ? A pronúncia seria a mesma?
As formas besta (animal quadrúpede) e besta [não beste, como refere] (arma para arremessar setas) são homógrafas, i. e., escrevem-se da mesma forma mas têm pronúncias diferentes: besta (arma) pronuncia-se com /é/ (bésta) e besta (quadrúpede) pronuncia-se com /ê/ (bêsta).



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).