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baixitos

A forma baixitosé [derivação masculino plural de baixobaixo].

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baixobaixo
( bai·xo

bai·xo

)
Imagem

MúsicaMúsica

Instrumento mais grave da família das guitarras (ex.: baixo eléctrico).


adjectivoadjetivo

1. Que tem menos altura que a ordinária (ex.: jogador baixo; casas baixas).ALTO, GRANDE

2. Que está a pouca altura em relação ao solo ou em relação ao nível do mar (ex.: voo baixo).ALTO, ELEVADO

3. Que tem pouca profundidade (ex.: águas baixas; a margem do rio é mais baixa deste lado).ALTO, PROFUNDO

4. Que tem valores ou medidas inferiores à média ou ao que é considerado normal ou conveniente (ex.: baixas temperaturas; preço baixo; pressão arterial baixa).ALTO, EXCESSIVO

5. Que é tem um grau ou nível pouco elevado (ex.: baixa precisão; baixa qualidade; baixas profundidades; mostrou baixa consideração pelas instituições).ALTO, ELEVADO

6. Que está inclinado ou voltado para o chão (ex.: cabeça baixa; olhos baixos). = ABAIXADOERGUIDO

7. Que custa pouco ou implica um menor gasto. = BARATOALTO, CARO, DISPENDIOSO

8. Que tem pouco valor ou importância. = INFERIOR, IRRELEVANTE, SOMENOSESSENCIAL, IMPORTANTE, INDISPENSÁVEL, RELEVANTE

9. Que tem pouca importância numa escala hierárquica, social ou económica (ex.: baixa burguesia). = INFERIORALTO, SUPERIOR

10. Em que há menos actividade ou procura (ex.: época baixa).ALTO

11. Que provoca desprezo ou que tem poucos escrúpulos morais (ex.: atitude baixa). = DESPREZÍVEL, IGNÓBIL, INDIGNO, INFERIOR, PEQUENO, RELES, VILDIGNO, ELEVADO, NOBRE

12. Que se ouve mal ou com dificuldade (ex.: a música está muito baixa; som baixo; voz baixa). = FRACOALTO, DISTINTO, FORTE

13. Que está perto da foz (ex.: baixo Douro). = INFERIORALTO, SUPERIOR

14. Que fica mais a sul, geralmente em relação a outro local com o mesmo nome (ex.: Beira Baixa). = INFERIORALTO, SUPERIOR

15. Que fica na ou constitui a última fase de um período ou de uma realidade (ex.: baixa Idade Média). = TARDIOALTO

16. [Acústica] [Acústica] Que é produzido por ondas de baixa frequência lenta ou tem baixa frequência (ex.: voz de tonalidade mais baixa). = GRAVEAGUDO, ALTO

17. [Fonética] [Fonética] Que se pronuncia com o abaixamento da língua em relação a posição de descanso (ex.: [a] é uma vogal baixa).


advérbio

18. Em lugar pouco elevado ou a pouca altura do solo (ex.: voar baixo).ALTO

19. Em voz baixa (ex.: falar baixo). = BAIXINHOALTO

20. Em tom grave (ex.: cantar mais baixo).ALTO


nome masculino

21. Parte inferior. = BASEALTO, CIMO, CUME

22. Local mais fundo ou situado a um nível inferior em relação a outros. = DEPRESSÃO

23. Parte do mar em que a água é pouco profunda. = BAIXIO

24. [Marinha] [Marinha] Parte exterior do navio abaixo da linha de água.

25. [Música] [Música] Nota ou som produzido no registo inferior de qualquer voz ou instrumento. = GRAVE

26. [Música] [Música] Voz ou cantor que dá as notas mais graves.

27. [Música] [Música] Corda de instrumento que dá sons graves.

28. [Música] [Música] Instrumento mais grave da família das guitarras (ex.: baixo eléctrico).Imagem

29. [Música] [Música] Instrumento de cordas maior e mais grave da família do violino, tocado em posição vertical.Imagem = CONTRABAIXO, RABECÃO

30. [Música] [Música] Pessoa que toca um desses instrumentos. = BAIXISTA


adjectivo de dois géneros e dois números e nome masculinoadjetivo de dois géneros e dois números e nome masculino

31. [Música] [Música] Diz-se de ou instrumento mais grave de cada família de instrumentos (ex.: guitarra baixo; o som do baixo está desafinado).

baixos


nome masculino plural

32. Piso inferior de um prédio, que muitas vezes corresponde a lojas. = RÉS-DO-CHÃO

33. Perigos, obstáculos ou dificuldades.


em baixo

[Portugal] [Portugal] Numa posição ou num nível inferior.EM CIMA

[Portugal] [Portugal] Em más condições, em mau estado ou sem ânimo. = MAL

[Portugal] [Portugal] Fora de serviço ou de funcionamento (ex.: o site está em baixo).

etimologiaOrigem etimológica:latim tardio bassus, -a, -um, de pouca altura.

iconeNota: No português do Brasil, a locução "em baixo" escreve-se aglutinadamente: "embaixo".
baixitosbaixitos


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).