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período

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períodoperíodo
( pe·rí·o·do

pe·rí·o·do

)


nome masculino

1. Tempo decorrido entre dois acontecimentos ou entre duas datas.

2. Qualquer intervalo de tempo determinado ou indeterminado.

3. [Matemática] [Matemática] A parte de uma fracção periódica que se reproduz indefinidamente e na mesma ordem.

4. [Astronomia] [Astronomia] Tempo que um planeta leva a descrever a sua órbita.

5. Ciclo.

6. Intervalo de tempo definido por características próprias distintivas ou pela prevalência de determinados acontecimentos, factos ou fenómenos.

7. Revolução de um determinado número de anos que serve para medir o tempo de modo diverso para cada nação.

8. [Geologia] [Geologia] Divisão da escala de tempo geológico, superior à época e inferior à era.

9. [Gramática] [Gramática] Frase composta de vários membros cuja reunião forma um sentido completo e independente.

10. [Fisiologia] [Fisiologia] Fluxo sanguíneo periódico eliminado pela vagina entre a puberdade e a menopausa. = MENSTRUAÇÃO, REGRAS

11. [Física, Química] [Física, Química] Tempo necessário, numa reacção física ou química, para que os átomos radioactivos de um reagente se reduzam a metade por desintegração. = MEIA-VIDA

12. [Medicina] [Medicina] Cada um dos espaços de tempo que uma doença deve sucessivamente percorrer.

13. [Medicina] [Medicina] Nas febres intermitentes, o intervalo de tempo que decorre desde o começo de um acesso até o começo do outro.


período de latência

[Psicologia] [Psicologia]  Período que vai do declínio da sexualidade infantil (no fim do complexo de Édipo) até ao início da puberdade, e que é caracterizado por uma interrupção na evolução sexual.

período de nojo

Direito de ausência ao serviço ou funções devido a falecimento de familiar ou afim.

Período durante o qual alguém que exerceu determinado cargo estratégico não pode exercer funções remuneradas em empresas ou organizações onde possa utilizar informação privilegiada para seu benefício ou para benefício da entidade para quem trabalha.

etimologiaOrigem etimológica: latim periodus, -i, frase completa, período, do grego períodos, -ou, circuito, volta, caminho de volta, circunferência, compasso, recorrência periódica, ciclo.
períodoperíodo

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Dúvidas linguísticas



Na frase ceámos à lareira que a noite estava fria, qual é a função desempenhada pela palavra que?
Na frase em análise, a palavra que desempenha a função de conjunção subordinativa causal, pois liga duas orações, exprimindo que a causa da oração principal ou subordinante (ceámos à lareira) decorre do que está explicado na subordinada (que a noite estava fria). Nesta frase, a conjunção que é substituível por outras conjunções causais, como porque ou pois (ceámos à lareira, porque a noite estava fria; ceámos à lareira, pois a noite estava fria), ou por outras locuções conjuncionais, como as locuções uma vez que ou visto que (ceámos à lareira, uma vez que a noite estava fria; ceámos à lareira, visto que a noite estava fria).



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.