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Fundo

A forma Fundopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de fundarfundar], [primeira pessoa singular do presente do indicativo de fundirfundir], [adjectivoadjetivo], [advérbio], [nome masculino plural] ou [nome masculino].

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fundofundo
( fun·do

fun·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que tem grande profundidade. = PROFUNDO

2. De grande altura.

3. Situado muito adentro. = ARRAIGADO

4. Que vai muito adentro. = CAVADO, REENTRANTE

5. Comprido.


advérbio

6. Com profundidade ou intensidade (ex.: respira fundo; aquelas palavras tocaram-lhes fundo). = PROFUNDAMENTE


nome masculino

7. Parte inferior. = BASE

8. Parte mais interior.

9. Superfície sobre que assenta a água ou outro líquido (ex.: fundo do mar).

10. Distância entre a frontaria e as traseiras.

11. Parte mais afastada de uma entrada ou de um acesso.

12. Parede ou parte de um imóvel que se opõe à entrada ou à fachada.

13. Última parte de uma coisa comprida.

14. Comprimento.

15. Profundidade.

16. Cor ou padrão da tela, do papel, etc., em que se borda, se pinta, se trabalha, etc.

17. Espaço ou plano em que algo ou alguém está destacado.

18. [Cinema, Teatro, Televisão] [Cinema, Teatro, Televisão] Conjunto de decorações cénicas na parte do palco ou de um cenário mais afastada do público ou das câmaras.

19. O que, numa composição, está mais afastado em relação aos motivos ou figuras representados; os longes (de um quadro).

20. Assento da cadeira.

21. Orifício da agulha.

22. Acampamento.

23. [Figurado] [Figurado] Ponto principal. = ESSÊNCIA, FUNDAMENTO

24. Talento, saber.

25. Aquilo que está mais longe da superfície e da aparência. = ÂMAGO, ESSÊNCIA, ÍNTIMO

26. Característica essencial ou permanente. = ÍNDOLE

27. [Comércio] [Comércio] Capital; propriedade.

28. [Desporto] [Esporte] Grande distância, normalmente em provas de atletismo, esqui ou natação.

29. [Marinha] [Marinha] Forro exterior do navio.

fundos


nome masculino plural

30. Conjunto de recursos financeiros. = CAPITAL, DINHEIRO

31. Bens, haveres.


a fundo

Em cheio.

dar fundo

Lançar âncora. = ANCORAR, FUNDEAR

fundo de maneio

[Economia] [Economia]  Conjunto de bens e valores necessários para manter a actividade de uma empresa ou de um negócio. (Equivalente no português do Brasil: capital de giro.)

Verba disponível para acorrer a despesas imprevistas.

fundos públicos

Papéis de crédito garantidos pelo Estado.

marchar a um de fundo

Caminhar um após outro numa só fila.

sem fundo

Muito fundo ou interminável.

etimologiaOrigem etimológica:latim fundus, -i.

fundirfundir
( fun·dir

fun·dir

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. Proceder à fundição ou à fusão de.

2. Derreter; lançar (a fusão) no molde.

3. Juntar, incorporar, adunar.

4. Afundar.

5. [Figurado] [Figurado] Consumir, dissipar.


verbo intransitivo

6. Produzir, render.


verbo pronominal

7. Derreter-se; sumir-se; incorporar-se.

8. Afundar-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim fundo, -ere, verter, derramar, emitir, exalar, espalhar, estender.

fundarfundar
( fun·dar

fun·dar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Instituir.

2. Estabelecer.

3. Edificar.

4. Assentar, basear, firmar.

5. Profundar; afundar.

6. [Popular] [Popular] Pôr fundos ou tampos (em pipas, tonéis, etc.).


verbo intransitivo e pronominal

7. Estribar-se, firmar-se, apoiar-se, fazer fundamento.

8. Arraigar-se.

FundoFundo

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Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.