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consigo

A forma consigopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de conseguirconseguir] ou [pronome pessoal de dois géneros].

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consigoconsigo
( con·si·go

con·si·go

)


pronome pessoal de dois géneros

1. Flexão do pronome si, quando se emprega com a preposição com.

2. Em companhia da pessoa a quem ou de quem se fala (ex.: ele levou consigo os seus pertences; eu vou consigo até ao portão).

3. De si para si (ex.: ele ia a falar consigo próprio; seja menos exigente consigo).

4. Coisa sua; dependente da sua resolução.

etimologiaOrigem etimológica:latim cum, com + secum, consigo.

Ver também resposta à dúvida: si e consigo.
conseguirconseguir
|guí| |guí|
( con·se·guir

con·se·guir

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Chegar a um objectivo, geralmente depois de dificuldades (ex.: espero conseguir um salário melhor; conseguiu uma bolsa de estudos para a filha; o fisioterapeuta conseguiu que o atleta recuperasse rapidamente). = ALCANÇAR, ATINGIR, CONQUISTARFRACASSAR

2. Chegar a um valor, a um resultado, a uma quantia (ex.: a equipa já conseguiu 23 pontos; conseguiram angariar mil euros). = OBTERPERDER


verbo auxiliar

3. Usa-se, seguido de verbo no infinitivo, para indicar que a acção, o processo ou o estado referido pelo verbo principal foi alcançado (ex.: a ventania conseguiu arrancar parte do telhado; ele conseguiu estar concentrado durante toda a manhã; consegue passar?).

etimologiaOrigem etimológica:latim consequor, -i, seguir com, ir atrás de, perseguir, obter, atingir, compreender.

consigoconsigo

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.