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composição

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composiçãocomposição
( com·po·si·ção

com·po·si·ção

)


nome feminino

1. Todo proveniente da reunião de partes.

2. Conjunto dos elementos ou substâncias que formam um composto ou um todo (ex.: composição de um medicamento).

3. Modo de reunir partes para formar um todo. = COMBINAÇÃO, DISPOSIÇÃO, ORGANIZAÇÃO

4. Acto ou efeito de compor ou de se compor.

5. Produção intelectual, literária, artística ou científica.

6. Exercício escolar em que se deve escrever sobre um assunto proposto. = REDACÇÃO

7. [Direito] [Direito] Acordo entre pessoas ou entidades desavindas. = CONCILIAÇÃO

8. [Termo ferroviário] [Termo ferroviário] Conjunto dos vagões ou carros que formam um comboio.

9. [Física, Química] [Física, Química] Agrupamento de moléculas ou de substâncias. = COMPOSTO, PREPARADO

10. [Física, Química] [Física, Química] Modo por que elas se agrupam.

11. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Processo de formação de palavras em que ocorre a junção de elementos autónomos, normalmente palavras, mas também radicais gregos e latinos.

12. [Mecânica] [Mecânica] Resultado das forças e movimentos.

13. [Música] [Música] Arte ou técnica de escrever música (ex.: estudou composição no conservatório).

14. [Música] [Música] Trecho ou peça musical.

15. [Artes gráficas] [Artes gráficas] Montagem ou arranjo de material tipográfico para impressão.

16. [Tipografia] [Tipografia] Trabalho feito pelo tipógrafo.

17. [Tipografia] [Tipografia] Original composto.

etimologiaOrigem etimológica:latim compositio, -onis.

composiçãocomposição

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Dúvidas linguísticas



"Rastreabilidade" pode ou não ser usada em português correcto?
A palavra rastreabilidade (com o significado “qualidade do que é rastreável”), apesar de não se encontrar registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, apresenta uma formação correcta (de acordo com o paradigma -ável / -abilidade), pelo que o seu uso é possível. O adjectivo rastreável (de rastrear + sufixo -ável), apesar da sua formação correcta e da sua relativa frequência, apenas se encontra registado no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras.



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.