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via-as

A forma via-aspode ser [ de viavia], [feminino singular de viavia], [primeira pessoa singular do pretérito imperfeito do indicativo de verver] ou [terceira pessoa singular do pretérito imperfeito do indicativo de verver].

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verver
|ê| |ê|
Conjugação:irregular.
Particípio:irregular.


verbo transitivo

1. Exercer o sentido da vista sobre.

2. Olhar para.

3. Presenciar, assistir a.

4. Avistar; enxergar.

5. Encontrar, achar, reconhecer.

6. Observar, notar, advertir.

7. Reparar, tomar cuidado em.

8. Imaginar, fantasiar.

9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

10. Prever.

11. Visitar.

12. Escolher.

13. Percorrer.

14. Provar.

15. Conhecer.


verbo pronominal

16. Olhar-se.

17. Encontrar-se.


nome masculino

18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

19. O acto de ver.


a meu ver

Na minha opinião.

até mais ver

Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a(s) pessoa(s) a quem é dirigida. = ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

a ver vamos

Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

ver-se e desejar-se

Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).

etimologiaOrigem etimológica:latim video, -ere.
Ver também resposta à dúvida: ter a ver com / ter a haver.
viavia
( vi·a

vi·a

)


nome feminino

1. Rua, caminho ou estrada (ex.: a grua obstruía a circulação na via).

2. Itinerário, direcção, linha, rumo.

3. Modo de transporte.

4. O espaço compreendido entre os carris de uma linha férrea. = CAMINHO-DE-FERRO, VIA-FÉRREA

5. Meio, intermédio.

6. Método, sistema, modo ou maneira de executar alguma coisa, ou meio empregado para consegui-la.

7. Modo de agir ou de conduzir-se. = CONDUTA

8. [Anatomia] [Anatomia] Ducto ou estrutura do corpo que permite a deslocação ou circulação de fluidos ou de matérias orgânicas (ex.: vias respiratórias).

9. [Comércio] [Comércio] Exemplar de letra cambial.

10. Cada um dos exemplares de um documento (ex.: pediu uma segunda via do recibo; o texto para o concurso deve ser enviado em três vias).

11. [Figurado] [Figurado] Desígnio.


preposição

12. Através de (ex.: transmissão via satélite). = POR


por via das dúvidas

Por precaução; por segurança. = PELO SIM, PELO NÃO

por via de

Por causa de; devido a (ex.: por via disso, o pedido é indeferido).

por via de regra

Geralmente, habitualmente, normalmente.

via estreita

[Termo ferroviário] [Termo ferroviário]  Bitola estreita de comboio, carro eléctrico, etc.

via Láctea

Larga faixa esbranquiçada, formada por uma infinidade de estrelas, que se vê no céu durante as noites serenas. (Geralmente com inicial maiúscula.)

via pedonal

Caminho para pedestres.

via pública

Via de comunicação terrestre destinada ao trânsito público.

via rápida

Estrada com acessos condicionados e sem cruzamentos ao mesmo nível, destinada ao trânsito de veículos automóveis, pela qual se circula com maior rapidez.

vias de facto

Pancadas, golpes ou actos de violência; luta corporal (ex.: discutiram e quase chegaram a vias de facto).

etimologiaOrigem etimológica:latim via, viae.

Auxiliares de tradução

Traduzir "via-as" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se em palavras nas quais o prefixo termina com a mesma vogal que inicia a outra palavra (como anti+inflamatório; poli+insaturado, etc...) há necessidade de se usar hífen ou se é possível fusionar as duas vogais (e.g., antiinflamatório; poliinsaturado).
Esta questão tem uma resposta diferente se pretender a ortografia antes ou depois do Acordo Ortográfico de 1990 (AO de 1990).

Segundo o Acordo Ortográfico de 1945 (válido para a norma portuguesa antes do AO de 1990) e também segundo o Formulário Ortográfico de 1943 (válido para a norma brasileira antes do AO de 1990), o elemento de formação anti- apenas deve ser ligado por hífen a palavras que comecem por h (ex.: anti-higiénico), i (ex.: anti-ibérico), r (ex.: anti-rugas) ou s (ex.: anti-semita).

Relativamente ao emprego do prefixo poli-, não é tão fácil chegar a uma resposta conclusiva e peremptória para a ortografia antes da aplicação do AO de 1990. Este prefixo não é expressamente referido no Acordo Ortográfico de 1945 (vd. bases XXVIII a XXXII, sobre o uso do hífen), nem no Formulário Ortográfico de 1943, pelo que só se pode inferir o comportamento de poli- a partir do registo lexicográfico de outras palavras com o mesmo prefixo. Assim sendo, a consulta de obras de referência revela um comportamento análogo ao de outros prefixos que nunca são seguidos de hífen, como mono- ou bi- (ex: monoinsaturado, biebdomadário, poliarticular, polirrítmico, polissacarídeo, poliúria), o que valida a forma poliinsaturado, que é, aliás, a forma registada pelo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Outra opção tomam o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, e o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências, que registam a forma polinsaturado, com a elisão da vogal (i oral) em que termina o prefixo. A este respeito, Rebelo Gonçalves, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida, 1947, pp. 252-253), refere que se deve prever também esta opção com estes prefixos que nunca são seguidos de hífen, isto é, "o caso de um prefixo não aparecer em forma plena, por terminar em vogal e esta se elidir ante uma vogal do elemento imediato: endartrite, etc".

Nas obras consultadas, é de referir que não há registo de nenhuma outra forma com o mesmo contexto de poli-+insaturado (poli- seguido de i nasal), mas apenas com um contexto de poli- seguido de i oral: formas como poliide (género de algas) ou poliidrite (mineral) surgem averbadas no Grande Dicionário da Língua Portuguesa (12 vol., Porto, Amigos do Livro Editores, 1981), de José Pedro Machado. Pesquisas em corpora e em motores de busca da Internet revelam uma maior ocorrência de poliinsaturado (e suas flexões) no português do Brasil e de polinsaturado (e suas flexões) no português europeu, provável reflexo do diferente registo lexicográfico nas duas normas do português, não podendo, no entanto, nenhuma destas duas formas ser considerada incorrecta.

Com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, estes dois prefixos terão tratamento idêntico, uma vez que passa a haver regras mais gerais e contextuais do que nos textos legais anteriores. Assim, segundo a Base XVI, 1º, alínea b), quando um prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento deverá usar-se hífen, pelo que deverá escrever-se anti-inflamatório e poli-insaturado (a par de polinsaturado).




As palavras Malanje, Uíje, Cassanje, etc., levam a letra g ou j ?
Os topónimos angolanos referidos deverão ortografar-se correctamente nas formas Malanje, je e Caçanje (esta última grafia corresponde também ao nome comum caçanje).

É esta a grafia registada nas principais obras de referência para o português europeu, nomeadamente no Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida Editora, 1947) e no Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), de Rebelo Gonçalves, ou no Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado (Lisboa: Âncora Editora, 2001). Apesar disso, é esmagadora a ocorrência de grafias alternativas como *Malange, *Uíge, *Cassange ou *Cassanje (o asterisco indica incorrecção, de acordo com as obras de referência para a ortografia e com a tradição lexicográfica).

É de referir que com o Acordo Ortográfico de 1990 (nomeadamente na Base III) não há qualquer alteração a este respeito.