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larga

A forma largapode ser [feminino singular de largolargo], [segunda pessoa singular do imperativo de largarlargar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de largarlargar], [interjeição] ou [nome feminino].

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largalarga
( lar·ga

lar·ga

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de largar. = LARGADA

2. Soltura.

3. Gancho de ferro com que se sujeita ao banco a madeira que se trabalha.

4. [Figurado] [Figurado] Liberdade, folga.

5. Desenvolvimento, ampliação. (Mais usado no plural.)


interjeição

6. [Marinha] [Marinha] Voz de comando com que se manda soltar a amarra.


à larga

Com largueza; sem peias; generosamente; sem medida.

dar largas a

[Figurado] [Figurado] Soltar as peias a; dar voo a; dar liberdade a.

largo1largo1
( lar·go

lar·go

)


adjectivoadjetivo

1. De bastante ou muita largura.

2. Que ocupa muito espaço. = AMPLO, ESPAÇOSO, VASTOACANHADO, APERTADO, PEQUENO

3. Que não cinge a parte que cobre o corpo.APERTADO

4. Lasso.

5. Dilatado.

6. Prolixo, difuso.

7. Importante, considerável.

8. Copioso.

9. Generoso.


nome masculino

10. Área urbana espaçosa na confluência de ruas. = PRAÇA, TERREIRO

11. Largura (ex.: o pátio tem 12 metros de largo).

12. Parte do mar afastada da costa. = ALTO-MAR


advérbio

13. Com largueza.


ao largo

A uma distância considerável (ex.: fica ao largo e não te aproximes demasiado).

A alguma distância de terra firme, mas fora de um porto (ex.: o barco ficava ao largo e os passageiros desembarcavam de bote).

fazer-se ao largo

Partir para o alto-mar (ex.: tiveram de esperar por tempo favorável para se fazerem ao largo). = FAZER-SE AO MAR

Partir ou afastar-se de determinado sítio ou ponto.

passar ao largo

Não se aproximar da costa ou passar perto sem entrar num porto.

Evitar ou não abordar determinado assunto ou problema.

etimologiaOrigem etimológica: latim largus, -a, -um.
largo2largo2
( lar·go

lar·go

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. [Música] [Música] Diz-se de ou andamento executado devagar, entre o adágio e o alegro.


advérbio

2. [Música] [Música] Com andamento entre o adágio e o alegro.

etimologiaOrigem etimológica: italiano largo.
largarlargar
( lar·gar

lar·gar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Soltar das mãos.

2. Abandonar, deixar.

3. Desistir.

4. Ceder.


verbo intransitivo

5. [Marinha] [Marinha] Fazer-se (o navio) ao mar.


verbo pronominal

6. Fugir, escapar.

7. [Informal] [Informal] Soltar ventosidades pelo ânus. = PEIDAR-SE

etimologiaOrigem etimológica: largo + -ar.
larga

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Sou um profissional com formação na área de exatas e, freqüentemente, encontro dificuldades em escolher as preposições certas para determinadas construções. Por exemplo, não sei se em um texto formal diz-se que "o ambiente está a 50oC" ou se "o ambiente está à 50oC". (O uso da crase vem em minha cabeça como se houvesse a palavra feminina temperatura subentendida, como na forma consagrada "sapato à Luís XV", em que a palavra moda fica elíptica). Existem, em nossa língua, dicionários de regência on-line?
A crase é a contracção de duas vogais iguais. Há muitas vezes confusão entre à (contracção da preposição a com o artigo definido a) e a (artigo ou preposição).

Em geral, a preposição contrai-se com artigos definidos femininos (ex.: Ofereceu uma flor à namorada, O carro está em frente à casa) e com a locução relativa a qual (ex.: Esta é a instituição à qual ele está vinculado). Há também locuções fixas que contêm crase, onde se pode subentender moda ou maneira (ex.: Feijoada à [moda/maneira] brasileira).

Em geral, não se usa a crase antes de nome masculino (ex.: Foi andar a cavalo), de forma verbal (ex.: Esteve a dormir), de artigo indefinido (ex.: Chegou a uma brilhante conclusão) ou de topónimos que não precisam de artigo (ex.: Chegou a Brasília). Há ainda locuções fixas que não contêm crase (ex.: Encontraram-se frente a frente).

Por vezes há ainda confusão entre a contracção da preposição a com um pronome demonstrativo começado por a- (aquela, aquele, aquilo) e o uso isolado do pronome demonstrativo. Ex.: Àquela hora, não havia ninguém na rua. Nunca viu nada semelhante àquilo.

No caso do exemplo apresentado, numa frase como "o ambiente está a 50oC" não poderá usar a crase, pois não poderia subentender "o ambiente está à (temperatura de) 50oC" como é possível fazer em "sapato à [moda] Luís XV", pois isto acontece apenas em locuções fixas já consagradas pelo uso.

Tanto a crase como as regências (nominais ou verbais) fazem parte de uma área problemática da língua portuguesa, tanto na variedade do Brasil, como na de Portugal. Nestes casos não há soluções mágicas, mas tentativas de auxílio aos utilizadores de uma coisa tão complexa como a sua língua. O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa contém informação acerca das regências verbais e exemplos que ilustram o uso de determinados verbos. O FLiP (www.flip.pt) é um programa que inclui um corrector sintáctico que, entre outras funções, corrige alguns destes aspectos.




Quando uma carta formal é iniciada por "Eu...", deve de ter o título? "Eu, Dr. João..." ou "Eu, D. Ana..."? No caso de ser Dona, como é a abreviatura? E no caso de ser Dom?
Não há nenhuma norma linguística que impeça a indicação do título do sujeito de um texto formal, como no caso de editais, testamentos ou declarações. No entanto, é mais comum surgir apenas a indicação do nome do sujeito, sem o título, talvez por ser menos ostentatório. A abreviatura de dom ou dona é D. (ex.: D. José, D. Mariana).