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jogo

A forma jogopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de jogarjogar] ou [nome masculino].

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jogojogo
|jô| |jô|
( jo·go

jo·go

)


nome masculino

1. Vício de jogar.

2. Exercício ou passatempo entre duas ou mais pessoas das quais uma ganha, e a outra, ou as outras, perdem.

3. O que serve para jogar determinado jogo.

4. Maneira de jogar.

5. Divertimento, exercício.

6. Manejo.

7. Determinado número de peças que formam um serviço ou colecção.

8. Brinco; escárnio.

9. Artes, astúcia; modo de proceder.

10. Habilidade.

11. Parte da carruagem que sustenta as rodas.

12. Transacção de fundos.


abrir o jogo

Mostrar ou revelar algo que estava escondido ou em segredo.

entrar em jogo

Entrar em acção.

esconder o jogo

Dissimular.

estar em jogo

Estar em risco ou dependente de alguma coisa.

jogo americano

[Brasil] [Brasil] Conjunto de peças individuais, geralmente de tecido ou outro material flexível, que se põem numa mesa para marcar o lugar de cada conviva e sobre as quais se colocam os utensílios de uma refeição.

jogo da corda

[Jogos] [Jogos]  Jogo em que dois adversários, geralmente duas equipas, puxam os lados opostos de uma corda esticada em direcções contrárias, com o objectivo de arrastar o adversário para o seu lado. [Equivalente no português do Brasil: cabo-de-guerra.]

jogo da glória

[Jogos] [Jogos]  Jogo feito sobre um tabuleiro com diversas casas, onde os jogadores avançam consoante a pontuação dos dados e onde originalmente havia figuras de patos, pombas ou gansos, dispostos de nove em nove casas. = GLÓRIA, JOGO DO GANSO, OCA

jogo da oca

[Jogos] [Jogos]  O mesmo que jogo da glória.

jogo de azar

O que só depende do acaso.

jogo de cartas

[Jogos] [Jogos]  Jogo praticado com um ou mais baralhos de cartas.

jogo de palavras

Trocadilho.

jogo de prendas

[Jogos] [Jogos]  Divertimento de sala em que se devem dizer ou fazer umas certas coisas, pagando uma prenda a pessoa que não as diz ou não as faz bem, e ficando por esse facto sujeita a cumprir a penitência que lhe for imposta.

jogo de tabuleiro

[Jogos] [Jogos]  Jogo praticado em cima de um tabuleiro ou de uma placa que geralmente se põe em cima de uma mesa.

jogo de vaza

[Jogos] [Jogos]  Jogo de cartas que depende ao mesmo tempo do acaso e do cálculo e em que a pontuação é definida pelo número de vazas ou pelas pontuações das cartas recolhidas.

jogo de vídeo

[Jogos] [Jogos]  Jogo que utiliza um ecrã de visualização do tipo televisão e no qual os movimentos são comandados electronicamente.

jogo do bicho

[Jogos] [Jogos]  Jogo semelhante à lotaria em que as apostas recaem em animais que representam grupos de números. = BICHO

jogo do galo

[Jogos] [Jogos]  Jogo ou passatempo para dois jogadores, a quem é atribuído um símbolo diferente, geralmente um xis ou um círculo, jogado sobre duas linhas paralelas horizontais que cruzam duas linhas paralelas verticais, formando 9 casas nas quais o objectivo é um jogador conseguir colocar três símbolos iguais seguidos. (Equivalente no português do Brasil: jogo-da-velha.)

jogo do ganso

[Jogos] [Jogos]  O mesmo que jogo da glória.

jogo do mata

[Jogos] [Jogos]  Jogo ou brincadeira entre duas equipas cujo objectivo é acertar com uma bola jogada com as mãos nos elementos da equipa adversária. (Equivalente no português do Brasil: queimada.) = MATA

jogo dos pinhões

[Brasil] [Brasil] [Jogos] [Jogos]  Jogo ou brincadeira em que se pretende acertar pinhões num buraco feito no chão.

jogo electrónico

[Jogos] [Jogos]  Jogo de computador ou de consola para jogar utilizando uma televisão ou um monitor.

jogo lícito

O que não depende só do acaso.

jogos florais

Certame poético e literário.

jogos olímpicos

[Desporto] [Esporte]  Jogos que se celebravam de quatro em quatro anos na Grécia antiga, perto de Olímpia (Peloponeso), em honra de Júpiter. = OLIMPÍADA

[Desporto] [Esporte]  Grande evento desportivo com diversas modalidades, realizado de quatro em quatro anos, em países diferentes, desde 1896. = OLIMPÍADA

[Figurado] [Figurado] Competição mais importante em determinada área. = OLIMPÍADA

jogos paralímpicos

[Desporto] [Esporte]  O mesmo que jogos paraolímpicos.

jogos paraolímpicos

[Desporto] [Esporte]  Grande evento desportivo com diversas modalidades, cujos atletas se enquadram em alguma categoria de deficiência. = PARAOLIMPÍADA

vistoPlural: jogos |jó|.
etimologiaOrigem etimológica:latim jocus, -i, gracejo, graça, brincadeira, divertimento.
iconPlural: jogos |jó|.
Confrontar: jugo.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:jornada, rodada, ronda.
Ver também resposta à dúvida: plural com alteração do timbre da vogal tónica.
jogarjogar
( jo·gar

jo·gar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Arriscar ao jogo.

2. Fazer uma partida (ou várias partidas) de.

3. Manejar com destreza.

4. [Figurado] [Figurado] Aventurar.

5. Arremessar.

6. Brincar.

7. Dirigir.


verbo intransitivo

8. Dar-se ao jogo.

9. Mover-se, funcionar.

10. Ajustar, combinar, condizer.

11. Balançar.


verbo pronominal

12. Atirar-se, arremessar-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim joco, -are.
Confrontar: jugar.
jogojogo

Auxiliares de tradução

Traduzir "jogo" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Agradeço que me informem porque é que se ouve dizer islamistas e não islamitas?
A utilização da forma islamista pode explicar-se pela regularização derivada da analogia com outros casos de substantivos terminados em -ismo (ex.: abstencionismo, catolicismo, socialismo), aos quais correspondem adjectivos terminados em -ista (ex.: abstencionista, catolicista, socialista). Não se pode considerar que essa forma esteja errada, pois segue as normas de derivação da língua portuguesa, com o sufixo -ista, bastante produtivo na língua, aposto ao substantivo islame, variante menos usada de islão. Trata-se, contudo, de uma forma não consensual e mesmo polémica, tanto em relação ao uso, quanto em relação ao significado, e são poucos os dicionários de língua portuguesa que a registam.

A forma registada pela maioria dos dicionários de português é islamita, palavra derivada da aposição do sufixo -ita (que exprime a noção de origem ou naturalidade) ao substantivo islame. Esta palavra tem no seu significado uma relação com islamismo, que nos dicionários de português é frequentemente sinónimo de islão ou religião islâmica.
É importante referir ainda que vários dicionários que não registam a forma islamista registam no entanto pan-islamista (é o caso, por exemplo, do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa [2001], do Dicionário Houaiss [2002], do Dicionário Aurélio [2010]), não havendo registo de pan-islamita. Fica clara neste derivado a relação -ismo/-ista que é polémica em islamismo/islamista.

Esta problemática não diz respeito apenas ao português, mas é transversal a outras línguas e as soluções lexicográficas encontradas nessas línguas também não são unânimes.

Em relação ao espanhol, veja-se, a título de exemplo a distinção feita no Diccionário de la Léngua Española, da Real Academia Española [consultas em 2015-12-03], entre islamita (muçulmano) e islamista (pertencente ou relativo ao integrismo muçulmano); deve registar-se ainda que islamismo tem a definição relativa apenas ao conjunto de crenças e preceitos morais que constituem a religião de Maomé. O Diccionario de uso del español de América y España (Barcelona: SPES EDITORIAL, 2003 [CD-ROM]) só regista islamita (que professa o islamismo) e islamismo (islão).

Relativamente ao francês, no Trésor de la Langue Française informatisé [consultas em 2015-12-03] apenas surge como entrada o verbete islamite (que é da religião ou civilização islâmica), sendo a forma islamiste indicada como variante. Já Le CD-ROM du Petit Robert (versão 2.1, Dictionnaires Le Robert / VUEF, 2001) regista somente a entrada islamiste, que define apenas como relativo ao islamismo, sendo islamisme quer a religião muçulmana, quer o movimento político e religioso que preconiza a expansão do ou o respeito pelo islão.

Como exemplo para o italiano, o Dizionario Garzanti Linguistica [consultas em 2015-12-03] mostra-nos uma definição de islamista relativa ao islão ou ao islamismo e regista ainda as acepções de estudioso do islamismo ou de assuntos islâmicos e de seguidor ou defensor do islamismo, em particular seguidor do islão tendente ao fundamentalismo. Em islamita, este dicionário apresenta a definição de que ou quem é seguidor do islamismo.

Nos dicionários de língua inglesa será porventura mais fácil encontrar exemplos do registo das formas equivalentes em inglês para islamista, islamita e islamismo com relação com o fundamentalismo islâmico ou, simultaneamente, com o fundamentalismo islâmico e com a religião islâmica, mas raramente se encontra apenas a relação com a religião islâmica [consultas em 2015-12-03]. Veja-se, por exemplo, que islamism aparece registado apenas como movimento fundamentalista islâmico (ver Oxford Dictionaries ou Collins English Dictionary) ou, simultaneamente, como fundamentalismo islâmico e como a religião islâmica (ver The American Heritage ou Merriam-Webster's Online Dictionary).

Os dicionários veiculam frequentemente informações relativas ao uso das palavras, por vezes baseadas em critérios estatísticos (que é cada vez mais o caminho da lexicografia contemporânea), outras vezes baseadas no conhecimento linguístico dos lexicógrafos ou numa combinação de ambos. Como na maioria das questões linguísticas, o problema não se esgota aqui e inclui outras variáveis que têm de ser analisadas ou pelo menos ponderadas para explicar a falta de unanimidade. Neste campo, as respostas peremptórias são normalmente redutoras.

Estudiosos, jornalistas e investigadores de assuntos relacionados com o Islão vêm estabelecendo uma distinção entre islamitas (crentes muçulmanos) e islamistas (integristas ou fundamentalistas muçulmanos) e ainda entre islão (religião e fé) e islamismo (ideologia ou activismo político). Esta distinção, que poderá ter a função de estabelecer conceitos operatórios, tem vingado na comunicação social e na literatura especializada, onde a forma islamista tem curso e grande número de ocorrências.

Seria menos polémico utilizar locuções explicativas como "fundamentalista islâmico", "extremista islâmico", "radical muçulmano" ou semelhantes, em vez de islamista ou islamita, mas é claro que se trata sempre de uma opção do utilizador da língua ou, no caso de órgãos de imprensa ou agências noticiosas, de opções editoriais ou de estilo. Em muitos casos, trata-se ainda da utilização de palavras próximas das formas utilizadas pelas agências noticiosas estrangeiras, nomeadamente em língua inglesa ou francesa.





Sobre a conjugação do verbo ‘trazer’, no futuro do indicativo, tenho a seguinte dúvida:
(1) Trar-se-ão a Portugal.
ou
(2) Trazer-se-ão a Portugal.
Será que a primeira hipótese está correcta? Não consigo encontrar qualquer tipo de referência, no entanto surge-me intuitivamente.
O verbo trazer é irregular, nomeadamente, para o caso que nos interessa, nas formas do futuro do indicativo: trará, trarás, traremos, trareis, trarão (se se tratasse de um verbo regular, as formas seriam *trazerei, ..., *trazerão [o asterisco indica forma incorrecta]).

Quando é necessário utilizar um pronome pessoal átono (ex.: me, o, se) nas formas do futuro do indicativo (ex.: telefonará) ou do condicional (ex.: encontraria), este pronome é inserido entre o radical e a desinência do verbo (ex.: telefonará + me = telefonar-me-á; encontraria + o = encontrá-lo-ia).

Como se trata da flexão irregular trarão, a forma correcta com o pronome deverá ser trar-se-ão e não *trazer-se-ão, que é uma forma incorrecta.