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maneira

A forma maneirapode ser [feminino singular de maneiromaneiro], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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maneiramaneira
( ma·nei·ra

ma·nei·ra

)


nome feminino

1. Aparência ou configuração exterior. = FEIÇÃO, MODO

2. Modo de ser ou de agir. = FEITIO

3. Método ou processo de se realizar alguma coisa. = ARTE, MEIO, MODO

4. Modo particular que alguém tem de fazer algo. = ESTILO, JEITO

5. Circunstância ou altura propícia. = OPORTUNIDADE

6. Carácter ou estilo das obras de um artista ou escritor.

7. [Regionalismo] [Regionalismo] Braguilha das calças do homem.

8. [Regionalismo] [Regionalismo] Abertura lateral ou posterior dos vestidos ou das saias que permite que passem pelos ombros ou pelas ancas.

maneiras


nome feminino plural

9. Afabilidade de trato. = LHANEZA

10. Forma de se comportar com educação (ex.: tenha maneiras, menina!). = MODOS


à maneira

[Informal] [Informal] De acordo com determinados preceitos que se consideram correctos ou bons (ex.: foi uma festa mesmo à maneira).

boas maneiras

Comportamento educado (ex.: faz isso com boas maneiras, por favor). = BONS MODOS, EDUCAÇÃO

de maneira alguma

Expressão usada para negar de forma absoluta; em nenhuma circunstância; de modo algum (ex.: de maneira alguma vou admitir isso; ele não cede de maneira alguma).

de maneira nenhuma

O mesmo que de maneira alguma.

de qualquer maneira

Sem atenção, sem cuidado ou sem ordem (ex.: a reparação foi feita de qualquer maneira e a máquina avariou outra vez).

Independentemente das circunstâncias ou condições (ex.: ele tinha de ir vê-la ao hospital de qualquer maneira).

Em resumo ou em conclusão (ex.: de qualquer maneira, não vamos aceitar esta situação).

Indica oposição a uma outra ideia exposta, mas que não é impeditiva (ex.: de qualquer maneira, ele foi novamente eleito).

de maneira que

Indica o fim, o objectivo ou a consequência de determinada acção (ex.: fale alto, de maneira que se oiça no fundo da sala; de maneira que estivemos a conversar durante horas). = DE FORMA QUE, DE MODO QUE

etimologiaOrigem etimológica: latim popular manuaria, feminino de manuarius, -a, -um, relativo a mão, modo adequado de fazer algo.
maneiromaneiro
( ma·nei·ro

ma·nei·ro

)


adjectivoadjetivo

1. Manejável.

2. Portátil (por ser pequeno e leve).

3. Que vem comer à mão.

4. [Brasil] [Brasil] Que se movimenta com facilidade ou rapidez. = ÁGIL, LIGEIRO

5. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Que denota qualidades positivas (ex.: cara maneiro; casa maneira; filme maneiro; viagem maneira). = BACANA, LEGAL

etimologiaOrigem etimológica: alteração de maneira.
maneiramaneira

Auxiliares de tradução

Traduzir "maneira" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Como se escreve, em números, um milhão? Com pontos, sem pontos e com espaços ou sem pontos e sem espaços? 1.000.000, 1 000 000 ou 1000000?
Não há qualquer norma ortográfica para o uso de um separador das classes de algarismos (unidades, milhares, milhões, etc.) ou para o separador das casas decimais, pois o Acordo Ortográfico de 1945 e o Acordo Ortográfico de 1990 (os textos legais reguladores da ortografia portuguesa) são omissos.

Há várias opiniões sobre o assunto e a maioria dos livros de estilo (veja-se, a título de exemplo, o texto disponibilizado pelo jornal Público no seu Livro de Estilo, artigo "Números", ponto 1.), prontuários e consultores linguísticos para o português defende o uso do ponto a separar as classes de algarismos (ex.: 1.000.000) e da vírgula para separar a parte inteira da parte decimal (ex.: 100,5).

Como se trata de uma questão de metrologia, mais do que de ortografia, a resolução n.º 10 (https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/22/10/) da 22.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (Paris, 12 - 17 de Outubro de 2003) organizada pelo Bureau International des Poids et Mesures, em que Portugal participou, é importante e pode contribuir para a uniformização nesta questão (esta resolução apenas reforça a resolução n.º 7 [https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/9/7/] da 9.ª Conferência ocorrida em 1948, que apontava no mesmo sentido): o símbolo do separador decimal poderá ser a vírgula ou o ponto (sobretudo nos países anglo-saxónicos e em teclados de computadores e calculadoras); apenas para facilitar a leitura, os números podem ser divididos em grupos de três algarismos (que correspondem às classes das unidades, milhares, milhões, etc.), a contar da direita, mas estes grupos não devem nunca ser separados por pontos ou por vírgulas (ex.: 1 000 000,5 ou 1 000 000.5 e não 1.000.000,5 ou 1,000,000.5).

Por respeito pelas convenções internacionais e por uma questão de rigor (é fácil de concluir que a utilização do ponto ou da vírgula para separar as classes de algarismos num número que contenha casas decimais pode gerar equívocos), é aconselhável não utilizar outro separador para as classes de algarismos senão o espaço (ex.: 1000000 ou 1 000 000).




Sou um profissional com formação na área de exatas e, freqüentemente, encontro dificuldades em escolher as preposições certas para determinadas construções. Por exemplo, não sei se em um texto formal diz-se que "o ambiente está a 50oC" ou se "o ambiente está à 50oC". (O uso da crase vem em minha cabeça como se houvesse a palavra feminina temperatura subentendida, como na forma consagrada "sapato à Luís XV", em que a palavra moda fica elíptica). Existem, em nossa língua, dicionários de regência on-line?
A crase é a contracção de duas vogais iguais. Há muitas vezes confusão entre à (contracção da preposição a com o artigo definido a) e a (artigo ou preposição).

Em geral, a preposição contrai-se com artigos definidos femininos (ex.: Ofereceu uma flor à namorada, O carro está em frente à casa) e com a locução relativa a qual (ex.: Esta é a instituição à qual ele está vinculado). Há também locuções fixas que contêm crase, onde se pode subentender moda ou maneira (ex.: Feijoada à [moda/maneira] brasileira).

Em geral, não se usa a crase antes de nome masculino (ex.: Foi andar a cavalo), de forma verbal (ex.: Esteve a dormir), de artigo indefinido (ex.: Chegou a uma brilhante conclusão) ou de topónimos que não precisam de artigo (ex.: Chegou a Brasília). Há ainda locuções fixas que não contêm crase (ex.: Encontraram-se frente a frente).

Por vezes há ainda confusão entre a contracção da preposição a com um pronome demonstrativo começado por a- (aquela, aquele, aquilo) e o uso isolado do pronome demonstrativo. Ex.: Àquela hora, não havia ninguém na rua. Nunca viu nada semelhante àquilo.

No caso do exemplo apresentado, numa frase como "o ambiente está a 50oC" não poderá usar a crase, pois não poderia subentender "o ambiente está à (temperatura de) 50oC" como é possível fazer em "sapato à [moda] Luís XV", pois isto acontece apenas em locuções fixas já consagradas pelo uso.

Tanto a crase como as regências (nominais ou verbais) fazem parte de uma área problemática da língua portuguesa, tanto na variedade do Brasil, como na de Portugal. Nestes casos não há soluções mágicas, mas tentativas de auxílio aos utilizadores de uma coisa tão complexa como a sua língua. O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa contém informação acerca das regências verbais e exemplos que ilustram o uso de determinados verbos. O FLiP (www.flip.pt) é um programa que inclui um corrector sintáctico que, entre outras funções, corrige alguns destes aspectos.