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marcas

A forma marcaspode ser [feminino plural de marcamarca] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de marcarmarcar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
marca1marca1
( mar·ca

mar·ca

)
Imagem

Sinal ou distintivo que por qualquer forma se imprime num corpo ou numa superfície.


nome feminino

1. Acto ou efeito de marcar. = MARCAÇÃO

2. Sinal num objecto, para o fazer reconhecer.

3. Nódoa causada por uma contusão.

4. Sinal ou distintivo que por qualquer forma se imprime num corpo ou numa superfície.Imagem

5. Impressão ou sensação deixada por alguma experiência.

6. Selo, chancela, carimbo.

7. Sinal que serve de assinatura.

8. [Ourivesaria] [Ourivesaria] Sinal aplicado na avaliação de metais preciosos e jóias. = CONTRASTE

9. Vestígio que deixa no corpo uma lesão qualquer.

10. Cunho, instrumento de marcar.

11. Símbolo ou nome que identifica determinados produtos comerciais.

12. Empresa que detém o direito de fabricar ou comercializar esses produtos.

13. [Costura] [Costura] Botão que é forrado com tecido ou outro material.

14. Medida convencionada como referência. = BITOLA, CRAVEIRA, PADRÃO

15. Fronteira, limite.

16. Passo, movimento, posição ou evolução numa coreografia ou numa representação.

17. [Jogos] [Jogos] Peça para contar pontos no jogo. = TENTO

18. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Particularidade cuja presença numa dada unidade linguística a opõe a outra unidade da mesma natureza (ex.: marca de feminino; marca de plural).

19. [Antigo, Depreciativo] [Antigo, Depreciativo] Mulher que exerce a prostituição. = MERETRIZ, PROSTITUTA


de marca

De importância, de distinção.

da marca de Judas

De pequena estatura.

marca de água

[Portugal] [Portugal] Marca feita por um conjunto de letras ou figuras dos moldes de certo tipo de papel, mais visível à contraluz. = FILIGRANA

marca registada

Nome ou símbolo que distingue determinado produto comercial e que está legalmente registado e é de utilização exclusiva do proprietário da marca, geralmente um fabricante.

marcas de registo

Linhas impressas mostrando a dimensão da página depois da impressão final. (Estas marcas podem ser usadas na ornamentação final.)

marcas de registos

Pequenas marcas, geralmente em forma de cruzes, utilizadas para o alinhamento de filmes.

passar das marcas

Ir além do limite das conveniências. = ABUSAR

etimologiaOrigem etimológica:germânico marka, sinal.

marca2marca2
( mar·ca

mar·ca

)


nome feminino

[Economia] [Economia] Antiga unidade monetária da Finlândia (código: FIM), substituída pelo euro. = MARCO

etimologiaOrigem etimológica:finlandês markka.

marcarmarcar
( mar·car

mar·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pôr marca em.

2. Assinalar, notar.

3. Fixar, determinar.

4. Indicar.

5. Enodoar.

6. Bordar marcas em roupa.

7. Contar pontos ou faltas no jogo.

8. [Desporto] [Esporte] Vigiar de perto um adversário para que não possa receber a bola facilmente (ex.: marcar um atacante).

9. [Marinha] [Marinha] Determinar a direcção em relação ao navio.

10. Indicar, numa coreografia, as evoluções a fazer (em quadrilha, contradança, etc.).


verbo transitivo e intransitivo

11. [Desporto] [Esporte] Pontuar ou marcar golo.


verbo intransitivo

12. Distinguir-se, sobressair; ter grande importância.

etimologiaOrigem etimológica:marca + -ar.

marcasmarcas

Auxiliares de tradução

Traduzir "marcas" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Tenho assistido a várias discussões sobre as palavras escoteiro/escuteiro e sobre escotismo/escutismo e gostaria de uma explicação linguística. São sinónimos ou são coisas diferentes?
Relativamente ao uso geral da língua, as palavras escoteiro/escuteiro e escotismo/escutismo correspondem a dois pares de sinónimos, a que se podem juntar outros pares como escotista/escutista ou escoteirismo/escuteirismo. Qualquer delas está correcta ortograficamente e pode dizer-se que são pares de variantes gráficas homófonas.

A discussão que se gera à volta delas decorre essencialmente do registo lexicográfico destas palavras (ou da ausência dele) ou de visões ligeiramente diferentes do chamado movimento escutista (ou escotista).

Para compreendermos melhor os argumentos utilizados, é necessário fazer alguma pesquisa, não tanto linguística, mas acerca da história do próprio movimento escutista em Portugal, que permita perceber o motivo da existência destas variantes (no Brasil, o problema não se coloca, pois as variantes com -u- são consideradas lusismos). Para isso, é esclarecedora a breve nota a que podemos aceder no sítio da Associação de Escoteiros de Portugal, que nos apresenta brevemente a história do movimento, salientando que esta foi a primeira associação de Portugal que utilizou a palavra escoteiro, já existente na língua e com o significado de "pessoa que viaja sem bagagem", para traduzir o inglês scout. Só mais tarde apareceu o Corpo Nacional de Escutas, movimento católico que assumiu uma dimensão maior e que, para a tradução de scout, utilizou a palavra escuta (de que depois derivaram escuteiro e escutista), já existente na língua como derivado regressivo do verbo escutar.

Sem ter a pretensão de fazer um levantamento exaustivo na lexicografia portuguesa, podemos verificar no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado que a palavra escoteiro está documentada na língua desde o séc. XVI em Lendas da Índia por Gaspar Correia, publicadas pela Ordem da Classe de Ciências Morais, Políticas e Belas Letras da Academia Real das Ciências de Lisboa, sob a direcção de Rodrigo José de Lima Felner, 1858: "…tudo puderam bem carregar, ficando os homens escoteiros e despejados para andar o caminho". O registo da acepção que diz respeito aos membros de movimentos semelhantes àquele que foi criado por Baden-Powell é bem mais recente.

Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), referência importante para a lexicografia portuguesa, considera escoteiro, escotismo e escotista como variantes brasileiras de escuteiro, escutismo e escutista, respectivamente. Nesta opção, segue o que está no Vocabulário Ortográfico Resumido da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1947).

Também o dicionário de Cândido de Figueiredo regista escoteiro como brasileirismo, na acepção que aqui nos interessa e as formas escuta e escuteiro como as preferenciais em Portugal. De notar que estamos a falar da edição coordenada por Rui Guedes (25.ª ed., 1996), pois em edições antigas, nomeadamente na edição de 1913, por exemplo, apenas consta a entrada escoteiro, com a acepção "aquele que viaja sem bagagem".

José Pedro Machado, nas várias edições do Grande Dicionário da Língua Portuguesa (por exemplo, Lisboa: Amigos do Livro, 1981 e Lisboa: Círculo de Leitores, 1991), outra grande referência na lexicografia portuguesa, regista também escuteiro (assinalando neste verbete, que "No Brasil, usa-se a forma escoteiro"), escutismo e escutista (nestes dois últimos verbetes, confrontando com as formas em -o- para avisar o consulente de que se trata de verbetes diferentes, não sinónimos). Curiosamente, não regista escuteirismo, mas sim escoteirismo, definindo-o de maneira bastante abrangente, de modo a incluir o movimento idealizado por Baden-Powell e qualquer movimento organizado em moldes semelhantes. Por outro lado, se no verbete escuteiro este dicionário assinala a forma escoteiro como brasileira, no verbete escoteiro, com o sentido sobre os qual nos debruçamos, não tem qualquer indicação de que se trata de brasileirismo, estando o verbete escoteiro definido, com etimologia e sem qualquer registo geográfico (o mesmo acontece com escotismo, que remete para escoteirismo).

O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Verbo, 2001), por sua vez, parece ser o primeiro a registar os vários pares de variantes gráficas, sem distinguir registos de língua pertinentes. Neste sentido apresenta a definição nas formas com -u-, por serem mais usuais, e uma remissão nas formas com -o-.

Por motivos diversos, quer etimológicos, quer históricos, estes pares de palavras surgiram na língua, à semelhança de muitos outros casos de variação, e podem ser considerados sinónimos, sem que haja motivo para considerar uma ou outra forma mais correcta do que outra. Adicionalmente, e sobretudo entre os membros ou simpatizantes do movimento escotista/escutista em Portugal, a distinção escoteiro ou escuteiro permite também distinguir, respectivamente, entre os membros da Associação de Escoteiros de Portugal (de cariz interconfessional) e os membros, bem mais numerosos, do Corpo Nacional de Escutas (de cariz católico e estruturado numa relação directa com as dioceses).