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peça

Será que queria dizer peca?

A forma peçapode ser [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de pedirpedir], [terceira pessoa singular do imperativo de pedirpedir], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de pedirpedir] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
peçapeça
|é| |é|
( pe·ça

pe·ça

)
Imagem

Cada uma das tábulas, pedras ou figuras nos jogos de tabuleiro.


nome feminino

1. Parte de um todo.

2. Pedaço.

3. Cada uma das partes ou elementos de uma colecção, de um conjunto.

4. Cada um dos órgãos de uma máquina, de um aparelho.

5. Cada uma das tábulas, pedras ou figuras nos jogos de tabuleiro.Imagem

6. Jóia, móvel, qualquer artefacto.

7. Qualquer obra executada por trabalho manual ou mecânico, e cada uma das partes de que se compõe.

8. Qualquer divisão de uma casa; quarto, compartimento.

9. Composição teatral.

10. Teia.

11. Porção de pano como sai da fábrica.

12. [Caça] [Caça] Animal, ave (morta na caça).

13. Documento que faz parte de um processo (ex.: peça processual).

14. [Numismática] [Numismática] Antiga moeda de ouro.

15. [Armamento] [Armamento] Canhão; arma de artilharia.

16. Composição pirotécnica que arde de uma vez.

17. Instrumento de tirar o pêlo às peles.

18. [Figurado] [Figurado] Dito ou acto que, por divertimento ou troça, se faz para iludir ou enganar alguém (ex.: pregar uma peça). = ENGANO, LOGRO, LUDÍBRIO, PARTIDA, PETA

19. Pessoa astuta e maldosa.

20. [Heráldica] [Heráldica] Cada uma das partes em que se divide o escudo ou quartel: peça honrosa (que ocupa o lugar principal do escudo).


de uma só peça

Inteiriço; inteiro.

em peça

No todo; por inteiro.

peça anatómica

[Anatomia, Medicina] [Anatomia, Medicina]  Parte de um cadáver devidamente dissecado, usada em estudos de anatomia e patologia (ex.: preparar uma peça anatómica para exposição; visualização de peças anatómicas em laboratório).

peça de roupa

Cada um dos objectos, geralmente confeccionados em tecido, usados para cobrir o corpo humano; peça de vestuário.

peça de vestuário

O mesmo que peça de roupa.

peça por peça

Separadamente, por miúdo, aos pedaços.

Colectivo:Coletivo:Coletivo:bateria, maquinismo.
pedirpedir
( pe·dir

pe·dir

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer pedido. = REQUERER, ROGAR, SOLICITAR

2. Estabelecer como preço.

3. Exigir como direito. = RECLAMAR, REIVINDICAR

4. Apresentar como necessidade.


verbo intransitivo

5. Orar.

etimologiaOrigem etimológica:latim vulgar *petire, do latim peto, -ere, dirigir-se para, procurar, atingir, atacar, procurar.

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



A palavra seje existe? Tenho um colega que diz que esta palavra pode ser usada na nossa língua.
Eu disse para ele que esta palavra não existe. Estou certo ou errado?
A palavra seje não existe. Ela é erradamente utilizada em vez de seja, a forma correcta do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do verbo ser. Frases como “Seje bem-vindo!”, “Seje feita a sua vontade.” ou “Por favor, seje sincero.” são cada vez mais frequentes, apesar de erradas (o correcto é: “Seja bem-vindo!”, “Seja feita a sua vontade.” e “Por favor, seja sincero.”). A ocorrência regular de seje pode dever-se a influências de falares mais regionais ou populares, ou até mesmo a alguma desatenção por parte do falante, mas não deixa de ser um erro.



Sou portuguesa e trabalho com colegas brasileiros e sei que eles escrevem Bahia, Cingapura e Irã quando eu escrevo Baía, Singapura e Irão. Não tenho ouvido falar destes casos quando se fala do novo Acordo Ortográfico. Como é que fica agora?

Alguns topónimos têm tradicionalmente grafias ou pronúncias diferentes na norma europeia e na norma brasileira. É o caso, por exemplo, de Amesterdão, Bagdad ou Bagdade, Gronelândia, Havai, Jugoslávia, Madagáscar, Madrid, Médio Oriente, Moscovo, Vietname na norma europeia, que correspondem usualmente a Amsterdã, Bagdá, Groenlândia, Havaí, Iugoslávia, Madagascar, Madri, Oriente Médio, Moscou, Vietnã na norma brasileira. É aqui que se inserem também os topónimos Baía e Irão, mais usuais no português de Portugal, e Bahia e Irã, mais usuais no português de Brasil.

Em geral, o novo Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em relação a topónimos (nomes de lugares) ou outros nomes próprios, pois trata-se de uma questão lexical e não ortográfica, a não ser que se trate de um padrão ortográfico específico previsto numa das bases do Acordo (ex.: Castanheira de Pêra, Côa, Tróia). Por este motivo, estas diferenças não são resolvidas e deverão manter-se com a aplicação do Acordo.

O caso de Singapura/Cingapura parece ser diferente, apesar de ter sido também, até ao Acordo Ortográfico de 1990, um caso em que a tradição lexicográfica (isto é, o registo em dicionários e vocabulários) portuguesa e brasileira divergia.
Esta divergência vinha pelo menos do Acordo Ortográfico de 1945 (que o Brasil não aplicou), onde se pode ler, na Base V, "[...] 3.° Distinção entre as sibilantes surdas s, ss, c, ç e x: ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão, remanso, seara, seda, Seia, sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa [...]" [sublinhado nosso]. Anos antes, em 1940, era Cingapura a forma registada no Vocabulário da Academia das Ciências de Lisboa, considerada "grafia preferível a Singapura". A explicação para a alteração preconizada pelo Acordo de 1945 é dada por Rebelo Gonçalves, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida - Livraria Editora, L.da, 1947, p. 41, nota 4): "Se bem que o Vocabulário da A. C. L. tenha registado a escrita com c, Cingapura, fundando-se na preferência que lhe dão filólogos do nosso tempo (entre outros, Cândido de Figueiredo, Novo Dicionário, "Apenso Geográfico"), não nos repugna, antes pelo contrário, que na Base V do Acordo Ortográfico se haja preferido Singapura. A verdade é que se a escrita com c tem abonação de Barros, Camões, Castanheda (Cincapura), Mendes Pinto (idem), a escrita com s ocorre também em escritores antigos, como Galvão (Sincapura), Couto (idem), Godinho de Herédia (idem), Bocarro (Sincapur); é a que se torna corrente do século XVIII em diante [...]; e tem a vantagem, decerto apreciável, de não destoar das formas correspondentes de outras línguas modernas."

O Acordo Ortográfico de 1990, aceite pelos dois países, viria, aparentemente, pôr fim a esta divergência, uma vez que esta parte do texto legal é quase igual à de 1945: "[...] 3.º Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç e x, que representam sibilantes surdas: ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão, remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa [...]" [sublinhado nosso]. É então referida explicitamente a forma Singapura, mas o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (São Paulo: Global, 2009, 5.ª ed.; versão em linha em http://www.academia.org.br/nossa-lingua/vocabulario-ortografico [consultado em 2016-05-05]) regista os gentílicos cingapurense e cingapuriano, a par de singapurense (note-se que este vocabulário não regista nomes próprios). Este facto parece ter condicionado a manutenção das variantes com c em alguns dicionários com a aplicação do Acordo Ortográfico, nomeadamente o Dicionário Priberam, uma vez que o VOLP é considerado a obra de referência para o português do Brasil, fazendo com que as duas variantes (singapurense e cingapurense) sejam aceitáveis no português do Brasil, mesmo depois da aplicação do Acordo Ortográfico.

Deve referir-se que esta não é a única opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico; veja-se, sobre este assunto, o que é dito nos Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990 (português do Brasil).