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tesouras

A forma tesouraspode ser [segunda pessoa singular do presente do indicativo de tesourartesourar], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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tesouratesoura
( te·sou·ra

te·sou·ra

)
Imagem

Instrumento cortante composto de duas folhas que se movem sobre um eixo comum.


nome feminino

1. Instrumento cortante composto de duas folhas que se movem sobre um eixo comum.Imagem

2. [Por extensão] [Por extensão] Coisa que têm o feitio de uma tesoura aberta.

3. Aspa.

4. [Construção] [Construção] Cada um dos encruzamentos da estrutura de madeira que sustêm a cumeeira do telhado. = ASNA

5. Gavinha.

6. Peça no jogo dianteiro dos carros de quatro rodas de tracção animal.

7. [Figurado] [Figurado] Unhas grandes e aguçadas.

8. Língua viperina e maldizente.

9. Crítico mordaz.

10. Coisa que corta ou dilacera.

11. [Entomologia] [Entomologia] Designação dada a vários insectos ortópteros do género Forficula, em especial à espécie Forficula auricularia, cujo abdómen termina em dois ganchos em forma de tenaz.Imagem = BICHA-CADELA

12. [Ginástica] [Ginástica] Exercício de ginástica que consiste em vários saltos seguidos no mesmo lugar, movimentando ao mesmo tempo o braço e a perna do mesmo lado para a frente e para trás.

13. [Hipismo] [Hipismo] Cavalo mal embocado que dá com a cabeça para um e outro lado.

14. [Marinha] [Marinha] Ferro arqueado cuja extremidade aguda, embebida em qualquer peça de madeira, serve para aguentar contra ela o cabo que lhe queiram ligar pelo seu comprimento.

15. [Ornitologia] [Ornitologia] Ave passeriforme (Tyrannus savana) da família dos tiranídeos, de cabeça e asas negras, ventre branco e cauda comprida bipartida, encontrada na América do Sul. = PIRANHA, TESOURINHA-DO-CAMPO

tesouras


nome feminino plural

16. [Ornitologia] [Ornitologia] As primeiras penas da asa das aves.

17. Aspas de pau em que a lenha se serra.

18. Correias que em continuação das guias vão prender no freio de cada um dos cavalos de tiro.

19. [Informal] [Informal] [Vestuário] [Vestuário] As abas de uma casaca.


tesoura do coche

Correias fortes que nos antigos coches sustentavam o balanço.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: TESOIRA

etimologiaOrigem etimológica:latim tonsorius, -a, -um, relativo a torquia ou corte.

tesourartesourar
( te·sou·rar

te·sou·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cortar com tesoura.

2. Talhar.

3. [Figurado] [Figurado] Dizer mal de.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: TESOIRAR

etimologiaOrigem etimológica:tesoura + -ar.

tesourastesouras

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é o plural de pneumotórax: pneumotóraxes ou pneumotóraces?
A palavra pneumotórax é considerada uma palavra de dois números ou invariável, isto é, o seu plural deverá ser igual ao singular.

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 180), as palavras paroxítonas ou graves (palavras cujo acento de intensidade recai na penúltima sílaba) terminadas em -x (ex.: clímax, córtex, tórax) são invariáveis em número, seguindo a mesma regra das palavras paroxítonas terminadas em -s (ex.: lápis, oásis). Sendo assim, a sua forma mantém-se inalterada quer estejam no singular (ex.: córtex cerebral, um lápis, o pneumotórax) quer estejam no plural (ex.: córtex cerebrais, dois lápis, os pneumotórax).

Este não é, no entanto, um assunto consensual, havendo dicionários (nomeadamente brasileiros) que registam plural para palavras graves terminadas em -x. O Dicionário Houaiss, por exemplo, na sua edição portuguesa (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) regista córtex e pneumotórax como substantivos invariáveis, enquanto na edição brasileira (Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001) regista os plurais córtices e pneumotóraces.

Adenda de 15-09-2010: Esta flutuação, principalmente em dicionários e vocabulários brasileiros, parece ser menor a partir da última edição do Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras (5.ª edição, 2009), uma vez que os dicionários brasileiros com edições posteriores registam grande parte destas palavras como substantivos invariáveis, seguindo a opção da Academia Brasileira de Letras (veja-se a edição do Dicionário Houaiss de 2009, por exemplo).




Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.