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Junta

A forma Juntapode ser [feminino singular de juntojunto], [segunda pessoa singular do imperativo de juntarjuntar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de juntarjuntar] ou [nome feminino].

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juntajunta
( jun·ta

jun·ta

)


nome feminino

1. [Anatomia] [Anatomia] Ponto onde se articulam dois ou mais ossos. = ARTICULAÇÃO

2. Costura.

3. Ponto ou superfície em que duas ou mais coisas aderem ou se juntam. = ARTICULAÇÃO, JUNÇÃO, JUNTURA

4. Conjunto de dois animais de carga (ex.: junta de bois). = PAR, PARELHA

5. Ajuntamento, companhia.

6. Conferência de médicos.

7. Comissão, corporação.

8. Reunião dos membros de uma comissão.

9. O mesmo que junta de freguesia.

10. [Carpintaria] [Carpintaria] Extremidade de tábua lavrada com junteira.

11. [Botânica] [Botânica] Nome de várias plantas do Brasil.


junta de dilatação

Espaço ou dispositivo entre duas peças ou dois elementos de uma estrutura destinado a absorver as vibrações ou a variação de volume dos materiais com as mudanças de temperatura (ex.: junta de dilatação vertical; juntas de dilatação horizontais).

junta de freguesia

Órgão executivo eleito pelos membros da assembleia de freguesia para a governar. = JUNTA

Local onde funciona esse órgão. = JUNTA

junta médica

Grupo de médicos reunidos para deliberar sobre o estado de saúde de um doente (ex.: o funcionário foi convocado para se apresentar a uma junta médica).

etimologiaOrigem etimológica:feminino de junto.
juntarjuntar
( jun·tar

jun·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:abundante.


verbo transitivo

1. Colocar em contacto pessoas ou coisas. = REUNIR, UNIRDESUNIR, SEPARAR

2. Aproximar ou deixar muito perto.

3. Acrescentar (algo) a. = ADICIONAR, ADIR

4. Acasalar animais.

5. Coser as peças superiores e laterais do calçado.

6. [Técnica] [Técnica] Alisar com junteira (as extremidades das tábuas que se hão-de sobrepor).

7. [Regionalismo] [Regionalismo] Recolher do chão. = APANHAR

8. [Brasil] [Brasil] Agarrar ou agredir.


verbo transitivo e intransitivo

9. Acumular economias; fazer pé-de-meia (ex.: juntar dinheiro; estamos a juntar para a entrada da casa). = AMEALHAR, ECONOMIZAR, POUPAR


verbo transitivo e pronominal

10. Reunir ou reunir-se em grande número ou em muita quantidade. = ACUMULAR, AMONTOAR

11. Deixar ou ficarem duas ou mais coisas ligadas ou misturadas. = MESCLAR, MISTURAR

12. Ter ou acontecer simultaneamente ou no mesmo espaço.


verbo pronominal

13. Formar grupo ou sociedade com partilha de interesses, objectivos ou actividades. = ASSOCIAR-SE, LIGAR-SE, UNIR-SE

14. Viver maritalmente, sem contrato de casamento. = AMANCEBAR-SE, AMASIAR-SE, AMIGAR-SE

15. Encontrar-se num mesmo espaço. = REUNIR-SE

16. Vir ao mesmo tempo.

etimologiaOrigem etimológica:junto + -ar.
Ver também resposta à dúvida: ajuntar / juntar.
juntojunto
( jun·to

jun·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que se juntou; que está em contacto físico com (ex.: tinha de ter as mãos juntas para o jogo). = LIGADO, PEGADO, UNIDOAFASTADO, SEPARADO

2. Que se encontra a pouca distância de outro (ex.: as casas do bairro estão juntas). = ADJACENTE, PRÓXIMO, VIZINHOAFASTADO, DISTANTE

3. Que se encontra reunido em par ou em grupo (ex.: eles estão juntos há pouco tempo; os rapazes estavam juntos). = AGRUPADO, UNIDOAFASTADO, SEPARADO


advérbio

4. Estando unido ou ligado a outro. = JUNTAMENTE

5. Perto, ao lado (ex.: a farmácia está junto do supermercado).LONGE


junto com

Acompanhado de ou em conjunto com. = JUNTAMENTE COM

por junto

Por grosso ou atacado; de uma vez; ao mesmo tempo.

etimologiaOrigem etimológica:latim junctus, -a, -um, ligado, atado, contínuo, consecutivo.

Auxiliares de tradução

Traduzir "Junta" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Tenho visto e utilizado com frequência a palavra contratualização; no entanto, não sei se a mesma realmente existe em português ou se provém de outra língua qualquer.
O substantivo contratualização é uma derivação do verbo contratualizar. Estas duas palavras seguem as regras de boa formação na língua portuguesa, pois a palavra contratualizar é formada com adjunção do sufixo -izar ao adjectivo contratual, formando um verbo com o significado aproximado de “dar carácter contratual” ou “estabelecer de forma contratual”. A palavra contratualização corresponde, por sua vez, à adjunção do sufixo -ção ao verbo, designando o “acto ou efeito de contratualizar”. Ambas as palavras usam dois sufixos (-izar e -ção) de alta produtividade em português na formação de neologismos (seguem o mesmo paradigma, por exemplo, dos pares actualizar/actualização, conceptualizar/conceptualização, visualizar/visualização) e uma pesquisa em corpora e motores de busca na internet evidencia o seu uso muito divulgado.