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tábua

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tábuatábua
( tá·bu·a

tá·bu·a

)


nome feminino

1. Peça de madeira serrada ao comprido, de largura variável e pouco grossa; prancha.

2. Peça de mármore plana e lisa.

3. Superfície sobre que assenta a pintura em madeira.

4. Mesa, geralmente para jogo ou refeições. = TÁBULA

5. Mapa; quadro.

6. Índice; tabela.

7. Nomenclatura disposta e distribuída de modo a ser facilmente compreendida.

8. [Anatomia] [Anatomia] Lâmina interna e externa dos ossos do crânio.

9. [Veterinária] [Veterinária] Cada um dos lados do pescoço do cavalo.

10. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Acto para enganar alguém. = ARDIL, LOGRO, TRAPAÇA

11. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Recusa feita a um pedido para dançar.

12. [Brasil] [Brasil] [Ictiologia] [Ictiologia] Peixe perciforme (Oligoplites saurus), da família dos carangídeos, de corpo longo, coloração prateada, sendo mais clara nos flancos, barbatanas amarelas, encontrado no Oceano Atlântico. = CAVACO, SOLTEIRA

tábuas


nome feminino plural

13. Documento registado em pedra, madeira ou material afim.

14. [Tauromaquia] [Tauromaquia] Muro ou barreira que circunda a arena da praça de touros. = TRINCHEIRA


fazer tábua rasa

Começar como se não houvesse ideias ou conhecimentos anteriores.

Ignorar ou desprezar (ex.: fez tábua rasa dos conselhos dos mais velhos).

mandar à tábua

[Informal] [Informal] Mandar embora ou livrar-se de alguém com desprezo. = MANDAR À FAVA

tábua de salvação

Meio de se livrar de um embaraço ou de situação difícil. = ESCAPATÓRIA

tábua esperta

A que foi endireitada.

tábua rasa

Superfície pronta para receber escrita, desenho, pintura, etc.

Mente vazia, sem ideias ou conhecimentos.

tábuas de resbordo

[Náutica] [Náutica]  As que formam o princípio do costado do navio e encaixam nos entalhes da quilha.

tábuas loxodrómicas

[Náutica] [Náutica]  As que resolvem facilmente os problemas de navegação.

etimologiaOrigem etimológica:latim tabula, -ae, tábua, mesa.

iconeConfrontar: tabua.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:fornimento, tabuado.
tábuatábua

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).