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anos

A forma anospode ser [masculino plural de anoano], [nome masculino plural] ou [nome masculino].

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ano1ano1
( a·no

a·no

)


nome masculino

1. [Astronomia] [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

2. [Astronomia] [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo; ano judicial).

6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).

anos


nome masculino plural

7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


ano bissexto

Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

ano civil

Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

ano comum

Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

ano de safra

Ano abundante.

ano económico

Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

ano escolar

Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

ano etiópico

Ano solar de 12 meses de 30 dias, seguidos de 5 dias suplementares.

ano lectivo

Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

ano natural

O mesmo que ano civil.

ano novo

Ano que começa.

Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

ano planetário

[Astronomia] [Astronomia]  Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

ano sabático

[Religião] [Religião]  Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

ano secular

Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

ano sideral

[Astronomia] [Astronomia]  Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

fazer anos

Completar mais um ano de existência.

muitos anos a virar frangos

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

verdes anos

A juventude.

etimologiaOrigem etimológica: latim annus, -i.
ano2ano2
( a·no

a·no

)


nome masculino

O mesmo que ânus.

etimologiaOrigem etimológica: latim anus, -i, ânus.
anosanos

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Anagramas

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



1. Como deve ser a concordância sujeito-predicado para nomes como os Camarões, as ilhas Maurícias, etc.? Deve o verbo estar no singular ou no plural?
2. No caso de países cujo nome começa com a palavra ilha ou ilhas, a primeira letra destas duas palavras deve grafar-se com maiúscula ou com minúscula? Ou seja, deve escrever-se Ilhas Maurícias ou ilhas Maurícias, por exemplo?
1. O verbo deve sempre concordar em número e pessoa com o sujeito, caso ele exista. Como, neste caso, o sujeito é plural (os Camarões), o verbo deverá estar igualmente no plural (ex.: Os Camarões são um Estado africano). No entanto, caso decidisse pelo uso de um precedente que designasse a organização política desse Estado, o verbo teria de concordar com essa designação e não com o nome do topónimo propriamente dito (ex.: A república dos Camarões situa-se no continente africano).

2. O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia explicitamente sobre esta questão, o mesmo acontecendo com o Acordo Ortográfico de 1945 e o Formulário Ortográfico de 1943, os textos legais anteriormente em vigor, respectivamente, para a norma europeia e para a norma brasileira do português.

Sobre esta questão, Rebelo Gonçalves pronuncia-se no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida, 1947, pp. 337-339), dizendo que se emprega minúscula inicial “Nos substantivos que significam  acidentes geográficos, tais como arquipélago, baía, cabo, ilha, lago, mar, monte, península, rio, serra, vale e tantos outros, quando seguidos de designações que os especificam toponimicamente". O autor lista como exemplos arquipélago dos Açores, baía de Guanabara, ilha da Madeira, ilhas Berlengas, ilha Terceira, mar Mediterrâneo ou monte Branco, entre outros.  Nesta regra inserir-se-ia o topónimo ilhas Maurícias, uma vez que a palavra ilhas, neste caso, apenas indica as características geográficas das Maurícias (designação comum da República da Maurícia, em português de Portugal, ou República de Maurício, em português do Brasil). Rebelo Gonçalves especifica algumas excepções a esta regra, quando, por exemplo, se utilizam topónimos em nomes de vias públicas (Rua da Ilha do Faial e não Rua da ilha do Faial) ou em títulos de obras (Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela e não Tragicomédia Pastoril da serra da Estrela). Estabelece ainda outra excepção quando se trata de combinações vocabulares que formam  locuções ou compostos toponímicos, i. e., locuções de onde não se pode omitir o substantivo que designa o acidente geográfico (ex.: Península Ibérica, Costa do Ouro, Monte Redondo, Serra de El-Rei).

Como foi referido acima, o Acordo Ortográfico de 1990 não se debruça explicitamente sobre esta questão, mas, implicitamente, parece não contrariar as indicações de Rebelo Gonçalves, uma vez que, a propósito de outros assuntos, o texto apresenta exemplos como “ilha de Santiago” (Base XVIII) ou o composto toponímico “Baía de Todos-os-Santos” (Base XV).




Como se diz: existe diferenças significativas ou existem diferenças significativas entre duas populações?
O verbo existir é intransitivo e deve concordar com o sujeito, que, na frase em apreço, corresponde a um plural (diferenças significativas). Por este motivo, a frase correcta será existem diferenças significativas.

Esta hesitação em efectuar a concordância do verbo existir com o seu sujeito deriva provavelmente do facto de este verbo ser sinónimo, em algumas acepções, do verbo haver, que, neste sentido, é impessoal, isto é, não tem sujeito e deve sempre ser conjugado na terceira pessoa do singular (ex.: há diferenças significativas).