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arranjáramos

A forma arranjáramosé [primeira pessoa plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de arranjararranjar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
arranjararranjar
( ar·ran·jar

ar·ran·jar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pôr em ordem ou com os objectos no local apropriado. = ARRUMARDESARRANJAR, DESARRUMAR, DESCOMPOR

2. Mudar a disposição ou ajeitar o que está fora do sítio ou mal arrumado. = ARRUMAR

3. Fazer funcionar o que estava avariado ou estragado (ex.: mandou arranjar a máquina). = CONSERTAR, REPARAR

4. Obter ou alcançar para si ou para outrem um objecto, uma coisa, uma vantagem (ex.: arranjaram vários arames para prender a tampa; arranjar trabalho como motorista). = CONSEGUIR

5. Adquirir.

6. Imaginar ou planear mentalmente (ex.: arranjou um estratagema mirabolante; arranjem maneira de resolver isso). = ARQUITECTAR, ENGENDRAR, INVENTAR

7. Tratar de.

8. Pôr adornos ou enfeites em (ex.: arranjaram todas as mesas para o jantar de Natal). = ADORNAR, ENFEITAR

9. [Portugal] [Portugal] Submeter determinada parte do corpo a tratamento de beleza (ex.: arranjar o cabelo; arranjar as unhas). [Equivalente no português do Brasil: arrumar.] = FAZER

10. [Portugal] [Portugal] Preparar um alimento antes de o cozinhar, geralmente carne ou peixe (ex.: pediu à peixeira para arranjar o robalo).

11. Ficar em estado ou situação difícil ou negativa (ex.: não arranje mais problemas; arranjou uma anemia e agora tem de ter cuidado).

12. [Música] [Música] Adaptar uma composição musical a voz, instrumento, harmonia, textura ou timbre diferente.


verbo transitivo e pronominal

13. [Portugal] [Portugal] Cuidar da aparência, em especial da roupa e do cabelo (ex.: temos de arranjar as crianças depressa para a festa; ele demora muito a arranjar-se antes de sair).

14. [Portugal] [Portugal] Dar ou encontrar resolução para um problema ou situação (ex.: arranjou as divergências; com calma, tudo se arranjou). = RESOLVER, SOLUCIONAR


verbo pronominal

15. Conseguir meios de subsistência; tratar dos seus interesses (ex.: lá se vão arranjando como podem). = GOVERNAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:francês arranger.

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Qual a forma correta: "Ela é mais alta do que ele" ou "Ela é mais alta que ele"?
Ambas as frases estão correctas porque tanto a conjunção que quanto a locução conjuncional do que introduzem o segundo termo de uma comparação, conforme pode verificar clicando na hiperligação para o Dicionário Priberam.

Geralmente, do que pode ser substituído por que: este é ainda pior do que o outro = este é ainda pior que o outro, é preferível dizer a verdade do que contar uma mentira = é preferível dizer a verdade que contar uma mentira.

No entanto, quando o segundo termo da comparação inclui um verbo finito, como em o tecido era mais resistente do que parecia, a substituição da locução do que por que não é possível e gera agramaticalidade: *o tecido era mais resistente que parecia.




Gostaria de saber se escrever ou dizer o termo deve de ser é correcto? Eu penso que não é correcto, uma vez que neste caso deverá dizer-se ou escrever deverá ser... Vejo muitas pessoas a usarem este tipo de linguagem no seu dia-a-dia e penso que isto seja uma espécie de calão, mas já com grande influência no vocabulário dos portugueses em geral.
Na questão que nos coloca, o verbo dever comporta-se como um verbo modal, pois serve para exprimir necessidade ou obrigação, e como verbo semiauxiliar, pois corresponde apenas a alguns dos critérios de auxiliaridade geralmente atribuídos a verbos auxiliares puros como o ser ou o estar (sobre estes critérios, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, pp. 303-305). Neste contexto, o verbo dever pode ser utilizado com ou sem preposição antes do verbo principal (ex.: ele deve ser rico = ele deve de ser rico). Há ainda autores (como Francisco Fernandes, no Dicionário de Verbos e Regimes, p. 240, ou Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, p. 232) que consideram existir uma ligeira diferença semântica entre as construções com e sem a preposição, exprimindo as primeiras uma maior precisão (ex.: deve haver muita gente na praia) e as segundas apenas uma probabilidade (ex.: deve de haver muita gente na praia). O uso actual não leva em conta esta distinção, dando preferência à estrutura que prescinde da preposição (dever + infinitivo).