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quadrada

A forma quadradapode ser [feminino singular de quadradoquadrado], [feminino singular particípio passado de quadrarquadrar] ou [nome feminino].

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quadradaquadrada
( qua·dra·da

qua·dra·da

)


nome feminino

Compartimento; quadra.

quadrarquadrar
( qua·drar

qua·drar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar a forma quadrada a (ex.: quadrar a cortiça).

2. [Aritmética] [Aritmética] Elevar um número ao quadrado; multiplicar um número por si próprio.


verbo transitivo e intransitivo

3. Ser apropriado ou conveniente. = CONVIR

4. Dar vantagem.

5. Estar ou ficar de acordo com. = ADAPTAR-SE, MOLDAR-SE


verbo intransitivo

6. [Tauromaquia] [Tauromaquia] Perfilar-se na frente do touro para colocar bandarilhas.

etimologiaOrigem etimológica: latim quadro, -are, esquadriar, cortar em esquadria, tornar simétrico, tornar perfeito, ser quadrado, convir, adaptar-se.
quadradoquadrado
( qua·dra·do

qua·dra·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que tem quatro lados iguais e quatro ângulos rectos.

2. Que é formado por quatro ângulos (ex.: recinto quadrado). = QUADRANGULAR

3. Que tem muita largura de costas (ex.: ombros quadrados). = ESPADAÚDO, LARGO

4. Que não tem formas definidas, geralmente devido a obesidade (ex.: corpo quadrado).

5. [Informal] [Informal] Que é conservador ou retrógrado.

6. [Informal] [Informal] Que tem pouca inteligência ou que é muito mal-educado.

7. [Informal] [Informal] Que não deixa muitas dúvidas (ex.: ele é um asno quadrado). = CHAPADO, COMPLETO, PERFEITO

8. [Geometria] [Geometria] Que tem secção com quatro ângulos iguais (ex.: pirâmide quadrada, prisma quadrado). = QUADRANGULAR

9. [Matemática] [Matemática] Que tem dois como expoente (ex.: raiz quadrada).


nome masculino

10. [Geometria] [Geometria] Quadrilátero cujos quatro lados são iguais e formam ângulos rectos.

11. Objecto ou espaço com quatro ângulos.

12. [Aritmética] [Aritmética] Produto de um número multiplicado por si mesmo.

13. [Militar] [Militar] Disposição especial das tropas de infantaria que consiste em se ordenarem formando quatro frentes para resistir aos ataques da cavalaria inimiga.

14. [Tipografia] [Tipografia] Peça usada para abrir espaços em branco numa composição.

15. [Zoologia] [Zoologia] Osso do maxilar superior que, nos anfíbios, répteis, peixes e aves, se articula com o maxilar inferior.

16. [Brasil] [Brasil] Papagaio de papel.


aos quadrados

Cujas cores estão dispostas em quadrados alternados (ex.: padrão aos quadrados; tecido aos quadrados). = AXADREZADO, XADREZ

quadrado oco

[Tipografia] [Tipografia]  Material tipográfico empregado na imposição.

quadrado de imposição

[Tipografia] [Tipografia]  O mesmo que quadrado oco.

etimologiaOrigem etimológica: latim quadratus, -a, -um.
quadradaquadrada

Auxiliares de tradução

Traduzir "quadrada" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.