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formas

A forma formaspode ser [feminino plural de formaforma] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de formarformar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
forma1forma1
|ó| |ó|
( for·ma

for·ma

)


nome feminino

1. Configuração das coisas na parte exterior. = FEITIO, FORMATO

2. Conjunto dos contornos do corpo (ex.: o corte cintado do casaco realça as formas). [Mais usado no plural.] = SILHUETA

3. Figura.

4. Feito.

5. Feição.

6. Alinhamento ou disposição das tropas ou de outros grupos ordenados de pessoas (ex.: um dos bombeiros saiu da forma). = FORMATURA

7. Modelo.

8. Modo, maneira.

9. Formato.

10. Formalidade.

11. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Cada uma das realizações de um item lexical (ex.: o verbo tem dezenas de formas conjugadas).


de qualquer forma

Sem atenção, sem cuidado ou sem ordem (ex.: não podemos fazer o trabalho de qualquer forma, temos de primar pela excelência).

Independentemente das circunstâncias ou condições (ex.: ela tem de ir saber dele de qualquer forma).

Em resumo ou em conclusão (ex.: de qualquer forma, isto é inadmissível).

Indica oposição a uma outra ideia exposta, mas que não é impeditiva (ex.: de qualquer forma, teve o apoio da população).

de forma alguma

Expressão usada para exprimir negação absoluta (ex.: de forma alguma poderá haver dúvidas; ele não está, de forma alguma, autorizado a divulgar essa informação).

de forma nenhuma

O mesmo que de forma alguma.

de forma que

Indica o fim, o objectivo ou a consequência de determinada acção ou afirmação (ex.: fale mais baixo, de forma que não perturbe quem está a estudar). = DE MANEIRA QUE

em forma

Com regra e método; com as formalidades devidas.

Em boa condição física.

etimologiaOrigem etimológica:latim forma, -ae.

formaforma ou fôrma2formafôrma2
|ô| |ô| ou |ô| |ô| |ô|
( for·ma for·ma ou fôr·ma

for·ma

fôr·ma

)
Imagem

Molde sobre o qual ou dentro do qual se coloca alguma substância fluida, que toma o feitio desse molde.


nome feminino

1. Molde sobre o qual ou dentro do qual se coloca alguma substância fluida, que toma o feitio desse molde.Imagem

2. Peça de madeira com o feitio de um pé, que serve para sobre ela o sapateiro fazer o calçado.

3. [Chapelaria] [Chapelaria] Molde para o fabrico de chapéus.

4. [Chapelaria] [Chapelaria] Armação de chapéu de senhora. = CARCAÇA

5. [Tipografia] [Tipografia] Caixilho em que estão dispostas por sua ordem as páginas compostas tipograficamente.

6. Vaso em que se apura e solidifica o açúcar.Imagem

etimologiaOrigem etimológica:latim forma, -ae.

sinonimo ou antonimo Dupla grafia pelo Acordo Ortográfico de 1990: fôrma.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: forma.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:fôrma.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: forma.
formarformar
( for·mar

for·mar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar corpo ou forma a.

2. Constituir.

3. Organizar.

4. Fundar.

5. Conceber; imaginar.

6. Preparar.

7. Amoldar.

8. Instruir, educar.

9. Traçar.

10. Descrever, criar.

11. Alinhar.

12. Estabelecer.

13. Planear; promover a formatura de.


verbo intransitivo

14. Entrar na forma, em linha.


verbo pronominal

15. Tomar forma.

16. Receber ensinamentos. = EDUCAR-SE

17. Doutorar-se. = DIPLOMAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim formo, -are.

formasformas

Auxiliares de tradução

Traduzir "formas" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Agradecia que me informassem qual a palavra correta, prefabricado ou pré-fabricado, e se possível qual a regra para as palavras hifenizadas.
Nenhuma das formas prefabricado / pré-fabricado pode ser considerada incorrecta, uma vez que existem ambos os prefixos pre- e pré- com o sentido de anterioridade e que não há consenso em relação ao registo destas palavras.

Com efeito, o registo das formas prefabricado / pré-fabricado não é consensual nas obras lexicográficas portuguesas, situação que ocorre há já muito tempo. A título de exemplo, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de António de Morais Silva (10.ª ed., Lisboa: Editorial Confluência, 12 vol., 1949-1959), regista apenas as formas justapostas pré-fabricado e pré-fabricar, enquanto o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra: Coimbra Editora, 1966) regista apenas as formas prefabricado e prefabricar. Se compararmos obras lexicográficas mais recentes, verificamos que a falta de consenso se mantém: por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa / Editorial Verbo, 2001) regista unicamente as formas hifenizadas, mas o Grande Dicionário Língua Portuguesa, (1.ª ed., Porto: Porto Editora, 2004) regista ambas as formas, com e sem hífen, remetendo pré-fabricado e derivados para prefabricado e derivados, onde se encontram as definições. Esta opção da Porto Editora parecer ter sido entretanto revista porque, no dicionário disponível presentemente online, apenas surgem registadas as formas com hífen: pré-fabricado, pré-fabricar e pré-fabricação [consultas em 18-01-2017].

Tal flutuação parece não ter equivalente na presente dicionarização da norma brasileira, pois os principais dicionários e vocabulários brasileiros consultados registam apenas as formas hifenizadas (pré-fabricado, pré-fabricar e pré-fabricação), ainda que consultas em corpora e em motores de busca da Internet revelem que há alguma flutuação gráfica no uso dos falantes. Aliás, a tendência, na norma brasileira, parece ser a da manutenção do hífen, como se pode constar em outras derivações semelhantes, que, na norma portuguesa, permanecem sem hífen. Veja-se, por exemplo, os casos de pré-habilitar, pré-adaptar, pré-adivinhar, pré-formar ou pré-limitar, todos registados no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras (norma brasileira [consultas em 18-01-2017]), a par dos correspondentes preabilitar, preadaptar, preadivinhar, preformar ou prelimitar, todos registados no Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (selecção: Portugal [consultas em 18-01-2017]). Um caso de aparente flutuação gráfica é o de prealegar, que só surge assim no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, mas que se encontra hifenizado (pré-alegar) no Dicionário Aurélio. O Dicionário Houaiss (versão electrónica 1.0.5.a, Novembro de 2002) apresenta outros casos de flutuação quando refere, no prefixo pré-, que “[...] na medida em que um emprego de pré- tende a vulgarizar-se, na mesma medida tende a passar a pre- [sic]: o V.O. consigna o fato com registros dúplices: pré-contração/precontração, pré-cordilheira/precordilheira, pré-forma/preforma, pré-formar/preformar etc.”. Dos pares apontados, presentemente, o Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras regista apenas o par pré-cordilheira/precordilheira, tendo os restantes sido reduzidos às formas hifenizadas.

Sobre este assunto, o texto do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), mais precisamente a alínea f) do ponto 1.º da Base XVI, afirma o seguinte:
“[Usa-se o hífen] Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônico (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).”

O trecho acima só aparentemente resolve a situação, pois, a par das formas hifenizadas apresentadas com os prefixos pós-, pré- e pró-, os exemplos pospor, prever e promover surgem acima como casos de prefixação, e são-no, só que num estádio anterior à língua portuguesa, pois eles derivam do latim postponere, praevidere e promovere, respectivamente. Para além disso, prever, tal como predefinir ou predispor, tem a vogal da primeira sílaba fechada (lê-se pre... e não pré...), o que pode levar à inferência de que as derivações por prefixação com pre- são sempre lidas dessa maneira. Ora não é isso que acontece, por exemplo, em preconceber, preestabelecer ou preexistir (e seus derivados: preconcebida, preestabelecimento, preexistentes, etc.), derivações já estabilizadas na língua e cuja vogal da primeira sílaba permanece aberta (lê-se pré... e não pre...).

O que o texto do AO90 faz, no caso de flutuação gráfica, é legitimar uma tendência que ocorre em ambas as variedades do português, mas que só estava dicionarizada na norma brasileira, para escrever e ler pré- quando a vogal é aberta, tendência que parece reflectir-se nos casos de formações mais recentes (ex.: pré-datar, pré-qualificação) e nos casos em que é possível conceber um equivalente com pós- (ex.: pós-datar, pós-qualificação). O que o texto do AO90 não faz é dizer explicitamente que não se pode escrever uma forma aglutinada com pre- quando a vogal é aberta, como prefabricado, razão pela qual, neste caso, o Dicionário Priberam regista ambas as grafias.

Por fim, relativamente à formação de palavras hifenizadas, não existe uma regra única que possa ser aplicada uniformemente. Recomenda-se a leitura da Base XV e da Base XVI do Acordo Ortográfico de 1990, que se debruçam sobre o emprego do hífen em compostos e em formações por prefixação, recomposição e sufixação.