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haverdes

A forma haverdesé [segunda pessoa plural infinitivo flexionado de haverhaver].

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haverhaver
|vê| |vê|
( ha·ver

ha·ver

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Ter, possuir, estar na posse de.

2. Conseguir.

3. Considerar, julgar.

4. Existir (ex.: há café acabado de fazer; há pessoas assim). [Verbo impessoal]

5. Acontecer, suceder (ex.: hoje à noite há festa; houve dois acidentes graves). [Verbo impessoal]

6. Ser decorrido ou ter passado determinado período de tempo (ex.: são amigos há mais de trinta anos; vi-o há uma hora na biblioteca). [Verbo impessoal]


verbo pronominal

7. Portar-se, proceder.


verbo auxiliar

8. Usa-se seguido do particípio passado do verbo principal, para formar tempos compostos (ex.: haviam estudado, havia comido, haverão pensado, haveríamos dormido, houvessem esperado). = TER

9. Usa-se seguido da preposição de e do infinitivo do verbo principal para criar formas perifrásticas de futuro ou condicional, por vezes com modalização de desejo, dever, fatalidade, intenção ou possibilidade (ex.: hei-de ir ao Japão; haviam de estudar; eles haverão de ter remorsos; haveríamos de dormir ao relento).


nome masculino

10. Crédito, nos livros comerciais, em oposição a deve.

haveres


nome masculino plural

11. Fortuna ou conjunto dos bens.

12. Conjunto dos objectos pessoais de alguém. = PERTENCES


bem haja

Interjeição que indica agradecimento ou gratidão. (Confrontar: bem-haja.)

haja o que houver

Expressão indicativa da garantia ou da realização inevitável de algo, independentemente das contrariedades que possam surgir (ex.: nós estaremos sempre do seu lado, haja o que houver). = ACONTEÇA O QUE ACONTECER

haver por bem

[Pouco usado] [Pouco usado] Tomar uma decisão (ex.: hei por bem determinar a constituição de nova brigada; Sua Majestade houve por bem revogar o decreto). = DECIDIR, RESOLVER

etimologiaOrigem etimológica:latim habeo, -ere.
Nota: No português europeu, as formas monossilábicas do verbo haver ligam-se por hífen à preposição de (hei-de, hás-de, há-de, hão-de), conforme a Base XXXI do Acordo Ortográfico de 1945.
Ver também resposta às dúvidas: haver (I), há-de / há de, hão-de, ter a ver com / ter a haver.

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



As palavras Malanje, Uíje, Cassanje, etc., levam a letra g ou j ?
Os topónimos angolanos referidos deverão ortografar-se correctamente nas formas Malanje, je e Caçanje (esta última grafia corresponde também ao nome comum caçanje).

É esta a grafia registada nas principais obras de referência para o português europeu, nomeadamente no Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida Editora, 1947) e no Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), de Rebelo Gonçalves, ou no Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado (Lisboa: Âncora Editora, 2001). Apesar disso, é esmagadora a ocorrência de grafias alternativas como *Malange, *Uíge, *Cassange ou *Cassanje (o asterisco indica incorrecção, de acordo com as obras de referência para a ortografia e com a tradição lexicográfica).

É de referir que com o Acordo Ortográfico de 1990 (nomeadamente na Base III) não há qualquer alteração a este respeito.




Qual destas frases está correcta: «Ele assegurou-me que viria» ou «Ele assegurou-me de que viria»? Li que o verbo "assegurar" é regido pela preposição "de" quando é conjugado pronominalmente; no entanto, só me soa bem dessa forma quando ele é conjugado reflexivamente, como em "Eles asseguraram-se de que não eram seguidos". Afinal, como é que é? Obrigada.
Os dicionários que registam as regências verbais, como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ou o Dicionário sintáctico de verbos portugueses, estipulam que o verbo assegurar é regido pela preposição de apenas quando usado como pronominal (ex.: quando saiu de casa assegurou-se de que as janelas estavam fechadas). Para além do uso pronominal, o verbo assegurar pode ainda ser transitivo directo ou bitransitivo, isto é, seleccionar complementos não regidos por preposição (ex.: os testes assegurariam que o programa iria funcionar sem problemas; o filho assegurou-lhe que iria estudar muito).

Este uso preposicionado do verbo assegurar na acepção pronominal nem sempre é respeitado, havendo uma tendência generalizada para a omissão da preposição (ex.: quando saiu de casa assegurou-se que as janelas estavam fechadas). O fenómeno de elisão da preposição de como iniciadora de complementos com frases finitas não se cinge ao verbo assegurar, acontecendo também com outros verbos, como por exemplo aperceber (ex.: não se apercebeu [de] que estava a chover antes de sair de casa) ou esquecer (ex.: esquecera-se [de] que havia greve dos transportes públicos).