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receberei

A forma recebereié [primeira pessoa singular do futuro do indicativo de receberreceber].

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receberreceber
|ê| |ê|
( re·ce·ber

re·ce·ber

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Tomar o que é oferecido, dado ou mandado (ex.: receber um prémio; recebeu uma herança da tia; receber uma carta).

2. Fazer a cobrança do que é devido (ex.: receber dívidas). = COBRAR

3. Tomar conhecimento de; ser informado de (ex.: receberam as notícias com alegria).

4. Dar as boas-vindas a (ex.: estavam à espera para o receber no aeroporto).

5. Ter capacidade para conter (ex.: aquele teatro pode receber mais de 300 pessoas).

6. Tomar como aceitável (ex.: receber ordens; ela nunca recebe bem os meus comentários). = ACATAR, ACEITAR, ADMITIRRECUSAR

7. Aceitar afectivamente (ex.: recebeu-a como uma irmã). = ADMITIR

8. Servir de receptáculo a (ex.: o Atlântico recebe o rio Tejo).

9. Passar a ter ou obter como resultado de algo (ex.: recebeu formação universitária em Londres). = ADQUIRIR, OBTER

10. Fazer captação de (ex.: não consigo receber essa rádio no carro). = CAPTAR

11. Ser atingido por (ex.: receber uma palmada; a lente recebe a luz).

12. Fazer gozo de (ex.: ainda não recebeu as férias deste ano). = FRUIR, GOZAR


verbo intransitivo

13. Fazer atendimento ao público (ex.: ele só recebe uma vez por semana). = ATENDER, RECEPCIONAR


verbo transitivo e intransitivo

14. Dar hospitalidade ou recepções (ex.: gosta de receber a família; ele sabe receber). = ACOLHER, RECEPCIONAR

15. Aceitar como pagamento ou salário (ex.: recebe menos de 1000 euros por mês; recebeu cerca de 25 000 euros da sua empresa no ano passado; ainda não recebeu este mês).


verbo transitivo e pronominal

16. Aceitar como esposo ou esposa (ex.: ainda iria demorar algum tempo até receber o namorado; o casal vai receber-se ainda este ano). = CASAR

etimologiaOrigem etimológica:latim recipio, -ere.

recebereireceberei

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Dúvidas linguísticas



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.




Na frase "Isto não lhe arrefece o ânimo", qual é o sujeito?
A frase que refere é apresentada na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, 14.ª ed., p. 126), como exemplo de uma frase em que um pronome demonstrativo (isto) tem função de sujeito. Há vários critérios para identificar o sujeito numa frase, nomeadamente critérios de concordância em número entre o sujeito e o verbo (o pronome isto implica, por exemplo, que o verbo esteja no singular).