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tipos

A forma tiposé [masculino plural de tipotipo].

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tipotipo
( ti·po

ti·po

)
Imagem

TipografiaTipografia

Cada um dos caracteres da imprensa.


nome masculino

1. Conjunto de traços ou características comuns a um conjunto de seres ou coisas. = CLASSE, ESPÉCIE, ÍNDOLE, QUALIDADE, SORTE

2. Conceito que exprime a essência comum a um conjunto de coisas ou seres e que serve como paradigma. = MODELO

3. Coisa ou ser que possui as características que são consideradas como exemplares da sua classe. = SÍMBOLO

4. Conjunto de características comuns a uma família, a uma raça, a pessoas de uma determinada área, etc. (ex.: tipo português; tipo nordestino).

5. Personagem original que pode considerar-se como modelo para ser imitado por artistas ou escritores.

6. Conjunto das características comuns a uma coisa ou produto (ex.: farinha tipo 65).

7. [Informal] [Informal] Qualquer pessoa cujo nome se desconhece ou se quer omitir. = FULANO, GAJO, INDIVÍDUO, SUJEITO

8. [Informal] [Informal] Pessoa excêntrica.

9. [Depreciativo] [Depreciativo] Pessoa pouco respeitável. = GAJO

10. [Tipografia] [Tipografia] Cada um dos caracteres da imprensa.Imagem

11. Letra impressa que se obtém através de qualquer método de composição.

12. [Numismática] [Numismática] Figura gravada numa medalha ou moeda.

13. [Biologia] [Biologia] Exemplar que serve de padrão para uma espécie.

14. [Cinema, Teatro, Televisão] [Cinema, Teatro, Televisão] Conjunto formado pelas características de uma personagem.

15. [Teologia] [Teologia] Situação ou personagem do Velho Testamento que é tida como símbolo de outras no Novo Testamento.

16. [Informal] [Informal] Palavra esvaziada de sentido que se usa ou se repete no discurso, geralmente de forma inconsciente ou automática, como bordão linguístico (ex.: estivemos, tipo, meia-hora à espera; o vestido é, tipo, rendado).


adjectivo de dois géneros e de dois númerosadjetivo de dois géneros e de dois números

17. Que serve de referência ou de modelo (ex.: perfil tipo). [Como adjectivo, pode ser ligado por hífen ao nome que qualifica (ex.: personagem-tipo).]

etimologiaOrigem etimológica:latim typus, -i, do grego túpos, -ou, golpe, marca, representação, imagem, carácter, modelo.

iconeConfrontar: tripo.
tipostipos

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).