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sujeito

A forma sujeitopode ser [masculino singular particípio passado de sujeitarsujeitar], [primeira pessoa singular do presente do indicativo de sujeitarsujeitar], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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sujeitosujeito
( su·jei·to

su·jei·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que se sujeitou a algo ou alguém.

2. Dependente, subordinado.

3. Domado, subjugado, submetido.

4. Que está sob determinado dever, obrigação, etc. (ex.: sujeito às regras).

5. Obediente; dócil, cativo.

6. Que apresenta determinada vulnerabilidade ou possibilidade (ex.: sujeito às intempéries). = EXPOSTO, SUSCEPTÍVEL


nome masculino

7. Pessoa de quem se omite ou desconhece o nome. (Feminino: sujeita.) = INDIVÍDUO

8. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Pessoa ordinária. (Feminino: sujeita.)

9. Pessoa dependente de um rei ou suserano. (Feminino: sujeita.) = SÚBDITO, VASSALO

10. Assunto, tema.

11. [Gramática] [Gramática] Função sintáctica desempenhada por palavra ou grupo de palavras que compõem um constituinte nominal ou oracional com o qual concorda e sobre o qual se expressa o predicado (ex.: nas frases seguintes, o sujeito está sublinhado: hoje eu acordei tarde; o quadro, felizmente, foi recuperado pela polícia; a noiva e o pai ainda não chegaram; é muito agradável ter a lareira acesa; quem quiser pode ficar com o lugar; alegra-me que todos tenham vindo).

12. [Filosofia] [Filosofia] Entidade que tem a capacidade de conhecer, por oposição ao objecto.

13. [Lógica] [Lógica] Pessoa ou coisa sobre a qual o verbo afirma ou nega alguma propriedade ou atributo.


sujeito composto

[Gramática] [Gramática]  Sujeito que tem mais de um núcleo (ex.: na frase eu e os meus irmãos dormíamos no mesmo quarto há um sujeito composto).

sujeito de enunciação

[Literatura] [Literatura]  Voz que enuncia um texto literário e que deve distinguir-se do autor.

sujeito desinencial

[Gramática] [Gramática]  Sujeito nulo que pode ser recuperado através da desinência verbal.

sujeito expletivo

[Gramática] [Gramática]  Sujeito gramatical que não pode ter um referente, apenas tem função de estilo ou de ênfase (como em ele acontece cada coisa!).

sujeito indeterminado

[Gramática] [Gramática]  Sujeito que se refere a uma entidade indefinida (como em dizem que amanhã vai estar sol; diz-se que fugiu do país).

sujeito nulo

[Gramática] [Gramática]  Sujeito que não se encontra expresso em palavras na frase (como em hoje acordei tarde).

sujeito poético

[Literatura] [Literatura]  Voz que se exprime no discurso de um texto poético, geralmente na primeira pessoa do singular, e que deve distinguir-se do autor. = EU LÍRICO, EU POÉTICO

sujeito simples

[Gramática] [Gramática]  Sujeito que tem apenas um núcleo (ex.: na frase nós dormíamos no mesmo quarto há um sujeito simples).

etimologiaOrigem etimológica:latim subjectus, -a, -um, particípio passado de subjicio, -ere, pôr debaixo, submeter, subordinar, expor, levantar.
Ver também resposta à dúvida: sujeito / termo da oração / função sintáctica.
sujeitarsujeitar
( su·jei·tar

su·jei·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:abundante.


verbo transitivo

1. Reduzir à sujeição ou obediência. = SUBJUGAR

2. Ter sujeito ou preso. = PRENDER, SEGURAR

3. Submeter para sofrer alterações ou modificações.


verbo pronominal

4. Limitar ou inibir o seu comportamento ou a sua acção por causa de algo ou alguém. = ADSTRINGIR-SE, LIMITAR-SE, SUBMETER-SE

5. Dar-se por vencido. = RENDER-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim subjecto, -are, pôr debaixo, aproximar, levantar, de subjicio, -ere, pôr debaixo, submeter, subordinar, expor, levantar.
sujeitosujeito

Auxiliares de tradução

Traduzir "sujeito" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Agradeço que me informem porque é que se ouve dizer islamistas e não islamitas?
A utilização da forma islamista pode explicar-se pela regularização derivada da analogia com outros casos de substantivos terminados em -ismo (ex.: abstencionismo, catolicismo, socialismo), aos quais correspondem adjectivos terminados em -ista (ex.: abstencionista, catolicista, socialista). Não se pode considerar que essa forma esteja errada, pois segue as normas de derivação da língua portuguesa, com o sufixo -ista, bastante produtivo na língua, aposto ao substantivo islame, variante menos usada de islão. Trata-se, contudo, de uma forma não consensual e mesmo polémica, tanto em relação ao uso, quanto em relação ao significado, e são poucos os dicionários de língua portuguesa que a registam.

A forma registada pela maioria dos dicionários de português é islamita, palavra derivada da aposição do sufixo -ita (que exprime a noção de origem ou naturalidade) ao substantivo islame. Esta palavra tem no seu significado uma relação com islamismo, que nos dicionários de português é frequentemente sinónimo de islão ou religião islâmica.
É importante referir ainda que vários dicionários que não registam a forma islamista registam no entanto pan-islamista (é o caso, por exemplo, do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa [2001], do Dicionário Houaiss [2002], do Dicionário Aurélio [2010]), não havendo registo de pan-islamita. Fica clara neste derivado a relação -ismo/-ista que é polémica em islamismo/islamista.

Esta problemática não diz respeito apenas ao português, mas é transversal a outras línguas e as soluções lexicográficas encontradas nessas línguas também não são unânimes.

Em relação ao espanhol, veja-se, a título de exemplo a distinção feita no Diccionário de la Léngua Española, da Real Academia Española [consultas em 2015-12-03], entre islamita (muçulmano) e islamista (pertencente ou relativo ao integrismo muçulmano); deve registar-se ainda que islamismo tem a definição relativa apenas ao conjunto de crenças e preceitos morais que constituem a religião de Maomé. O Diccionario de uso del español de América y España (Barcelona: SPES EDITORIAL, 2003 [CD-ROM]) só regista islamita (que professa o islamismo) e islamismo (islão).

Relativamente ao francês, no Trésor de la Langue Française informatisé [consultas em 2015-12-03] apenas surge como entrada o verbete islamite (que é da religião ou civilização islâmica), sendo a forma islamiste indicada como variante. Já Le CD-ROM du Petit Robert (versão 2.1, Dictionnaires Le Robert / VUEF, 2001) regista somente a entrada islamiste, que define apenas como relativo ao islamismo, sendo islamisme quer a religião muçulmana, quer o movimento político e religioso que preconiza a expansão do ou o respeito pelo islão.

Como exemplo para o italiano, o Dizionario Garzanti Linguistica [consultas em 2015-12-03] mostra-nos uma definição de islamista relativa ao islão ou ao islamismo e regista ainda as acepções de estudioso do islamismo ou de assuntos islâmicos e de seguidor ou defensor do islamismo, em particular seguidor do islão tendente ao fundamentalismo. Em islamita, este dicionário apresenta a definição de que ou quem é seguidor do islamismo.

Nos dicionários de língua inglesa será porventura mais fácil encontrar exemplos do registo das formas equivalentes em inglês para islamista, islamita e islamismo com relação com o fundamentalismo islâmico ou, simultaneamente, com o fundamentalismo islâmico e com a religião islâmica, mas raramente se encontra apenas a relação com a religião islâmica [consultas em 2015-12-03]. Veja-se, por exemplo, que islamism aparece registado apenas como movimento fundamentalista islâmico (ver Oxford Dictionaries ou Collins English Dictionary) ou, simultaneamente, como fundamentalismo islâmico e como a religião islâmica (ver The American Heritage ou Merriam-Webster's Online Dictionary).

Os dicionários veiculam frequentemente informações relativas ao uso das palavras, por vezes baseadas em critérios estatísticos (que é cada vez mais o caminho da lexicografia contemporânea), outras vezes baseadas no conhecimento linguístico dos lexicógrafos ou numa combinação de ambos. Como na maioria das questões linguísticas, o problema não se esgota aqui e inclui outras variáveis que têm de ser analisadas ou pelo menos ponderadas para explicar a falta de unanimidade. Neste campo, as respostas peremptórias são normalmente redutoras.

Estudiosos, jornalistas e investigadores de assuntos relacionados com o Islão vêm estabelecendo uma distinção entre islamitas (crentes muçulmanos) e islamistas (integristas ou fundamentalistas muçulmanos) e ainda entre islão (religião e fé) e islamismo (ideologia ou activismo político). Esta distinção, que poderá ter a função de estabelecer conceitos operatórios, tem vingado na comunicação social e na literatura especializada, onde a forma islamista tem curso e grande número de ocorrências.

Seria menos polémico utilizar locuções explicativas como "fundamentalista islâmico", "extremista islâmico", "radical muçulmano" ou semelhantes, em vez de islamista ou islamita, mas é claro que se trata sempre de uma opção do utilizador da língua ou, no caso de órgãos de imprensa ou agências noticiosas, de opções editoriais ou de estilo. Em muitos casos, trata-se ainda da utilização de palavras próximas das formas utilizadas pelas agências noticiosas estrangeiras, nomeadamente em língua inglesa ou francesa.





O que é que "tôu" significa? Aqui está a referência em Português, de uma canção de Ed Motta, famoso cantador brasileiro: "Tôu com alguém que me tirou do normal".
O verbo estar é por vezes usado oralmente em contextos informais na sua forma aferética tar, com supressão da sílaba inicial es- (ex.: Eu [es]tou com fome; Ela [es] atrasada; Nós [es]tamos sem paciência; Eles [es]tão muito animados). A forma aferética da primeira pessoa do singular do presente do indicativo (tou) pode também ser transcrita informalmente como , dado ser uma grafia mais económica que reproduz o mesmo som.

A grafia tôu, que menciona na sua dúvida, resulta provavelmente da confusão das duas grafias anteriores e não deverá ser usada porque não respeita as regras de acentuação do português.

Sublinhe-se que em contextos não informais estas formas reduzidas deverão ser evitadas.