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falha

A forma falhapode ser [feminino singular de falhofalho], [segunda pessoa singular do imperativo de falharfalhar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de falharfalhar], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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falhafalha
( fa·lha

fa·lha

)


nome feminino

1. Fragmento de um material. = LASCA

2. Fractura numa superfície. = EIVA, FENDA, RACHA

3. Falta de perfeição física ou moral. = DEFEITO, IMPERFEIÇÃO

4. Omissão; quebra.

5. Falta no peso ou na medida.

6. [Informal] [Informal] Desequilíbrio mental. = BOLHA, MANIA, PANCADA

7. [Geologia] [Geologia] Quebra de camadas geológicas acompanhada de uma desnivelação tectónica dos blocos separados.

8. [Brasil] [Brasil] Interrupção casual de uma viagem.

falhas


nome feminino plural

9. Colectas que não se cobram por serem insolventes os colectados.

10. Quebras por engano, em operações de tesouraria.

11. Dízimos, miúças.

12. Percentagem que se abona a alguém que tem responsabilidades pecuniárias, para o indemnizar dos pequenos prejuízos ou quebras inerentes a múltiplos e constantes pagamentos.

13. [Gíria] [Gíria] Cartas de jogar.


dar falha

Ser indulgente para com. = DESCULPAR

dia de falha

Dia em que não se faz o trabalho habitual.

etimologiaOrigem etimológica:francês faille, do latim *fallia.

iconeConfrontar: filha, folha, fulha.
falharfalhar
( fa·lhar

fa·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer falhas em; rachar, fender.

2. Não acertar em.

3. Não despedir ou não atirar convenientemente.

4. Não se aproveitar a tempo; perder.


verbo intransitivo

5. Rachar-se, fender-se.

6. Não produzir o efeito desejado.

7. Gorar.

8. Errar, não acertar no alvo.

9. Negar fogo.

10. Dar em falso.

11. Não se realizar.

12. Faltar; ter quebra (no peso ou na medida).

falhofalho
( fa·lho

fa·lho

)


adjectivoadjetivo

1. Que tem falha, fenda (ex.: terrina falha). = FALHADO, FENDIDO

2. Que tem falta de alguma coisa (ex.: falho de encomendas; falhos de coragem). = FALTO, CARECIDO

4. [Jogos] [Jogos] Que tem poucas cartas de um naipe (ex.: falho em ouros).

5. [Numismática] [Numismática] Que não tem o peso legal (ex.: moedas falhas).

falhafalha

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.