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próprios

A forma própriospode ser[adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino], [adjectivoadjetivo], [determinante demonstrativo], [nome masculino plural], [nome masculino] ou [pronome demonstrativo].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
própriopróprio
( pró·pri·o

pró·pri·o

)


adjectivoadjetivo

1. Que pertence exclusivamente a alguém (ex.: casa própria; tem carro próprio?).

2. Que é característica ou atributo de algo ou alguém (ex.: isso é próprio de uma pessoa educada; tem uma maneira muito própria de reagir). = CARACTERÍSTICO, ESPECÍFICO, INERENTE, PARTICULAR, PECULIARINDIFERENCIADO

3. Que mais se adequa ou convém ao fim a que se destina. = ADEQUADO, APROPRIADO, CONVENIENTE, INDICADODESADEQUADO, DESAPROPRIADO, IMPRÓPRIO

4. Que cita ou refere com fidelidade ou exactidão (ex.: usou as próprias palavras do político). = EXACTO, TEXTUAL

5. [Gramática] [Gramática] Primitivo e natural, não figurado nem translato (ex.: sentido próprio).

6. [Gramática] [Gramática] Diz-se de nome que designa um indivíduo ou uma entidade única e específica e que é geralmente escrito com inicial maiúscula, por oposição a comum.


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

7. Que ou quem faz algo sem ser através de outro ou outros (ex.: o próprio presidente respondeu à carta; foi a própria gerente que os veio atender; aqui fala a própria; a encomenda tem de ser entregue em mãos ao próprio).


nome masculino

8. Qualidade peculiar; carácter ou sinal característico. = ESPECIFICIDADE

9. Aquele que é portador de uma mensagem. = ARAUTO, MENSAGEIRO


determinante demonstrativo

10. Usa-se após pronome pessoal ou outras formas de tratamento de modo enfático (ex.: nós próprios temos responsabilidade; tens de fazer essa pergunta a ti próprio). = MESMO

11. Usa-se antes de um nome para enfatizar (ex.: conseguimos fazer tudo apenas com os nossos próprios recursos; o próprio problema inicial já parece irrelevante; vi com os meus próprios olhos).


pronome demonstrativo

12. Pessoa que já foi mencionada anteriormente (ex.: o homem provocou o incêndio e foi o próprio que alertou os bombeiros). = MESMO

próprios


nome masculino plural

13. [Direito] [Direito] Conjunto de bens pertencentes ao Estado ou a uma entidade pública (ex.: próprios nacionais).


à própria

Propriamente; à justa.

mais à própria

Para melhor dizer.

etimologiaOrigem etimológica:latim proprius, -a, -um.

Auxiliares de tradução

Traduzir "próprios" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



A palavra seje existe? Tenho um colega que diz que esta palavra pode ser usada na nossa língua.
Eu disse para ele que esta palavra não existe. Estou certo ou errado?
A palavra seje não existe. Ela é erradamente utilizada em vez de seja, a forma correcta do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do verbo ser. Frases como “Seje bem-vindo!”, “Seje feita a sua vontade.” ou “Por favor, seje sincero.” são cada vez mais frequentes, apesar de erradas (o correcto é: “Seja bem-vindo!”, “Seja feita a sua vontade.” e “Por favor, seja sincero.”). A ocorrência regular de seje pode dever-se a influências de falares mais regionais ou populares, ou até mesmo a alguma desatenção por parte do falante, mas não deixa de ser um erro.



Seria possível esclarecerem-me quanto à seguinte dúvida? Diz-se impresso / imprimido? E morto / morrido / matado?
Sei que só se pode usar cada uma das conjugações com uma forma dos verbos ser / estar / ter (este último não tenho a certeza). Com quais formas posso usar? Qual a regra gramatical?
Apesar de desconhecida por grande parte dos falantes, existe uma regra da gramática tradicional que estipula que os particípios irregulares (ex.: impresso, morto, pago, salvo) devem ser utilizados com os verbos ser e estar (ex.: o documento foi impresso e ele foi morto) e os regulares (geralmente terminados em -ado ou -ido) com os verbos ter e haver (ex.: ela tinha imprimido o documento e ele disse que tinha matado o coelho). Citando Lindley Cintra e Celso Cunha, “de regra, a forma regular emprega-se na constituição dos tempos compostos da VOZ ACTIVA, isto é, acompanhada dos auxiliares ter ou haver; a irregular usa-se, de preferência, na formação dos tempos da VOZ PASSIVA, ou seja acompanhada do auxiliar ser.” *

No entanto, verifica-se uma tendência para o uso exclusivo de uma das formas do particípio, como é o caso de pago, ganho, gasto e entregue, que se utilizam com qualquer um dos verbos auxiliares, em detrimento da existência de formas participiais regulares (ex.: tinha entregue a encomenda, eles têm gasto muito dinheiro, etc.).

Existe uma falta de concordância entre obras lexicográficas no que diz respeito a esta questão. Se há autores que registam certos verbos como detentores de duplos particípios, outros, para os mesmos verbos, registam apenas as formas regulares. É o caso, por exemplo, de exaurir. Alguns autores referem exausto e exaurido como particípio de exaurir, mas outros registam apenas a segunda forma.

No que diz respeito aos particípios morto, morrido e matado, estes não são todos referentes ao mesmo verbo. Morto e matado são particípios de matar (ex.: ele foi morto pelo exército inimigo e ela tinha matado a mosca); morrido é particípio de morrer (ex.: tinha morrido há mais de dois anos).

* Cunha, Celso, Lindley Cintra, Nova Gramática do Português, 14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 441. A regra prevê, no entanto, excepções, como no caso do verbo imprimir: “Imprimir possui duplo particípio quando significa «estampar», «gravar». Na acepção de «produzir movimento», «infundir», usa-se apenas o particípio em -ido. Dir-se-á, por exemplo: Este livro foi impresso em Portugal. Mas, por outro lado: Foi imprimida enorme velocidade ao carro." (Celso Cunha & Lindley Cintra, Op. cit., p. 442).