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mazitas

A forma mazitasé [derivação feminino plural de maumau].

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maumau


adjectivoadjetivo

1. De qualidade fraca ou insuficiente (ex.: mau texto).BOM

2. Que não presta; que não serve para a sua função ou propósito (ex.: má qualidade).BOM

3. Que não cumpre os seus deveres ou não desempenha bem as suas funções (ex.: actriz; mau funcionário).BOM, COMPETENTE, CUMPRIDOR

4. Que demonstra inabilidade ou incapacidade na realização de alguma coisa (ex.: ele é mau a fazer bolos, mas os salgados são deliciosos). = DESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBILBOM, HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRO

5. Que tem defeito ou apresenta falhas. = DEFEITUOSO, DEFICIENTE, MALFEITOBOM, PERFEITO

6. Que é ética ou moralmente pouco correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: ele não é má pessoa; mau carácter). = RELES, VILBOM

7. Que apresenta estado desfavorável (ex.: o avião não pode aterrar devido às más condições atmosféricas).BOM

8. Que traz prejuízos ou desvantagens (ex.: fumar é mau para a saúde; a compra de acções foi um mau investimento). = DANOSO, PREJUDICIALBENÉFICO, BOM, VANTAJOSO

9. Que tem consequências muito negativas (ex.: má experiência; mau resultado). = DESASTROSO, FUNESTO, NOCIVOBOM, FAVORÁVEL

10. Que apresenta dificuldades ou obstáculos (ex.: o caminho é mau, mas vale a pena). = DIFÍCILFÁCIL

11. Que foi pouco produtivo ou pouco rentável (ex.: má safra; o balancete apresenta um ano mau).BOM

12. Que se caracteriza pela indelicadeza ou rispidez (ex.: ela tem mau feitio; hoje está de mau humor).AFÁVEL, BOM, CORTÊS

13. Que não agrada aos sentidos (ex.: mau cheiro; mau sabor).BOM


nome masculino

14. Conjunto de coisas, qualidades ou acontecimentos considerados negativos ou prejudiciais. = MAL

15. Pessoa mal-intencionada ou que se considera ter uma postura moral incorrecta (ex.: considerou maniqueísta tentar distinguir os bons e os maus).BOM

16. Pessoa que pouco valor em alguma coisa ou que tem um desempenho sem qualidade em determinada actividade (ex.: a tarefa permitiu excluir os maus).BOM

17. Aquilo que tem qualidades negativas; lado negativo de alguma coisa (ex.: ele só consegue ver o mau deste acontecimento).BOM


interjeição

18. Expressão designativa de reprovação ou de desgosto.

vistoSuperlativo: malíssimo ou péssimo.
etimologiaOrigem etimológica:latim malus, -a, -um.
iconSuperlativo: malíssimo ou péssimo.
Confrontar: mal.
mazitasmazitas

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Qual a diferença entre canhoto e esquerdino?
As palavras esquerdino e canhoto são sinónimas na acepção “que usa habitual ou preferencialmente a mão ou o pé esquerdo”.



Eu sou intercambista australiano no Brasil e estou mandando esse email para saber um pouco das diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil. Por exemplo, vocês aí falam você ou tu? Eu só quero saber sobre algumas diferenças assim.
Comecemos pela questão das formas de tratamento você e tu: em Portugal, você é usado como tratamento entre pessoas de mesmo nível, ou de superior para inferior. Recentemente, você também vem sendo usado como forma familiar de tratamento, uso considerado fino e, por vezes, afectado. Tu é a forma familiar de tratamento generalizada em Portugal.

Quanto às diferenças entre as variedades do português de Portugal (PT) e do português do Brasil (PB), elas são muitas e variadas. Eis apenas algumas:

Nível ortográfico
- supressão de consoantes mudas (as que não são pronunciadas) no português do Brasil: fator, ótimo (PB) / factor, óptimo (PT) [algumas destas diferenças são anuladas pelo Acordo Ortográfico de 1990];
- uso do trema no português do Brasil, sinal abolido em Portugal desde 1946, sobre o u de -qu- e -gu-, antes de e ou i, quando o u é pronunciado: agüentar, antiqüíssimo (PB) / aguentar, antiquíssimo (PT) [diferença anulada pelo Acordo Ortográfico de 1990];
- em palavras esdrúxulas e algumas graves (terminadas em -n, -r, -s ou -x), antes de -m- ou -n-, as vogais -e- e -o- são acentuadas de forma diferente nas duas variedades, o que reflecte pronúncias diversas: quilômetro, gêmeo, tênis, ônix (PB) / quilómetro, gémeo, ténis, ónix (PT);
- diferente acentuação também nas terminações -eica e -oo assembléia, vôo (PB) / assembleia, voo (PT) [diferença anulada pelo Acordo Ortográfico de 1990] –, bem como em alguns aportuguesamentos – caratê, sumô (PB) / caraté, sumo (PT).
O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa regista muitas destas variantes ortográficas.

Nível fonético
A diferença mais audível entre as duas variantes é a qualidade das vogais, que são geralmente mais elevadas e fechadas no português de Portugal quando não são tónicas – por exemplo, coluna lê-se c[ó]lun[á] (PB) / c[u]lun[a] (PT). Há ainda pronúncias tipicamente brasileiras que introduzem o som [i] entre duas consoantes – por exemplo, captura e pneu lêem-se cap[i]tura e p[i]neu (PB) / ca[pt]ura, [pn]eu (PT).

Nível morfológico
No português de Portugal o uso de contracções é mais frequente do que no português do Brasil: “O artigo foi publicado em um jornal” (PB) / “O artigo foi publicado num jornal” (PT).

Nível sintáctico
- o uso do gerúndio é preferencial no português do Brasil: “Ele está escrevendo um romance” (PB) / “Ele está a escrever um romance” (PT);
- a utilização de artigo antes de pronome possessivo é preferencial no português de Portugal: “Vendi meu carro.” (PB) / “Vendi o meu carro.” (PT);
- os clíticos no português do Brasil ocorrem preferencialmente antes do verbo e não depois, como é mais comum no português de Portugal: “Ele se sentiu mal após o almoço” (PB) / “Ele sentiu-se mal após o almoço” (PT).

Nível semântico e lexical
As diferenças a este nível são inúmeras, seja pela influência das línguas indígenas, que estão na origem de muitos brasileirismos (ex.: guri, mingau), seja pelo diferente uso das mesmas palavras (ex: banheiro, no Brasil, significa wc e, em Portugal, significa salva-vidas).

Bibliografia útil:

Mateus, Maria Helena Mira, “Português europeu e português brasileiro: duas variedades nacionais da língua portuguesa” in Maria Helena Mira Mateus et alii, (orgs.), (2003), Gramática da Língua Portuguesa, 5.ª ed., Lisboa: Caminho, pp. 45-51.
Teyssier, Paul, Manual de Língua Portuguesa (Portugal-Brasil), Coimbra: Coimbra Editora, 1989.
Villar, Mauro, Dicionário Contrastivo Luso-Brasileiro, Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1989.