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aterrar

A forma aterrarpode ser[verbo intransitivo], [verbo pronominal], [verbo transitivo e intransitivo], [verbo transitivo, intransitivo e pronominal] ou [verbo transitivo].

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aterrar1aterrar1
( a·ter·rar

a·ter·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cobrir ou encher de terra (ex.: aterrar uma cisterna).

2. Pôr um terreno em nível, enchendo de terra as depressões (ex.: aterrar um campo em declive).

3. Formar aterro em.

4. [Electricidade] [Eletricidade] [Eletricidade] Ligar um circuito ou dispositivo eléctrico à terra (ex.: aterrar um fio).


verbo transitivo e intransitivo

5. [Aeronáutica] [Aeronáutica] Descer do ar para terra firme ou superfície sólida semelhante (ex.: os ventos cruzados não impediram o piloto de aterrar o helicóptero; aterraremos em Lisboa dentro de alguns minutos). = POUSARDESCOLAR, LEVANTAR

6. Deitar ou cair por terra. = ARRASAR, DERRIBAR, SOÇOBRAR


verbo pronominal

8. Afundar-se na terra. = ENTERRAR-SE

9. Esconder-se debaixo do chão (ex.: a lebre aterrou-se). = ENTOCAR-SE


verbo intransitivo

10. [Informal] [Informal] Adormecer, geralmente de modo rápido (ex.: chegou tão cansado que aterrou logo depois do jantar). = APAGAR

11. [Marinha] [Marinha] Chegar, uma embarcação, a terra.

etimologiaOrigem etimológica: a- + terra + -ar.
aterrar2aterrar2
( a·ter·rar

a·ter·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

Causar ou sentir terror (ex.: o estrondo aterrou as crianças; tanta violência aterra; tudo me aterrava). = ASSUSTAR, ATERRORIZAR, TERRORIZARACALMAR, TRANQUILIZAR

etimologiaOrigem etimológica: a- + latim terreo, -ere, aterrorizar.
aterraraterrar

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Ouve-se em certos telejornais expressões como a cujo ou em cujo; contudo gostaria de saber se gramaticalmente a palavra cujo pode ser antecedida de preposição.
O uso do pronome relativo cujo, equivalente à expressão do qual, pode ser antecedido de preposição em contextos que o justifiquem, nomeadamente quando a regência de alguma palavra ou locução a tal obrigue. Nas frases abaixo podemos verificar que o pronome está correctamente empregue antecedido de várias preposições (e não apenas a ou em) seleccionadas por determinadas palavras (nos exemplos de 1 e 2) ou na construção de adjuntos adverbiais (nos exemplos de 3 e 4):

1) O aluno faltou a alguns exames. O aluno reprovou nas disciplinas a cujo exame faltou. (=O aluno reprovou nas disciplinas ao exame das quais faltou);
2) Não haverá recurso da decisão. Os casos serão julgados pelo tribunal, de cuja decisão não haverá recurso. (=Os casos serão julgados pelo tribunal, dadecisão do qual não haverá recurso);
4) Houve danos em algumas casas. Os moradores em cujas casas houve danos foram indemnizados. (=Os moradores nas casas dos quais houve danos foram indemnizados);
5) Exige-se grande responsabilidade para o exercício desta profissão. Esta é uma profissão para cujo exercício se exige grande responsabilidade. (=Esta é uma profissão para o exercício da qual se exige grande responsabilidade).




No Presente do Indicativo do verbo sair, qual a razão por que a 3ª pessoa do plural não acompanha a raiz do verbo? Porque é saem e não saiem?
O verbo sair é um verbo parcialmente irregular, devido ao hiato (encontro de vogais que não formam ditongo; no caso de sair, -ai-) no infinitivo, decorrente da evolução da palavra ao longo da história da língua (lat. salire > sa(l)ir(e) > port. sair). Como este verbo conjugam-se outros que apresentam o mesmo hiato, como cair (lat. cadere > ca(d)er(e) > port. cair) ou trair (lat. tradere > tra(d)er(e) > port. trair), e derivados.
Por comparação com um verbo regular da terceira conjugação, como partir, é possível verificar as pequenas irregularidades:
a) Normalmente o radical de um verbo corresponde à forma do infinitivo sem a terminação -ar, -er ou -ir que identifica o verbo como sendo, respectivamente, da primeira, segunda ou terceira conjugações; no caso do verbo partir será part-, no caso de sair o regular seria sa-, mas há formas em que é sai-, como se pode ver na alínea seguinte.
b) Um verbo regular conjuga-se adicionando ao radical as desinências de pessoa, número, modo e tempo verbal. Por exemplo, as desinências do futuro do indicativo (-irei, -irás, -irá, -iremos, -ireis, -irão) juntam-se aos radicais regulares para formar partirei, partirás, etc. ou sairei, sairás, etc. No caso do presente do indicativo, esta regularidade é alterada em verbos como sair, só sendo regulares as formas que têm o radical sa- seguido das desinências (saímos, saís, saem); as outras formas do presente do indicativo (saio, sais, sai) e todo o presente do conjuntivo (saia, saias, saiamos, saiais, saiam) formam-se a partir do radical sai-.
c) A estas irregularidades junta-se a adequação ortográfica necessária, através de acento gráfico agudo, para manter o hiato do infinitivo em outras formas verbais (ex.: saísse/partisse; saíra/partira).

Muitos verbos que apresentam hiatos nas suas terminações do infinitivo têm geralmente particularidades (principalmente no presente do indicativo) que os tornam parcialmente irregulares (vejam-se, por exemplo, as conjugações de construir ou moer).

Respondendo directamente à questão colocada, saem não tem i por ser uma forma que retoma o radical regular sa- e não o radical sai-, como em formas como saio, sais, saia ou saiamos.