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vale

A forma valepode ser [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de valarvalar], [segunda pessoa singular do imperativo de valervaler], [terceira pessoa singular do imperativo de valarvalar], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de valarvalar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de valervaler], [interjeição] ou [nome masculino].

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vale1vale1
( va·le

va·le

)


nome masculino

1. Espaço entre duas montanhas.

2. Planície, no sopé de um monte ou à beira de um rio.

3. Talvegue.

4. Bacia de um curso de água.

5. Ordem de pagamento, feita pelo proprietário de fundos àquele que é depositário desses fundos.

6. Espécie de letra ou ordem, para transferência de fundos entre particulares, por intermédio do correio.


vale da dorna

O que vai e não torna.

vale de lágrimas

O mundo, a vida presente.

vale do correio

Vale postal.

vale2vale2
|uálè| ou |válè|


interjeição

Fórmula de despedida para dizer adeus com desejo de saúde a uma pessoa.

etimologiaOrigem etimológica:palavra latina que significa "adeus, passa bem".
valervaler
|ê| |ê|
( va·ler

va·ler

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Ter o valor de. = CUSTAR

2. Ser equivalente a. = EQUIVALER

3. Representar o valor de.

4. Ser digno de. = MERECER

5. Ser a causa de (algo); ter (algo) como consequência. = ACARRETAR, CAUSAR, PROPORCIONAR


verbo intransitivo

6. Ser de certo valor, ter certo valor.

7. Ser útil. = AUXILIAR, SERVIR

8. Ter valimento para com, ser atendido por.

9. Ter estimação, ser estimado.

10. Ter força.

11. Ser válido, ter validade. = VIGORAR

12. Mostrar-se apto ou capaz.


verbo pronominal

13. Servir-se, aproveitar-se, utilizar-se.


a valer

A sério (ex.: o primeiro jogo foi um ensaio, agora é mesmo a valer).

Em grande quantidade ou com grande intensidade (ex.: a conversa azedou e houve pancadaria a valer; divertiram-se a valer; rir a valer). = MUITO

etimologiaOrigem etimológica:latim valeo, -ere, ser forte, ser vigoroso, ter saúde.
valarvalar
( va·lar

va·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Abrir valas em.

2. Cercar com valas.

3. [Figurado] [Figurado] Murar; defender.


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

4. Relativo a vala ou cerca.

valevale

Auxiliares de tradução

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Recentemente encontrei uma palavra escrita de duas maneiras diferentes, ambas referentes a um mamífero conhecido: ouriço-cacheiro e ouriço-caixeiro. Gostaria de saber se está correcto utilizar ambas as representações.
A forma correcta é ouriço-cacheiro, uma vez que esta é a designação de várias espécies de pequenos mamíferos que se enrolam quando pressentem perigo, escondendo-se sob os espinhos. A palavra é composta por justaposição do substantivo ouriço e do adjectivo cacheiro, que significa "que se esconde". A forma *ouriço-caixeiro é incorrecta, como indica o asterisco, e resulta da confusão entre as palavras parónimas (têm pronúncia e grafia semelhantes) cacheiro e caixeiro, sendo esta última um substantivo que designa geralmente uma pessoa que efectua vendas ao público ou uma pessoa que fabrica caixas ou que trabalha com elas.



Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.