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avessamente

A forma avessamentepode ser [derivação de avessoavesso] ou [advérbio].

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avessamenteavessamente
( a·ves·sa·men·te

a·ves·sa·men·te

)


advérbio

De modo avesso.

etimologiaOrigem etimológica:avesso + -mente.
avessoavesso
|ê| |ê|
( a·ves·so

a·ves·so

)


adjectivoadjetivo

1. Que é contra ou que discorda. = AVERSO, CONTRÁRIO, HOSTILFAVORÁVEL

2. Oposto ao que deve ser.

3. Mau.


nome masculino

4. Lado oposto ao dianteiro ou ao principal. = CONTRÁRIO, ENVESSO, REVERSO

5. O que tem sentimentos diferentes de outrem.

6. Aquilo que tem ou mostra a maior diferença possível em relação a outra coisa. = CONTRÁRIO, INVÉS, OPOSTO, REVERSO

7. Lado mau.


nome feminino

8. [Portugal] [Portugal] [Viticultura] [Viticultura] Casta de uva branca cultivada na região portuguesa do Douro.


do avesso

Com o lado destinado ao interior virado para fora (ex.: vestiu a camisola do avesso). = AO CONTRÁRIO

Em estado de grande confusão ou alteração (ex.: a casa ficou do avesso; ele está completamente do avesso).

etimologiaOrigem etimológica:latim aversus, -a, -um, particípio passado de averto, -ere, afastar, remover, tirar, roubar.


Dúvidas linguísticas



A utilização da expressão à séria nunca foi tão utilizada. Quanto a mim esta expressão não faz qualquer sentido. Porque não utiliz am a expressão a sério?
A locução à séria segue a construção de outras tantas que são comuns na nossa língua (junção da contracção à com uma substantivação feminina de um adjectivo, formando locuções com valor adverbial): à antiga, à portuguesa, à muda, à moderna, à ligeira, à larga, à justa, à doida, etc.

Assim, a co-ocorrência de ambas as locuções pode ser pacífica, partindo do princípio que à séria se usará num contexto mais informal que a sério, que continua a ser a única das duas que se encontra dicionarizada. Bastará fazer uma pesquisa num motor de busca na internet para se aferir que à séria é comummente utilizada em textos de carácter mais informal ou cujo destinatário é um público jovem; a sério continua a ser a que apresenta mais ocorrências (num rácio de 566 para 31800!).




Gostaria de saber qual destas frases está correcta e porquê: a) Se eu fosse rico, ofereceria-lhe... b) Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...
Quando utiliza um pronome clítico (ex.: o, lo, me, nos) com um verbo no futuro do indicativo (ex. oferecer-lhe-ei) ou no condicional, também chamado futuro do pretérito, (ex.: oferecer-lhe-ia), deverá fazer a mesóclise, isto é, colocar o pronome clítico entre o radical do verbo (ex.: oferecer) e a terminação que indica o tempo verbal e a pessoa gramatical (ex.: -ei ou -ia). Assim sendo, a frase correcta será Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...

Esta colocação dos pronomes clíticos é aparentemente estranha em relação aos outros tempos verbais, mas deriva de uma evolução histórica na língua portuguesa a partir do latim vulgar. As formas do futuro do indicativo (ex.: oferecerei) derivam de um tempo verbal composto do infinitivo do verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do presente do verbo haver (ex.: hei), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hei. Se houvesse necessidade de inserir um pronome, ele seria inserido a seguir ao verbo principal (ex.: oferecer lhe hei). Com as formas do condicional (ex. ofereceria), o caso é semelhante, com o verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do imperfeito do verbo haver (ex.: hia < havia), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hia e, com pronome, a oferecer lhe hia.

É de notar que a reflexão acima não se aplica se houver alguma palavra ou partícula que provoque a próclise do clítico, isto é, a sua colocação antes do verbo (ex.: Jamais lhe ofereceria flores. Sei que lhe ofereceria flores).