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assentavas

A forma assentavasé [segunda pessoa singular do pretérito imperfeito do indicativo de assentarassentar].

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assentarassentar
( as·sen·tar

as·sen·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:abundante.


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

1. [Informal] [Informal] Colocar(-se) sobre um assento. = SENTAR


verbo transitivo

2. Colocar sobre uma base. = APOIAR, FIRMAR, FIXAR

3. Ajustar ou dispor convenientemente (peças de máquina, etc.).

4. Tomar nota por escrito (ex.: assentou o número). = ANOTAR, APONTAR, REGISTAR

5. Definir as condições de alguma coisa. = ACERTAR, ACORDAR, COMBINAR, ESTABELECER

6. Determinar, resolver.

7. Ter como base ou fundamento (ex.: a ideia assenta em pressupostos errados).

8. Fixar-se em determinado sítio.

9. [Construção] [Construção] Colocar peças de um material de construção, geralmente com cimento, cola ou outro material aglutinante (ex.: assentar o soalho; assentar tijolos).

10. [Informal] [Informal] Aplicar sobre uma superfície (ex.: assentar verniz).

11. Fazer pressão para diminuir o volume de (ex.: assentar as costuras).

12. [Tipografia] [Tipografia] Bater para nivelar (ex.: assentar os caracteres).

13. [Informal] [Informal] Aplicar como pancada (ex.: assentou-lhe um bofetão). = DAR, PREGAR

14. Afiar e amaciar (o fio de uma lâmina), geralmente com o assentador.


verbo transitivo e intransitivo

15. Ficar justo, amoldar-se ao corpo (ex.: o vestido assenta maravilhosamente).

16. Ser apropriado. = CONDIZER, CONVIR


verbo intransitivo

17. Depositar-se sobre uma superfície ou no fundo de um recipiente (ex.: a borra assenta no decantador). = POUSAR

18. Ficar mais baixo (ex.: o cabelo assentou). = DESCAIR

19. Ganhar juízo ou maturidade (ex.: só assentou quando chegou aos 40 anos).

20. Cessar de ser estroina ou desaplicado. = ACALMAR, SERENAR, SOSSEGAR


verbo pronominal

21. Inscrever-se, alistar-se.

etimologiaOrigem etimológica:a- + sentar.
Confrontar: assentir.

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Dúvidas linguísticas



Nota-se hoje alguma tendência para se inutilizar as regras do discurso indirecto. Nos textos jornalísticos sobretudo, hoje quase que ninguém mais respeita os comandos gramáticos regedores do discurso indirecto. Muitos inclusive argumentam tratar-se de normas "ultrapassadas". Daí vermos frequentemente frases do tipo O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos/irá cumprir, ao invés de ia/iria cumprir, como manda a Gramática conhecida até hoje. De que lado estará então a correcção? Ou seja, as normas do discurso indirecto enunciadas nas diferentes gramáticas ainda valem ou deixaram de valer?
As chamadas regras para transformar o discurso directo em discurso indirecto mantêm-se, e têm na Nova Gramática do Português Contemporâneo (14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, pp. 629-637) uma sistematização bastante completa.
No entanto, o discurso indirecto livre parece estar a ser cada vez mais usado na imprensa, consciente ou inconscientemente.

Esta forma de discurso é muito usada na oralidade e em textos literários que pretendem diminuir a distância entre o narrador e o discurso relatado e tem como característica exactamente a fusão do discurso directo com o discurso indirecto.
Disso é exemplo a frase apontada (O ministro X prometeu que o seu governo vai/irá cumprir os prazos), em que o início tem claramente características de discurso indirecto, como o enunciado na 3.ª pessoa (O ministro X prometeu) ou a oração subordinada integrante dependente de um verbo que indica declaração ou afirmação (prometeu que), e a segunda parte tem claramente características de discurso directo, como o tempo verbal no presente ou no futuro (o seu governo vai/irá cumprir) em vez de no pretérito imperfeito ou no condicional, como seria normal no discurso indirecto (o seu governo ia/iria cumprir).

Para melhor exemplificar a noção de discurso indirecto livre, por contraste com o discurso directo e com o discurso indirecto, colocamos as três frases a seguir.

Discurso directo: O meu governo vai cumprir os prazos.
Discurso indirecto: O ministro X prometeu que o seu governo ia cumprir os prazos.
Discurso indirecto livre: O ministro X prometeu que o seu governo vai cumprir os prazos.




Gostaria de saber qual destas frases está correcta e porquê: a) Se eu fosse rico, ofereceria-lhe... b) Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...
Quando utiliza um pronome clítico (ex.: o, lo, me, nos) com um verbo no futuro do indicativo (ex. oferecer-lhe-ei) ou no condicional, também chamado futuro do pretérito, (ex.: oferecer-lhe-ia), deverá fazer a mesóclise, isto é, colocar o pronome clítico entre o radical do verbo (ex.: oferecer) e a terminação que indica o tempo verbal e a pessoa gramatical (ex.: -ei ou -ia). Assim sendo, a frase correcta será Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...

Esta colocação dos pronomes clíticos é aparentemente estranha em relação aos outros tempos verbais, mas deriva de uma evolução histórica na língua portuguesa a partir do latim vulgar. As formas do futuro do indicativo (ex.: oferecerei) derivam de um tempo verbal composto do infinitivo do verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do presente do verbo haver (ex.: hei), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hei. Se houvesse necessidade de inserir um pronome, ele seria inserido a seguir ao verbo principal (ex.: oferecer lhe hei). Com as formas do condicional (ex. ofereceria), o caso é semelhante, com o verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do imperfeito do verbo haver (ex.: hia < havia), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hia e, com pronome, a oferecer lhe hia.

É de notar que a reflexão acima não se aplica se houver alguma palavra ou partícula que provoque a próclise do clítico, isto é, a sua colocação antes do verbo (ex.: Jamais lhe ofereceria flores. Sei que lhe ofereceria flores).