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especiais

A forma especiaisé [masculino e feminino plural de especialespecial].

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especialespecial
( es·pe·ci·al

es·pe·ci·al

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Relativo a espécie. = ESPECÍFICOGENÉRICO

2. Que é relativo a uma coisa ou pessoa em particular (ex.: ia fazer um bolo especial para ele). = INDIVIDUAL, PARTICULARGERAL

3. Que está reservado para determinada pessoa ou grupo de pessoas (ex.: a empresa tem um carro especial). = PESSOAL, PRIVATIVOGERAL, PÚBLICO

4. Destinado a um fim ou uso particular (ex.: creme especial para pele seca). = ESPECÍFICOGENÉRICO

5. Que tem características muito específicas; que tem uma aplicação particular (ex.: as pessoas com deficiência motora têm necessidades especiais; educação especial para alunos com dificuldades de aprendizagem).GERAL

6. Que é fora do comum; que tem características que o tornam diferente do resto (ex.: ela é uma pessoa especial). = DISTINTO, EXTRAORDINÁRIO, INVULGAR, SINGULARBANAL, COMUM, VULGAR

7. Que tem um significado particular (ex.: é um sítio especial para ela).

8. Que oferece vantagens diferentes ou que não são comuns (ex.: fez um seguro especial).

9. Que se debruça sobre aspectos particulares de determinada área de conhecimento (ex.: botânica especial).GERAL


nome masculino

10. [Radiodifusão, Televisão] [Radiodifusão, Televisão] Programa que não faz parte da programação habitual (ex.: queria ver o especial de Natal).

11. [Brasil: Nordeste] [Brasil: Nordeste] Reprimenda; descompostura.ELOGIO, LOUVOR


em especial

Particularmente; principalmente.

etimologiaOrigem etimológica:latim specialis, -e.

vistoPlural: especiais.
iconPlural: especiais.
especiaisespeciais

Auxiliares de tradução

Traduzir "especiais" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.