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bolo

A forma bolopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de bolarbolar] ou [nome masculino].

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bolo1bolo1
|bô| |bô|
( bo·lo

bo·lo

)
Imagem

CulináriaCulinária

Massa à base de farinha, geralmente com ovos, açúcar e outros ingredientes, cozida numa forma.


nome masculino

1. [Culinária] [Culinária] Massa à base de farinha, geralmente com ovos, açúcar e outros ingredientes, cozida numa forma.Imagem

2. [Culinária] [Culinária] Massa salgada feita com ovos, farinha e outros ingredientes, geralmente frita em pequenas porções (ex.: bolos de bacalhau). = BOLINHO

3. [Jogos] [Jogos] Conjunto das apostas e outras entradas no jogo. = BOLADA, BOLÃO

4. Aquilo que se juntou com contributos de várias partes (ex.: dividiram o bolo das gorjetas).

5. [Portugal] [Portugal] [Religião] [Religião] Prestação anual que em certas freguesias se paga ao pároco.

6. Recompensa por uma vitória. = PRÉMIO

7. [Informal] [Informal] Palmatoada.

8. [Figurado] [Figurado] Bolada, sorte, pechincha.

9. [Farmácia] [Farmácia] Pílula de grande tamanho, geralmente de consistência pastosa. = BOLA, BÓLUS

10. Rodela no topo do pau da bandeira.

11. [Brasil] [Brasil] Acto ou dito para enganar. = BURLA, ENGANO, LOGRO

12. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ajuntamento de gente.

13. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Falta de organização ou de ordem. = CAOS, CONFUSÃO, DESORDEM


bolo alimentar

[Fisiologia] [Fisiologia]  Massa que resulta da mastigação e insalivação dos alimentos. = BOLO ALIMENTÍCIO

bolo alimentício

[Fisiologia] [Fisiologia]  O mesmo que bolo alimentar.

bolo do caco

[Culinária] [Culinária]  Variedade de pão, originária da Madeira, que não é cozido no forno, mas sobre uma chapa quente ou uma base de cimento ou pedra, pelo que tem formato achatado e geralmente arredondado (ex.: bolo do caco com manteiga de alho).Imagem

bolo histérico

[Psicopatologia] [Psicopatologia]  Sensação de opressão no pescoço ou no tórax que ocorre em caso de histeria ou em algumas perturbações psicológicas.

bolo lêvedo

[Culinária] [Culinária]  Variedade de pão adocicado, originária dos Açores, que não é cozido no forno, mas sobre uma chapa quente ou uma base de cimento ou pedra, pelo que tem formato achatado e geralmente arredondado e mais pequeno do que o bolo do caco madeirense.

vistoPlural: bolos |bô|.
etimologiaOrigem etimológica:talvez alteração de bola.
iconPlural: bolos |bô|.
Confrontar: bojo.
bolo2bolo2
|ó| |ó|
( bo·lo

bo·lo

)


nome masculino

1. Bola.

2. Exostose.

3. Inchaço redondo.

vistoPlural: bolos |ô|.
iconPlural: bolos |ô|.
Confrontar: bojo.
bolar1bolar1
( bo·lar

bo·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Acertar (no alvo) com a bola. = SERVIR

2. Atingir com bola.

3. Dar a forma de bola a. = ABOLAR, BOLEAR

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Conceber, inventar (ex.: bolei um plano fantástico).

5. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Compreender, entender (ex.: você bolou alguma coisa do que ela escreveu?).


verbo intransitivo

6. [Portugal] [Portugal] [Desporto] [Esporte] Colocar a bola em jogo, lançando-a por cima da rede para o campo do adversário em jogos como o ténis ou o voleibol. = SERVIR

7. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ter sucesso ou lucro; ser bem-sucedido. = ACERTAR

etimologiaOrigem etimológica:bola + -ar.
bolar2bolar2
( bo·lar

bo·lar

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

Diz-se da terra argilosa, também chamada bolo-arménio.

etimologiaOrigem etimológica:bolo + -ar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "bolo" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Tenho assistido a várias discussões sobre as palavras escoteiro/escuteiro e sobre escotismo/escutismo e gostaria de uma explicação linguística. São sinónimos ou são coisas diferentes?
Relativamente ao uso geral da língua, as palavras escoteiro/escuteiro e escotismo/escutismo correspondem a dois pares de sinónimos, a que se podem juntar outros pares como escotista/escutista ou escoteirismo/escuteirismo. Qualquer delas está correcta ortograficamente e pode dizer-se que são pares de variantes gráficas homófonas.

A discussão que se gera à volta delas decorre essencialmente do registo lexicográfico destas palavras (ou da ausência dele) ou de visões ligeiramente diferentes do chamado movimento escutista (ou escotista).

Para compreendermos melhor os argumentos utilizados, é necessário fazer alguma pesquisa, não tanto linguística, mas acerca da história do próprio movimento escutista em Portugal, que permita perceber o motivo da existência destas variantes (no Brasil, o problema não se coloca, pois as variantes com -u- são consideradas lusismos). Para isso, é esclarecedora a breve nota a que podemos aceder no sítio da Associação de Escoteiros de Portugal, que nos apresenta brevemente a história do movimento, salientando que esta foi a primeira associação de Portugal que utilizou a palavra escoteiro, já existente na língua e com o significado de "pessoa que viaja sem bagagem", para traduzir o inglês scout. Só mais tarde apareceu o Corpo Nacional de Escutas, movimento católico que assumiu uma dimensão maior e que, para a tradução de scout, utilizou a palavra escuta (de que depois derivaram escuteiro e escutista), já existente na língua como derivado regressivo do verbo escutar.

Sem ter a pretensão de fazer um levantamento exaustivo na lexicografia portuguesa, podemos verificar no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado que a palavra escoteiro está documentada na língua desde o séc. XVI em Lendas da Índia por Gaspar Correia, publicadas pela Ordem da Classe de Ciências Morais, Políticas e Belas Letras da Academia Real das Ciências de Lisboa, sob a direcção de Rodrigo José de Lima Felner, 1858: "…tudo puderam bem carregar, ficando os homens escoteiros e despejados para andar o caminho". O registo da acepção que diz respeito aos membros de movimentos semelhantes àquele que foi criado por Baden-Powell é bem mais recente.

Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), referência importante para a lexicografia portuguesa, considera escoteiro, escotismo e escotista como variantes brasileiras de escuteiro, escutismo e escutista, respectivamente. Nesta opção, segue o que está no Vocabulário Ortográfico Resumido da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1947).

Também o dicionário de Cândido de Figueiredo regista escoteiro como brasileirismo, na acepção que aqui nos interessa e as formas escuta e escuteiro como as preferenciais em Portugal. De notar que estamos a falar da edição coordenada por Rui Guedes (25.ª ed., 1996), pois em edições antigas, nomeadamente na edição de 1913, por exemplo, apenas consta a entrada escoteiro, com a acepção "aquele que viaja sem bagagem".

José Pedro Machado, nas várias edições do Grande Dicionário da Língua Portuguesa (por exemplo, Lisboa: Amigos do Livro, 1981 e Lisboa: Círculo de Leitores, 1991), outra grande referência na lexicografia portuguesa, regista também escuteiro (assinalando neste verbete, que "No Brasil, usa-se a forma escoteiro"), escutismo e escutista (nestes dois últimos verbetes, confrontando com as formas em -o- para avisar o consulente de que se trata de verbetes diferentes, não sinónimos). Curiosamente, não regista escuteirismo, mas sim escoteirismo, definindo-o de maneira bastante abrangente, de modo a incluir o movimento idealizado por Baden-Powell e qualquer movimento organizado em moldes semelhantes. Por outro lado, se no verbete escuteiro este dicionário assinala a forma escoteiro como brasileira, no verbete escoteiro, com o sentido sobre os qual nos debruçamos, não tem qualquer indicação de que se trata de brasileirismo, estando o verbete escoteiro definido, com etimologia e sem qualquer registo geográfico (o mesmo acontece com escotismo, que remete para escoteirismo).

O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Verbo, 2001), por sua vez, parece ser o primeiro a registar os vários pares de variantes gráficas, sem distinguir registos de língua pertinentes. Neste sentido apresenta a definição nas formas com -u-, por serem mais usuais, e uma remissão nas formas com -o-.

Por motivos diversos, quer etimológicos, quer históricos, estes pares de palavras surgiram na língua, à semelhança de muitos outros casos de variação, e podem ser considerados sinónimos, sem que haja motivo para considerar uma ou outra forma mais correcta do que outra. Adicionalmente, e sobretudo entre os membros ou simpatizantes do movimento escotista/escutista em Portugal, a distinção escoteiro ou escuteiro permite também distinguir, respectivamente, entre os membros da Associação de Escoteiros de Portugal (de cariz interconfessional) e os membros, bem mais numerosos, do Corpo Nacional de Escutas (de cariz católico e estruturado numa relação directa com as dioceses).

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Gostaria de saber se a utilização do verbo "comer" como substantivo, em vez do mais comum "comida" pode ser considerada correcta, por exemplo nas seguintes expressões: "o comer está óptimo" ou "vou preparar o comer"
Não há nenhuma incorrecção nas frases o comer está óptimo ou vou preparar o comer, mas o substantivo comer é por vezes considerado como sendo próprio de um registo de língua informal.

Este tipo de derivação por mudança de categoria gramatical sem alteração da forma (neste caso obtém-se um substantivo a partir de um verbo) denomina-se conversão ou derivação imprópria (por não ter a junção de afixos) e é muito usual na língua (ex.: o saber não ocupa lugar, achava interessante o falar do ancião).