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temporal

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temporaltemporal
( tem·po·ral

tem·po·ral

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Relativo a tempo (ex.: limites temporais).

2. Que passa com o tempo, que é perecedouro (por oposição a eterno ou a espiritual). = PASSAGEIRO, PROVISÓRIO, TEMPORÁRIO, TRANSITÓRIOINTEMPORAL

3. Do mundo, da vida terrena. = MUNDANO, PROFANO, TERRENOESPIRITUAL

4. Que não é relativo ao clero ou à religião (ex.: poder temporal). = LEIGO, SECULARCLERICAL

5. [Anatomia] [Anatomia] Relativo à região dos lados da cabeça entre os olhos e as orelhas.

6. [Gramática] [Gramática] Que indica tempo ou localização no tempo (ex.: conjunção temporal, oração subordinada temporal).


nome masculino

7. Grande agitação do ar, acompanhada geralmente de chuva e trovões. = TEMPESTADE

8. [Anatomia] [Anatomia] Osso par situado na parte lateral e inferior do crânio por baixo do parietal.

etimologiaOrigem etimológica: latim temporalis, -e.
vistoPlural: temporais.
iconPlural: temporais.
temporaltemporal

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.