PT
BR
Pesquisar
Definições



velasse

A forma velassepode ser [primeira pessoa singular do pretérito imperfeito do conjuntivo de velarvelar] ou [terceira pessoa singular do pretérito imperfeito do conjuntivo de velarvelar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
velar1velar1
( ve·lar

ve·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Estar de vigia a, estar de guarda a, geralmente durante as horas habitualmente dadas ao sono. = VIGIAR

2. [Figurado] [Figurado] Proteger.

3. Proteger.

4. Não abandonar.

5. Interessar-se com vigilante zelo.

6. Exercer vigilância sobre.

7. Reunir-se ou estar durante algum tempo junto a um defunto, antes do funeral ou da cerimónia fúnebre.


verbo intransitivo

8. Passar a noite ou parte dela sem dormir.

9. Fazer serão prolongado.

10. Conservar-se aceso (ex.: uma luz velava).

11. Estar sempre vigilante.

12. [Figurado] [Figurado] Conservar-se no constante exercício das suas funções.


verbo pronominal

13. Vigiar-se, acautelar-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim vigilo, -are.
velar2velar2
( ve·lar

ve·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cobrir com véu.

2. Tapar com alguma coisa a modo de véu.

3. Não deixar ver, interceptar.

4. [Pintura] [Pintura] Cobrir com cor leve para deixar transparecer a superfície ou a tinta inferior.


verbo pronominal

5. Cobrir-se com véu.

6. Encobrir-se, ocultar-se.

7. Anuviar-se.

8. Toldar-se, perder a sonoridade.

etimologiaOrigem etimológica:latim velo, -are.
velar3velar3
( ve·lar

ve·lar

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. [Anatomia] [Anatomia] Relativo ao palato mole ou véu palatino.

2. [Fonética] [Fonética] Que se articula com aproximação da língua ao palato mole (ex.: [g] e [k] são consoantes oclusivas velares). = LINGUOVELAR

etimologiaOrigem etimológica:latim velum, -i, pano, cortina, máscara, véu + -ar.
velassevelasse

Auxiliares de tradução

Traduzir "velasse" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Uma vez, conversando com uma pessoa que eu não conheço na Internet, ele me disse a seguinte frase: "... não faça pré-concepções prematuras". Ele quis dizer para eu não criar uma imagem dele sem conhecê-lo. Achei isso um pleonasmo. Ele disse que não, pois indica que eu fiz uma concepção antecipada e fora do tempo. Mesmo sendo estranho a pronúncia ele estava certo?
Uma pré-concepção (ou preconceito) é um conceito criado previamente ou sem fazer um exame. No entanto, isto não quer dizer que seja necessariamente prematuro, pois este adjectivo indica que foi feito antes do tempo próprio (se se entender que pode haver um tempo próprio para fazer preconcepções). Apesar de a expressão "preconcepção prematura" poder parecer pleonástica, não o é necessariamente.