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ouvidinho

A forma ouvidinhoé [derivação masculino singular de ouvidoouvido].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
ouvidoouvido
( ou·vi·do

ou·vi·do

)


nome masculino

1. Sentido da audição.

2. [Anatomia] [Anatomia] Órgão da audição e do equilíbrio.

3. [Anatomia] [Anatomia] Interior da orelha.

4. [Figurado] [Figurado] Disposição natural para reter os sons, as suas modulações.

5. [Armamento] [Armamento] Orifício por onde se comunica o fogo à carga da arma.

6. [Metalurgia] [Metalurgia] Orifício por onde o metal entra no molde.

7. [Música] [Música] Abertura no tampo superior de alguns instrumentos de corda.


ao ouvido

Em segredo, baixinho.

chegar aos ouvidos de alguém

Chegar uma notícia ao conhecimento de alguém.

dar ouvidos

Dar crédito, prestar atenção.

de ouvido

Só por ter ouvido dizer; sem conhecimentos teóricos.

duro de ouvido

Um tanto surdo.

emprenhar pelos ouvidos

[Informal] [Informal] Ser facilmente influenciado por intrigas ou mexericos.

entrar por um ouvido e sair por outro

Não fazer caso.

fazer ouvidos de mercador

Fingir-se surdo ou fingir que não percebe.

fazer ouvidos moucos

O mesmo que fazer ouvidos de mercador.

ser todo ouvidos

Escutar com interesse, com atenção.

ter bom ouvido

Ouvir muito bem; ter grande capacidade para distinguir os sons, em especial os musicais.

ter mau ouvido

Ouvir mal; não distinguir bem os sons.

ter ouvido(s) de tísico

[Informal] [Informal] Ouvir muito bem; ter a audição muito apurada.

etimologiaOrigem etimológica:particípio de ouvir.

Palavras vizinhas



Dúvidas linguísticas



Qual a forma correta: "Ela é mais alta do que ele" ou "Ela é mais alta que ele"?
Ambas as frases estão correctas porque tanto a conjunção que quanto a locução conjuncional do que introduzem o segundo termo de uma comparação, conforme pode verificar clicando na hiperligação para o Dicionário Priberam.

Geralmente, do que pode ser substituído por que: este é ainda pior do que o outro = este é ainda pior que o outro, é preferível dizer a verdade do que contar uma mentira = é preferível dizer a verdade que contar uma mentira.

No entanto, quando o segundo termo da comparação inclui um verbo finito, como em o tecido era mais resistente do que parecia, a substituição da locução do que por que não é possível e gera agramaticalidade: *o tecido era mais resistente que parecia.




Na frase "Quem encontrou uns óculos no banheiro, favor entregar ao setor de Meio Ambiente", a dúvida é se posso colocar uns óculos, mesmo possuindo um único par de óculos perdidos.
A concordância uns óculos está correcta e *um óculos é um erro a evitar (o asterisco indica agramaticalidade).

O exemplo apontado (óculos) é um caso de pluralia tantum (‘apenas plural’), designação latina dada a palavras ou expressões que correspondem a um plural gramatical, mas que designam um objecto ou referente singular, normalmente formado por duas partes mais ou menos simétricas (outros exemplos serão binóculos ou calças). Com estas palavras tem de haver sempre concordância com a terceira pessoa do plural (ex.: os binóculos partidos estão em cima da mesa; as calças rasgadas foram cosidas), pois gramaticalmente são substantivos no plural, mesmo se designam uma realidade única; é também frequente nestes casos o uso do numeral colectivo par de, o que permite fazer concordâncias no singular (ex.: o par de binóculos partidos/partido está em cima da mesa; o par de calças rasgadas/rasgado foi cosido).

A hesitação na utilização da palavra óculos parece resultar de dois factores. O primeiro factor relaciona-se com a influência de um fenómeno relativamente comum no português do Brasil, que consiste na preferência do singular para designar um referente composto por duas peças (ex.: Comprei uma calça nova; Está usando sandália importada), sem que a interpretação implique apenas um elemento do par (repare-se no entanto que as formas *uma calças / *umas calça e *uma sandálias / *umas sandália são incorrectas, como indica o asterisco). O segundo factor, como refere Cláudio Moreno em O Prazer das Palavras (Porto Alegre, RBS Publicações, 2004, p. 122), relaciona-se com o facto de óculos não ser entendido como plural de óculo e ser confundido com um substantivo de dois números (isto é, que tem a mesma forma para o singular e para o plural) terminado em -s, como lápis (ex.: Comprei um lápis novo; Está usando lápis importados). Estes dois factores conjugam-se na construção de estruturas erradas como *meu óculos escuro.