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certíssimos

A forma certíssimosé [derivação masculino plural de certocerto].

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certocerto
|é| |é|
( cer·to

cer·to

)


adjectivoadjetivo

1. Em que não há erro; que corresponde à verdade (ex.: o que ele disse estava certo). = CORRECTO, VERDADEIROERRADO, FALSO

2. Que não se pode pôr em causa; que não é passível de dúvida (ex.: é certo que o dia tem 24 horas). = GARANTIDO, INDUBITÁVEL, SEGURODÚBIO, DUVIDOSO

3. Que se combinou ou fixou previamente (ex.: ficou certo que se encontrariam no dia seguinte). = AJUSTADO, COMBINADO, FIXO

4. Que se convenceu de alguma coisa (ex.: está certa de que fez o que podia). = CONVENCIDO, CONVICTO, PERSUADIDOERRADO, HESITANTE, INDECISO

5. Que está de acordo com alguma norma ou padrão (ex.: a maneira certa de fazer alguma coisa). = ADEQUADO, CONVENIENTE, CORRECTOERRADO, IMPRÓPRIO, INADEQUADO

6. Que se faz ou executa com regularidade; que não varia (ex.: andar a um passo certo). = COMPASSADO, REGULARDESCOMPASSADO, IRREGULAR

7. Que acerta no alvo ou no objectivo (ex.: tiro certo). = CERTEIRO, EXACTO, PRECISO

8. Que demonstra rigor ou precisão (ex.: o relógio está certo). = CORRECTO, EXACTOERRADO, IMPRECISO, INDETERMINADO, INEXACTO


determinante indefinido

9. Indica coisa ou ser não definido (ex.: em certo momento da sua vida, decidiu ir para o estrangeiro). = ALGUM, UM

10. Indica coisa ou ser não definido, mas distinto dos demais (ex.: disse que não tinha paciência para certas pessoas). = DETERMINADO


nome masculino

11. O que é correcto (ex.: o certo é ajudar quem precisa).

12. Sinal gráfico que indica que algo está certo ou que foi feito ou verificado (ex.: a professora desenhou um certo no exercício).


advérbio

13. Com certeza. = CERTAMENTE

14. De modo preciso ou correcto (ex.: o relógio funciona certo).


ao certo

Com certezas (ex.: não sabia ao certo o que se iria passar).

por certo

Sem dúvida (ex.: por certo, irá tudo correr bem). = CERTAMENTE

etimologiaOrigem etimológica:latim certus, -a, -um.

certíssimoscertíssimos


Dúvidas linguísticas



Colibri diz-se: Culibri? ou Colibri (com o som do -o- aberto)? Li que a sílaba acentuada é a última? Sendo aguda, que som tem a sílaba Co-? E porquê, ou seja qual é a regra para a pronunciação desta palavra?
Na questão colocada, está em causa a qualidade da vogal de uma sílaba átona, e não a sua acentuação (a palavra é sempre acentuada na última sílaba: colibri).

A letra o pode corresponder ao som [o], como em avô ou dor, ao som [ɔ], como em avó ou corda, ou ao som [u], como em comida ou carro.

No português europeu, como regra geral (com muitas excepções), as vogais que não pertencem a uma sílaba tónica são elevadas. Por exemplo, no caso da vogal o das palavras corda e cordão, o som [ɔ] (vogal mais baixa) da palavra corda (com acento tónico em cor) passa a pronunciar-se [u] (vogal mais alta) em cordão pois a sílaba tónica passou a ser a última cordão. Esta regra geral pode aplicar-se a colibri (como a sílaba tónica é bri, a sílaba co- pode pronunciar-se [ku]), mas no caso desta palavra, há informação lexical, isto é, relativa à própria palavra e não às regras mais gerais da língua, que faz com que, por motivos etimológicos ou outros, a maioria dos falantes pronuncie [kɔ]libri. Esta é então também a pronúncia registada no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia da Ciências/Verbo e, posteriormente, no Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora.




Como se designam as palavras que derivam do mesmo étimo latino como mágoa, mancha e mácula?
As palavras mágoa, mancha e mácula (a este grupo poderia acrescentar-se as palavras malha e mangra) são exemplos de palavras divergentes, isto é, palavras com o mesmo étimo latino (macula, -ae) que evoluiu para várias formas diferentes. Neste caso específico, as palavras mágoa, mancha, malha ou mangra chegaram ao português por via popular, apresentando cada uma delas diferentes fenómenos regulares de evolução: mágoa sofreu a queda do -l- intervocálico e a sonorização do -c- intervocálico (macula > *macua > *magua > mágoa); mancha sofreu a nasalização do primeiro -a-, a queda do -u- intervocálico e a palatalização do grupo consonântico -cl- (macula > *mãcula > *mãcla > mancha); malha sofreu a queda do -u- intervocálico e a palatalização do grupo consonântico -cl- em -lh- (macula > *macla > malha); mangra sofreu a nasalização do primeiro -a-, a queda do -u- intervocálico, o rotacismo do -l- e a sonorização do -c- (macula > *mãcula > *mãcla > *mãcra > mangra). A palavra mácula chegou ao português por via erudita, apresentando uma forma quase idêntica ao étimo latino.