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estrangeiro

A forma estrangeiropode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de estrangeirarestrangeirar], [adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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estrangeiroestrangeiro
( es·tran·gei·ro

es·tran·gei·ro

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Que ou quem tem nacionalidade diferente daquela do país onde está.

2. Que ou quem pertence ou sente que pertence a outra região, a outro grupo, a outra classe ou a outro meio que não aquele onde está. = ESTRANHO, FORASTEIRO


adjectivoadjetivo

3. Que é de outra nação; que não é do país em que se está ou a que se refere (ex.: cinema estrangeiro; língua estrangeira; literatura estrangeira; território estrangeiro).NACIONAL

4. Que é produzido ou fabricado noutro país (ex.: produtos estrangeiros).NACIONAL

5. Que é relativo às relações com outros países (ex.: negócios estrangeiros; relações estrangeiras). = EXTERNO


nome masculino

6. País ou conjunto de países diferente daquele em que se está ou a que se refere (ex.: passou uma semana no estrangeiro). = EXTERIOR

7. [Informal] [Informal] Língua diferente daquela do país em que se está ou de que se é nacional (ex.: falar estrangeiro).

etimologiaOrigem etimológica:francês antigo estranger, hoje francês étranger, do latim extraneus, -a, -um, estrangeiro.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:estrangeirada.
estrangeirarestrangeirar
( es·tran·gei·rar

es·tran·gei·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

Dar feição estrangeira a.

etimologiaOrigem etimológica:estrangeiro + -ar.
estrangeiroestrangeiro

Auxiliares de tradução

Traduzir "estrangeiro" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



A minha dúvida coloca-se na forma aceite pela língua portuguesa para a designação de "site de Internet". Tenho a breve sensação que se escreve "sítio de Internet". Encontrei também a palavra "sitio" sem o acento no primeiro "i". Por isso decidi escrever pedindo a vossa ajuda. Será "site", "sítio" ou ainda "sitio"?
A questão levantada coloca um problema, recorrente nos utilizadores e nos dicionários de língua portuguesa, que diz respeito à utilização ou adaptação de estrangeirismos.

O substantivo site é um neologismo com largo curso em português para designar uma ‘página ou conjunto de páginas disponível na Internet e acessível através de um computador ou de outro dispositivo electrónico’. Esta palavra já se encontra averbada em vários dicionários de língua portuguesa.

A utilização da palavra sítio em substituição do estrangeirismo site começa a ser mais usual hoje em dia e, apesar de encontrar ainda alguma resistência nos falantes, já está registada nos mais recentes dicionários de português europeu, nomeadamente no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (2001), no Dicionário Houaiss (2002) e no Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora (2004); nestes dicionários, a forma site é remissiva para a acepção de informática da palavra sítio.

Um dos motivos de alguma resistência dos falantes ao uso de sítio em vez de site é a polissemia desta palavra, que pode gerar enunciados ambíguos ou pouco claros (ex.: pode encontrar mais informação no nosso sítio; o sítio foi renovado), o que origina muitas vezes a necessidade de utilizar a locução sítio da internet (ex.: pode encontrar mais informação no nosso sítio da internet; o sítio da Internet foi renovado).

Nenhuma das formas é incorrecta e a escolha de utilização de uma ou outra forma cabe sempre ao utilizador da língua; no caso de optar pela forma site, deverá utilizar o itálico como forma de assinalar que se trata de um estrangeirismo.

O uso da forma sitio (sem acento) em sitio da Internet é um erro ortográfico que deve ser corrigido, pois sitio corresponde apenas à forma da primeira pessoa do presente do indicativo do verbo sitiar.




Como se designam as palavras que derivam do mesmo étimo latino como mágoa, mancha e mácula?
As palavras mágoa, mancha e mácula (a este grupo poderia acrescentar-se as palavras malha e mangra) são exemplos de palavras divergentes, isto é, palavras com o mesmo étimo latino (macula, -ae) que evoluiu para várias formas diferentes. Neste caso específico, as palavras mágoa, mancha, malha ou mangra chegaram ao português por via popular, apresentando cada uma delas diferentes fenómenos regulares de evolução: mágoa sofreu a queda do -l- intervocálico e a sonorização do -c- intervocálico (macula > *macua > *magua > mágoa); mancha sofreu a nasalização do primeiro -a-, a queda do -u- intervocálico e a palatalização do grupo consonântico -cl- (macula > *mãcula > *mãcla > mancha); malha sofreu a queda do -u- intervocálico e a palatalização do grupo consonântico -cl- em -lh- (macula > *macla > malha); mangra sofreu a nasalização do primeiro -a-, a queda do -u- intervocálico, o rotacismo do -l- e a sonorização do -c- (macula > *mãcula > *mãcla > *mãcra > mangra). A palavra mácula chegou ao português por via erudita, apresentando uma forma quase idêntica ao étimo latino.