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escurinho

A forma escurinhopode ser [derivação masculino singular de escuroescuro] ou [nome].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
escurinhoescurinho
escurinho


nome

icone(A definição desta palavra estará disponível brevemente. Envie comentários ou sugestões para dicionario@priberam.pt)
escuroescuro
( es·cu·ro

es·cu·ro

)


adjectivoadjetivo

1. Em que não há claridade ou luz suficiente (ex.: noite escura; quarto escuro). = OBSCURO, SOMBRIO, TENEBROSOCLARO, ILUMINADO

2. Que não deixa ver bem (ex.: água escura; vidros escuros). = TURVOCLARO, LÍMPIDO, TRANSLÚCIDO, TRANSPARENTE

3. Que se ouve ou distingue mal. = SUMIDOCLARO, DISTINTO

4. De cor muito carregada ou muito intensa, aproximando-se do preto (ex.: roupa escura; tom escuro de cinza).CLARO

5. Que é negro, mulato, muito moreno ou de tonalidade pouco clara (ex.: olhos escuros; pele escura).

6. Que é difícil de perceber. = COMPLICADO, CONFUSO, INTRINCADO, HERMÉTICO, MISTERIOSO, OBSCUROCLARO, INTELIGÍVEL, TRANSPARENTE

7. Que deixa dúvidas em relação à legalidade (ex.: anda metido em negócios escuros). = ESCUSO, OBSCURO, SUSPEITO, SUSPEITOSOLEGAL, LÍCITO

8. Que mostra tristeza ou negatividade (ex.: escreveu textos bastante escuros). = DESDITOSO, LÚGUBRE, SOMBRIO, TENEBROSO, TRISTE, TRISTONHOALEGRE, FELIZ, FESTIVO

9. Que tem mau carácter. = VILILUSTRE, ÍNCLITO, NOTÁVEL, PRECLARO


nome masculino

10. Parte menos iluminada de um espaço, de um objecto, de um quadro.CLARO

11. Ausência de luz ou de claridade. = CALIGEM, ESCURIDÃO, SOMBRA, TREVA

12. Ausência de informação ou de conhecimentos. = DESCONHECIMENTO, IGNORÂNCIA


no escuro

Sem saber como agir ou como lidar com algo. = ÀS ESCURAS

Sem conhecimento; na ignorância. = ÀS ESCURAS

etimologiaOrigem etimológica: latim obscurus, -a, -um.
escurinhoescurinho


Dúvidas linguísticas



Ouve-se em certos telejornais expressões como a cujo ou em cujo; contudo gostaria de saber se gramaticalmente a palavra cujo pode ser antecedida de preposição.
O uso do pronome relativo cujo, equivalente à expressão do qual, pode ser antecedido de preposição em contextos que o justifiquem, nomeadamente quando a regência de alguma palavra ou locução a tal obrigue. Nas frases abaixo podemos verificar que o pronome está correctamente empregue antecedido de várias preposições (e não apenas a ou em) seleccionadas por determinadas palavras (nos exemplos de 1 e 2) ou na construção de adjuntos adverbiais (nos exemplos de 3 e 4):

1) O aluno faltou a alguns exames. O aluno reprovou nas disciplinas a cujo exame faltou. (=O aluno reprovou nas disciplinas ao exame das quais faltou);
2) Não haverá recurso da decisão. Os casos serão julgados pelo tribunal, de cuja decisão não haverá recurso. (=Os casos serão julgados pelo tribunal, dadecisão do qual não haverá recurso);
4) Houve danos em algumas casas. Os moradores em cujas casas houve danos foram indemnizados. (=Os moradores nas casas dos quais houve danos foram indemnizados);
5) Exige-se grande responsabilidade para o exercício desta profissão. Esta é uma profissão para cujo exercício se exige grande responsabilidade. (=Esta é uma profissão para o exercício da qual se exige grande responsabilidade).




Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.