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amarra-mo

A forma amarra-mopode ser [feminino singular de amarraamarra], [segunda pessoa singular do imperativo de amarraramarrar] ou [terceira pessoa singular do presente do indicativo de amarraramarrar].

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amarraramarrar
( a·mar·rar

a·mar·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. Prender à bóia ou ao cais (ex.: amarrar o navio; o barco está a acostar, mas ainda não amarrou). = ATRACAR


verbo transitivo e pronominal

2. Prender ou prender-se com corda, cabo, corrente, fio, fita ou afim.

3. Acorrentar(-se) fortemente a ponto fixo.

4. Prender(-se), impedindo o movimento dos membros.

5. [Figurado] [Figurado] Prender(-se) moral, psicológica ou afectivamente.


verbo intransitivo

6. [Marinha] [Marinha] Dar fundo. = ANCORAR, AFERRAR, FUNDEAR

7. [Caça] [Caça] Ficar imóvel (ex.: a cadela pressentiu a caça e amarrou). = ESTACAR


verbo pronominal

8. [Figurado] [Figurado] Agarrar-se a uma opinião ou ideia. = AFERRAR, FIXARDESLIGAR

9. [Popular] [Popular] Casar-se ou juntar-se.

10. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Demonstrar interesse amoroso por alguém (ex.: ela se amarrou no coleguinha).

11. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Gostar muito de (ex.: os meninos se amarraram no jogo).

etimologiaOrigem etimológica:francês amarrer.

amarraamarra
( a·mar·ra

a·mar·ra

)


nome feminino

1. [Marinha] [Marinha] Cabo ou corrente que sujeita o navio à âncora, à bóia, ou ao cais.

2. [Marinha] [Marinha] Calabre.

3. [Marinha] [Marinha] Medida de comprimento da amarra, com cerca de 200 metros.

4. [Figurado] [Figurado] Segurança, patrocínio, esteio, apoio.


picar as amarras

[Marinha] [Marinha]  Cortar as amarras do navio a machadadas.

portar pela amarra

[Marinha] [Marinha]  Puxar pela amarra (o navio), aproando à maré.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de amarrar.

amarra-moamarra-mo

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Está correcta a palavra bidãos como plural de bidão ou deveria ser bidões?
A palavra bidão forma o plural regular bidões e não *bidãos.



A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).