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puxar

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puxarpuxar
( pu·xar

pu·xar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Tirar ou mover para si.

2. Ir tirando após si.

3. Tirar de cima para baixo, de baixo para cima, de dentro para fora ou vice-versa.

4. Esticar, estender.

5. [Figurado] [Figurado] Incitar, instigar.

6. Suscitar, promover.

7. Avivar, desenvolver, fazer aparecer.

8. Reclamar, pedir, exigir, trazer consigo a necessidade de.

9. Excitar o desejo de beber.

10. Jogar de mão.

11. Passar o metal pela fileira para o tornar em arame.

12. Desviar ou prolongar um ponto de fornecimento de (água, electricidade, telefone, etc.).

13. [Culinária] [Culinária] Apurar.

14. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Fumar marijuana (ex.: puxar fumo). = QUEIMAR


verbo intransitivo

15. Fazer sair com violência, arrancar.

16. Tirar com força, fazer esticar.

17. Incitar, excitar, promover.

18. Custar caro.

19. Tender, parecer-se.

20. Trabalhar, procurar o seu interesse.

21. Fazer recordar.

22. Borbulhar, rebentar, desenvolver-se.

23. Atrair.

24. Fazer força para defecar.

25. [Regionalismo] [Regionalismo] Jogar o pau.

puxarpuxar

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Dúvidas linguísticas



Escreve-se interdisciplinaridade ou interdisciplinariedade? Também tenho dúvidas se devo escrever pré-estabelecidas ou preestabelecidas.
A forma correcta é interdisciplinaridade, como poderá confirmar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Esta palavra resulta da aposição do prefixo inter- ao substantivo disciplinaridade, que, por sua vez, deriva da junção do sufixo -idade ao adjectivo disciplinar. A terminação -iedade não é um sufixo produtivo em português, pelo que a forma *interdisciplinariedade não se considera bem formada; as palavras terminadas em -iedade resultam normalmente da aposição do sufixo -edade a um adjectivo com a terminação átona -io (ex.: arbitrário > arbitrariedade; solidário > solidariedade) ou derivam directamente do latim (ex.: propriedade < latim proprietatis; variedade < latim varietatis).

Os dicionários de língua portuguesa registam as formas preestabelecer e preestabelecido, sem hífen, pois na sua formação está presente o prefixo pre-, com o qual nunca se usa hífen para fazer a separação do elemento posterior (ex.: prealegar, predefinição, preexistente). Este prefixo está relacionado com o sufixo pré-, que, segundo o Acordo Ortográfico, na base XXIX, exige sempre a utilização do hífen por se tratar de um prefixo com acentuação gráfica (ex.: pré-escolar, pré-histórico, pré-molar).




O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.