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Bichito

A forma Bichitoé [derivação masculino singular de bichobicho].

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bichobicho
( bi·cho

bi·cho

)


nome masculino

1. Designação dada a diversos animais.

2. Cavalo ou touro.

3. Criatura insignificante.

4. Ser imaginário usado para meter medo às crianças. = OGRE, PAPÃO

5. [Informal] [Informal] Pessoa pouco sociável. = BICHO-DO-MATO

6. [Informal] [Informal] Designação dada a coisa ou pessoa de que se fala (ex.: silêncio, o bicho vem aí).

7. [Informal] [Informal] Cancro.

8. [Figurado] [Figurado] Gosto ou interesse muito forte por algo ou por alguma actividade (ex.: cedo descobriu o bicho da representação). = BICHINHO

9. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Estudante do ensino secundário, entre os estudantes universitários de Coimbra.

10. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Estudante do primeiro ano de um curso superior. = CALOIRO

11. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Forma de tratamento usada como incitamento ou como simples vocativo (ex.: o dinheiro sumiu, bicho). = CARA

12. [Brasil] [Brasil] Jogo semelhante à lotaria em que as apostas recaem em animais que representam grupos de números. = JOGO DO BICHO


bicho de cozinha

[Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Criado da cozinha.

de criar bicho

Intenso e violento (ex.: pancada de criar bicho).

matar o bicho

Beber aguardente em jejum.

[Portugal] [Portugal] Tomar o pequeno-almoço ou quebrar o jejum.

matar o bicho do ouvido a alguém

Irritar com ditos e sugestões. = AZOINAR

virar bicho

[Brasil] [Brasil] Tornar-se furioso. = ENFURECER-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim vulgar bestius, de bestia, besta, animal.

Colectivo:Coletivo:Coletivo:bicharada, bicharia, bicheza.
BichitoBichito


Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Como se deve dizer: alcoolemia ou alcoolémia?
Apesar de a forma esdrúxula alcoolémia ser bastante usual hoje em dia, a forma alcoolemia é considerada mais correcta e vernácula, porque segue as regras de acentuação das palavras formadas com o elemento de origem grega –emia (derivado do grego haîma, -atos, que significa “sangue”, a que se junta o sufixo tónico -ia), cujo acento de intensidade recai na sílaba mi.

Embora -emia seja um sufixo formador de palavras do português, esta sequência já surgia em grego em palavras graves como anaimía (que deu origem a anemia) ou euaimía (que deu origem a euemia).

O mesmo se aplica a outras palavras como glicemia/glicémia, hiperemia/hiperémia, septicemia/septicémia, muito frequentemente tomadas como palavras esdrúxulas, mas cuja origem e formação pressupõem a acentuação na penúltima sílaba.